quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Cientistas descobriram uma nova camada do núcleo da Terra.

Produção do Condensado de Bose Einstein (BEC, na sigla em inglês).

Foto: Google Imagens
Nos últimos anos, algumas descobertas provocaram mudanças de paradigma nos conceitos científicos, como mostra a reportagem Cientistas descrevem nova camada do núcleo da Terra. A informação de que o núcleo sólido no planeta não seria homogêneo como pensávamos. "Isso mostra que a Ciência não é algo pronto e acabado, que deva ser dado aos alunos, mas sim um conhecimento construído socialmente, fortemente ligado à visão de mundo dominante e a outros interesses", afirma Gustavo Isaac Killner, professor de Física da Universidade de São Paulo (USP).

Ainda ensina-se na escola que existem apenas três estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. Na verdade, sabe-se que existem pelo menos seis estados. Além dos três mencionados, existe o plasma - um gás altamente ionizado (como o fogo, por exemplo, ou o material que preenche as lâmpadas fluorescentes, quando acesas) já bastante difundido e utilizado em televisores e telas de computador, principalmente; e dois estados físicos quânticos: o Condensado de Bose Einstein (BEC - Bose Einstein Condensate) e o gás ou condensado de Férmi, também conhecido como Condensado Fermiônico. O condensado de Bose-Einstein é um estado da matéria atingido por bósons (menores unidades de partícula existentes) a uma temperatura muito próxima do zero absoluto (-273º C), quando átomos atingem o mais baixo estado quântico. Sua existência foi prevista por Albert Einstein (1879-1955) em 1925, mas o primeiro BEC foi produzido em 1995, na Universidade de Colorado, por Eric Cornell e Carl Wieman, resfriando um gás a 170 nanokelvins (0,00000017 K). Atualmente, o BEC já é produzido em vários laboratórios pelo mundo e suas propriedades de superfluidez e supercondutividade já vem sendo testadas para restringir a velocidade da luz a valores bastante baixos, o que possibilitaria o armazenamento e o processamento de dados em quantidades absurdas e o advento dos supercomputadores quânticos.

Fonte: USP

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Descoberto rio de ferro derretido ao redor do Polo Norte.

 O rio, quase tão quente quanto a superfície do Sol, mede cerca de 420 quilômetros de largura e vem ganhando velocidade. [Imagem: Philip W. Livermore et al. - 10.1038/ngeo2859]  Rio quente  O trio de satélites SWARM, da ESA, que voa em formação para estudar o campo magnético da Terra, fez uma descoberta surpreendente.  Nas profundezas da Terra, perto do núcleo do planeta, um enorme rio de ferro fundido está correndo cada vez mais rápido em torno da região Ártica, da Sibéria ao Alasca.  O rio, quase tão quente quanto a superfície do Sol, mede cerca de 420 quilômetros de largura e vem ganhando velocidade.  Atualmente ele circula a uma velocidade entre 40 e 45 quilômetros por ano - isso é três vezes mais rápido do que as velocidades típicas do núcleo externo e centenas de milhares de vezes mais rápido do que o movimento das placas tectônicas da Terra.   O campo magnético é um dos poucos instrumentos de que dispomos para estudar o núcleo da Terra. [Imagem: ESA/AOES] Corrente no núcleo exterior  "Graças à missão, obtivemos novos conhecimentos sobre a dinâmica do núcleo da Terra e é a primeira vez que essa corrente foi vista e não só - também entendemos por que ela está lá," disse Phil Livermore, da Universidade de Leeds, no Reino Unido.  O rio de metal fundido surgiu dos dados na forma de um padrão de "fragmentos de fluxo" estampados no padrão magnético do hemisfério norte, formando um círculo que vai do Alasca à Sibéria.  "Estes fragmentos de fluxo de alta latitude são como pontos brilhantes no campo magnético e tornam mais fácil ver as mudanças no campo," explicou Livermore. "Podemos explicar [o rio de ferro fundido] como a aceleração numa faixa de núcleo fluido circundando o polo, como o fluxo de correntes na atmosfera."  O rio surge conforme a corrente flui ao longo de uma "fronteira" entre duas regiões diferentes no núcleo. Quando o material no núcleo líquido se move para este limite a partir de ambos os lados, o líquido convergente é espremido e forçado na perpendicular, formando o fluxo.  "Claro que é necessária uma força para mover o fluido para essa fronteira," comentou Rainer Hollerbach, outro membro da equipe. "Ela poderia ser fornecida pela flutuabilidade, ou talvez, mais provavelmente, pelas mudanças no campo magnético dentro do núcleo."   Os três satélites da missão Swarm (enxame ou cardume) voam em formação para estudar o campo magnético terrestre. [Imagem: ESA/AOES] Como estudar o núcleo da Terra  O trio de satélites foi projetado para medir os diferentes campos magnéticos que derivam do núcleo, manto, crosta, oceanos, ionosfera e magnetosfera terrestres - juntos, esses sinais formam o campo magnético que nos protege da radiação cósmica e das partículas dos ventos solares.  Como não conseguimos perfurar muito fundo na crosta, esses campos magnéticos são praticamente o único instrumento de que dispomos para estudar as profundezas da Terra. "Sabemos mais sobre o Sol do que sobre o núcleo da Terra porque o Sol não se esconde de nós por 3.000 km de rocha," explicou Chris Finlay, da Universidade Técnica da Dinamarca, membro da equipe.  Acredita-se que o campo magnético terrestre existe devido a um oceano de ferro líquido superaquecido e em constante movimento, compondo o que se conhece como núcleo exterior. O movimento desse metal derretido cria correntes elétricas que, por sua vez, geram o nosso campo magnético.  Assim, como o ferro no núcleo se move, o campo magnético da Terra está mudando constantemente - e estudar essas mudanças no campo magnético permite inferir como o ferro se move no núcleo. A precisão das medições pela constelação de satélites Swarm permite separar as diferentes fontes de magnetismo, tornando a contribuição do núcleo muito mais clara.  Fonte: ESA  Bibliografia:  An accelerating high-latitude jet in Earth’s core Philip W. Livermore, Rainer Hollerbach, Christopher C. Finlay Nature Geoscience DOI: 10.1038/ngeo2859
O rio, quase tão quente quanto a superfície do Sol, mede cerca de 420 quilômetros de largura e vem ganhando velocidade. [Imagem: Philip W. Livermore et al. - 10.1038/ngeo2859]

