domingo, 1 de dezembro de 2019

NAFTA

Ilustração: Maxx-Studio / Shutterstock.com  Ilustração: Maxx-Studio / Shutterstock.com    O NAFTA – Acordo de Livre Comércio da América do Norte (North American Free Trade Agreement – em inglês) é um acordo econômico e comercial – também chamado bloco econômico – formado por Estados Unidos, Canadá e México. Criado efetivamente em 1° de janeiro de 1994, tem como objetivo o fortalecimento das relações comerciais entre esses países. A estratégia estadunidense de criação do bloco visa enfrentar a concorrência dos mercados europeu e especialmente o asiático, que tem tido vigorosa evolução nos últimos anos.    Além dos países da América do Norte, o Chile participa do acordo como membro associado. Este status garante ao país sul-americano vantagens como a redução de impostos para a comercialização de mercadorias com os demais membros do Nafta.    Objetivos do NAFTA Eliminar barreiras alfandegárias – os impostos de importação de bens e mercadorias. Facilitar o trânsito de produtos e serviços entre os territórios dos países participantes do acordo. Promover condições para que haja um ambiente de competição equilibrada dentro da área de abrangência do NAFTA. Ampliar as oportunidades de investimento dentro dos países e entre os países participantes do acordo. Oferecer proteção efetiva e adequada e garantir os direitos de propriedade intelectual no território dos países membros – este objetivo aplica-se à produção científica e especialmente a cultural. Características do Bloco O acordo não prevê a livre circulação de pessoas pelos países integrantes do bloco. A imigração de mexicanos para os Estados Unidos continua controlada e com restrições semelhantes à existentes antes da criação da parceria econômica.  O NAFTA possui caráter essencialmente econômico – este fator explica o restrito nível de integração. O bloco pode ser caracterizado como uma Zona de Livre Comércio – não alcançando nem o status de União Aduaneira.  A eliminação de barreiras alfandegárias têm ocorrido de forma gradual e lenta. O impedimento para a celeridade na integração é justificada pela necessidade de proteger setores ainda frágeis da economia de cada um dos países-membros.  O NAFTA – ao contrário da União Europeia – não possui uma instituição ou governo para a administração do bloco. Também não tem leis supranacionais – ou seja, normas que sejam superiores às existentes em cada país membro.    Relações comerciais desiguais Os mercados que integram o Nafta possuem enormes disparidades. O México, por exemplo é um país com significativos números de crescimento da população, movimentos migratórios e desigualdades sociais.  O Canadá, apesar de possuir elevado padrão de vida e baixo crescimento vegetativo, em comparação à economia dos Estados Unidos, tem reduzida significância no cenário econômico mundial – o Produto Interno Bruto do país corresponde a apenas 10% do PIB estadunidense.  Dentro do NAFTA, as relações comerciais acabam por gravitar em torno dos Estados Unidos, pois tanto economia do Canadá quanto a do México são dependentes das exportações para o gigante estadunidense. De maneira semelhante, os Estados Unidos utiliza esta relação de dependência para adquirir desses países, matérias-primas e mercadorias a custos reduzidos e vender os produtos industrializados produzidos em território estadunidense.  A situação do México é ainda mais grave, pois a sua economia chega a possuir um caráter de submissão frente aos Estados Unidos. As exportações, a indústria, as atividades agropecuárias e de mineração são, em sua maioria destinadas ao país vizinho. Além disso, grandes empresas estadunidenses instalam filiais de suas indústrias em território mexicano – na fronteira com os EUA – para reduzirem custos com salários, impostos, e restrições ambientais. Estas indústrias, são conhecidas como maquiladoras.      Bibliografia:  BONIFACE, Pascal; VEDRINE, Hubert. Atlas do mundo global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009.  CATTANI, Antonio David. Riqueza e Desigualdade na América Latina. Porto Alegre: Zouk, 2010.  SMITH, Dan. Atlas da situação mundial. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.  ZOLO, Danilo. Globalização – um mapa para os problemas. São Paulo: Conceito Editorial, 2010.  Arquivado em: Economia, Geografia
Ilustração: Maxx-Studio / Shutterstock.com