Rio quente
O trio de satélites SWARM, da ESA, que voa em formação para estudar o campo magnético da Terra, fez uma descoberta surpreendente.
Nas profundezas da Terra, perto do núcleo do planeta, um enorme rio de ferro fundido está correndo cada vez mais rápido em torno da região Ártica, da Sibéria ao Alasca.
O rio, quase tão quente quanto a superfície do Sol, mede cerca de 420 quilômetros de largura e vem ganhando velocidade.
Atualmente ele circula a uma velocidade entre 40 e 45 quilômetros por ano - isso é três vezes mais rápido do que as velocidades típicas do núcleo externo e centenas de milhares de vezes mais rápido do que o movimento das placas tectônicas da Terra.
 O rio, quase tão quente quanto a superfície do Sol, mede cerca de 420 quilômetros de largura e vem ganhando velocidade. [Imagem: Philip W. Livermore et al. - 10.1038/ngeo2859]  Rio quente  O trio de satélites SWARM, da ESA, que voa em formação para estudar o campo magnético da Terra, fez uma descoberta surpreendente.  Nas profundezas da Terra, perto do núcleo do planeta, um enorme rio de ferro fundido está correndo cada vez mais rápido em torno da região Ártica, da Sibéria ao Alasca.  O rio, quase tão quente quanto a superfície do Sol, mede cerca de 420 quilômetros de largura e vem ganhando velocidade.  Atualmente ele circula a uma velocidade entre 40 e 45 quilômetros por ano - isso é três vezes mais rápido do que as velocidades típicas do núcleo externo e centenas de milhares de vezes mais rápido do que o movimento das placas tectônicas da Terra.   O campo magnético é um dos poucos instrumentos de que dispomos para estudar o núcleo da Terra. [Imagem: ESA/AOES] Corrente no núcleo exterior  "Graças à missão, obtivemos novos conhecimentos sobre a dinâmica do núcleo da Terra e é a primeira vez que essa corrente foi vista e não só - também entendemos por que ela está lá," disse Phil Livermore, da Universidade de Leeds, no Reino Unido.  O rio de metal fundido surgiu dos dados na forma de um padrão de "fragmentos de fluxo" estampados no padrão magnético do hemisfério norte, formando um círculo que vai do Alasca à Sibéria.  "Estes fragmentos de fluxo de alta latitude são como pontos brilhantes no campo magnético e tornam mais fácil ver as mudanças no campo," explicou Livermore. "Podemos explicar [o rio de ferro fundido] como a aceleração numa faixa de núcleo fluido circundando o polo, como o fluxo de correntes na atmosfera."  O rio surge conforme a corrente flui ao longo de uma "fronteira" entre duas regiões diferentes no núcleo. Quando o material no núcleo líquido se move para este limite a partir de ambos os lados, o líquido convergente é espremido e forçado na perpendicular, formando o fluxo.  "Claro que é necessária uma força para mover o fluido para essa fronteira," comentou Rainer Hollerbach, outro membro da equipe. "Ela poderia ser fornecida pela flutuabilidade, ou talvez, mais provavelmente, pelas mudanças no campo magnético dentro do núcleo."   Os três satélites da missão Swarm (enxame ou cardume) voam em formação para estudar o campo magnético terrestre. [Imagem: ESA/AOES] Como estudar o núcleo da Terra  O trio de satélites foi projetado para medir os diferentes campos magnéticos que derivam do núcleo, manto, crosta, oceanos, ionosfera e magnetosfera terrestres - juntos, esses sinais formam o campo magnético que nos protege da radiação cósmica e das partículas dos ventos solares.  Como não conseguimos perfurar muito fundo na crosta, esses campos magnéticos são praticamente o único instrumento de que dispomos para estudar as profundezas da Terra. "Sabemos mais sobre o Sol do que sobre o núcleo da Terra porque o Sol não se esconde de nós por 3.000 km de rocha," explicou Chris Finlay, da Universidade Técnica da Dinamarca, membro da equipe.  Acredita-se que o campo magnético terrestre existe devido a um oceano de ferro líquido superaquecido e em constante movimento, compondo o que se conhece como núcleo exterior. O movimento desse metal derretido cria correntes elétricas que, por sua vez, geram o nosso campo magnético.  Assim, como o ferro no núcleo se move, o campo magnético da Terra está mudando constantemente - e estudar essas mudanças no campo magnético permite inferir como o ferro se move no núcleo. A precisão das medições pela constelação de satélites Swarm permite separar as diferentes fontes de magnetismo, tornando a contribuição do núcleo muito mais clara.  Fonte: ESA  Bibliografia:  An accelerating high-latitude jet in Earth’s core Philip W. Livermore, Rainer Hollerbach, Christopher C. Finlay Nature Geoscience DOI: 10.1038/ngeo2859
O campo magnético é um dos poucos instrumentos de que dispomos para estudar o núcleo da Terra. [Imagem: ESA/AOES]
Corrente no núcleo exterior
"Graças à missão, obtivemos novos conhecimentos sobre a dinâmica do núcleo da Terra e é a primeira vez que essa corrente foi vista e não só - também entendemos por que ela está lá," disse Phil Livermore, da Universidade de Leeds, no Reino Unido.
O rio de metal fundido surgiu dos dados na forma de um padrão de "fragmentos de fluxo" estampados no padrão magnético do hemisfério norte, formando um círculo que vai do Alasca à Sibéria.
"Estes fragmentos de fluxo de alta latitude são como pontos brilhantes no campo magnético e tornam mais fácil ver as mudanças no campo," explicou Livermore. "Podemos explicar [o rio de ferro fundido] como a aceleração numa faixa de núcleo fluido circundando o polo, como o fluxo de correntes na atmosfera."
O rio surge conforme a corrente flui ao longo de uma "fronteira" entre duas regiões diferentes no núcleo. Quando o material no núcleo líquido se move para este limite a partir de ambos os lados, o líquido convergente é espremido e forçado na perpendicular, formando o fluxo.
"Claro que é necessária uma força para mover o fluido para essa fronteira," comentou Rainer Hollerbach, outro membro da equipe. "Ela poderia ser fornecida pela flutuabilidade, ou talvez, mais provavelmente, pelas mudanças no campo magnético dentro do núcleo."
 O rio, quase tão quente quanto a superfície do Sol, mede cerca de 420 quilômetros de largura e vem ganhando velocidade. [Imagem: Philip W. Livermore et al. - 10.1038/ngeo2859]  Rio quente  O trio de satélites SWARM, da ESA, que voa em formação para estudar o campo magnético da Terra, fez uma descoberta surpreendente.  Nas profundezas da Terra, perto do núcleo do planeta, um enorme rio de ferro fundido está correndo cada vez mais rápido em torno da região Ártica, da Sibéria ao Alasca.  O rio, quase tão quente quanto a superfície do Sol, mede cerca de 420 quilômetros de largura e vem ganhando velocidade.  Atualmente ele circula a uma velocidade entre 40 e 45 quilômetros por ano - isso é três vezes mais rápido do que as velocidades típicas do núcleo externo e centenas de milhares de vezes mais rápido do que o movimento das placas tectônicas da Terra.   O campo magnético é um dos poucos instrumentos de que dispomos para estudar o núcleo da Terra. [Imagem: ESA/AOES] Corrente no núcleo exterior  "Graças à missão, obtivemos novos conhecimentos sobre a dinâmica do núcleo da Terra e é a primeira vez que essa corrente foi vista e não só - também entendemos por que ela está lá," disse Phil Livermore, da Universidade de Leeds, no Reino Unido.  