NAFTA – Acordo de Livre Comércio da América do Norte (North American Free Trade Agreement – em inglês) é um acordo econômico e comercial – também chamado bloco econômico – formado por Estados UnidosCanadá e México. Criado efetivamente em 1° de janeiro de 1994, tem como objetivo o fortalecimento das relações comerciais entre esses países. A estratégia estadunidense de criação do bloco visa enfrentar a concorrência dos mercados europeu e especialmente o asiático, que tem tido vigorosa evolução nos últimos anos.

Além dos países da América do Norte, o Chile participa do acordo como membro associado. Este status garante ao país sul-americano vantagens como a redução de impostos para a comercialização de mercadorias com os demais membros do Nafta.

Objetivos do NAFTA

  • Eliminar barreiras alfandegárias – os impostos de importação de bens e mercadorias.
  • Facilitar o trânsito de produtos e serviços entre os territórios dos países participantes do acordo.
  • Promover condições para que haja um ambiente de competição equilibrada dentro da área de abrangência do NAFTA.
  • Ampliar as oportunidades de investimento dentro dos países e entre os países participantes do acordo.
  • Oferecer proteção efetiva e adequada e garantir os direitos de propriedade intelectual no território dos países membros – este objetivo aplica-se à produção científica e especialmente a cultural.

Características do Bloco

O acordo não prevê a livre circulação de pessoas pelos países integrantes do bloco. A imigração de mexicanos para os Estados Unidos continua controlada e com restrições semelhantes à existentes antes da criação da parceria econômica.
O NAFTA possui caráter essencialmente econômico – este fator explica o restrito nível de integração. O bloco pode ser caracterizado como uma Zona de Livre Comércio – não alcançando nem o status de União Aduaneira.
A eliminação de barreiras alfandegárias têm ocorrido de forma gradual e lenta. O impedimento para a celeridade na integração é justificada pela necessidade de proteger setores ainda frágeis da economia de cada um dos países-membros.
O NAFTA – ao contrário da União Europeia – não possui uma instituição ou governo para a administração do bloco. Também não tem leis supranacionais – ou seja, normas que sejam superiores às existentes em cada país membro.

Relações comerciais desiguais

Os mercados que integram o Nafta possuem enormes disparidades. O México, por exemplo é um país com significativos números de crescimento da população, movimentos migratórios e desigualdades sociais.
O Canadá, apesar de possuir elevado padrão de vida e baixo crescimento vegetativo, em comparação à economia dos Estados Unidos, tem reduzida significância no cenário econômico mundial – o Produto Interno Bruto do país corresponde a apenas 10% do PIB estadunidense.
Dentro do NAFTA, as relações comerciais acabam por gravitar em torno dos Estados Unidos, pois tanto economia do Canadá quanto a do México são dependentes das exportações para o gigante estadunidense. De maneira semelhante, os Estados Unidos utiliza esta relação de dependência para adquirir desses países, matérias-primas e mercadorias a custos reduzidos e vender os produtos industrializados produzidos em território estadunidense.
A situação do México é ainda mais grave, pois a sua economia chega a possuir um caráter de submissão frente aos Estados Unidos. As exportações, a indústria, as atividades agropecuárias e de mineração são, em sua maioria destinadas ao país vizinho. Além disso, grandes empresas estadunidenses instalam filiais de suas indústrias em território mexicano – na fronteira com os EUA – para reduzirem custos com salários, impostos, e restrições ambientais. Estas indústrias, são conhecidas como maquiladoras.


Bibliografia:
BONIFACE, Pascal; VEDRINE, Hubert. Atlas do mundo global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009.
CATTANI, Antonio David. Riqueza e Desigualdade na América Latina. Porto Alegre: Zouk, 2010.
SMITH, Dan. Atlas da situação mundial. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.
ZOLO, Danilo. Globalização – um mapa para os problemas. São Paulo: Conceito Editorial, 2010.
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