O rio de metal fundido surgiu dos dados na forma de um padrão de "fragmentos de fluxo" estampados no padrão magnético do hemisfério norte, formando um círculo que vai do Alasca à Sibéria.  "Estes fragmentos de fluxo de alta latitude são como pontos brilhantes no campo magnético e tornam mais fácil ver as mudanças no campo," explicou Livermore. "Podemos explicar [o rio de ferro fundido] como a aceleração numa faixa de núcleo fluido circundando o polo, como o fluxo de correntes na atmosfera."  O rio surge conforme a corrente flui ao longo de uma "fronteira" entre duas regiões diferentes no núcleo. Quando o material no núcleo líquido se move para este limite a partir de ambos os lados, o líquido convergente é espremido e forçado na perpendicular, formando o fluxo.  "Claro que é necessária uma força para mover o fluido para essa fronteira," comentou Rainer Hollerbach, outro membro da equipe. "Ela poderia ser fornecida pela flutuabilidade, ou talvez, mais provavelmente, pelas mudanças no campo magnético dentro do núcleo."   Os três satélites da missão Swarm (enxame ou cardume) voam em formação para estudar o campo magnético terrestre. [Imagem: ESA/AOES] Como estudar o núcleo da Terra  O trio de satélites foi projetado para medir os diferentes campos magnéticos que derivam do núcleo, manto, crosta, oceanos, ionosfera e magnetosfera terrestres - juntos, esses sinais formam o campo magnético que nos protege da radiação cósmica e das partículas dos ventos solares.  Como não conseguimos perfurar muito fundo na crosta, esses campos magnéticos são praticamente o único instrumento de que dispomos para estudar as profundezas da Terra. "Sabemos mais sobre o Sol do que sobre o núcleo da Terra porque o Sol não se esconde de nós por 3.000 km de rocha," explicou Chris Finlay, da Universidade Técnica da Dinamarca, membro da equipe.  Acredita-se que o campo magnético terrestre existe devido a um oceano de ferro líquido superaquecido e em constante movimento, compondo o que se conhece como núcleo exterior. O movimento desse metal derretido cria correntes elétricas que, por sua vez, geram o nosso campo magnético.  Assim, como o ferro no núcleo se move, o campo magnético da Terra está mudando constantemente - e estudar essas mudanças no campo magnético permite inferir como o ferro se move no núcleo. A precisão das medições pela constelação de satélites Swarm permite separar as diferentes fontes de magnetismo, tornando a contribuição do núcleo muito mais clara.  Fonte: ESA  Bibliografia:  An accelerating high-latitude jet in Earth’s core Philip W. Livermore, Rainer Hollerbach, Christopher C. Finlay Nature Geoscience DOI: 10.1038/ngeo2859
Os três satélites da missão Swarm (enxame ou cardume) voam em formação para estudar o campo magnético terrestre. [Imagem: ESA/AOES]
Como estudar o núcleo da Terra
O trio de satélites foi projetado para medir os diferentes campos magnéticos que derivam do núcleo, manto, crosta, oceanos, ionosfera e magnetosfera terrestres - juntos, esses sinais formam o campo magnético que nos protege da radiação cósmica e das partículas dos ventos solares.
Como não conseguimos perfurar muito fundo na crosta, esses campos magnéticos são praticamente o único instrumento de que dispomos para estudar as profundezas da Terra. "Sabemos mais sobre o Sol do que sobre o núcleo da Terra porque o Sol não se esconde de nós por 3.000 km de rocha," explicou Chris Finlay, da Universidade Técnica da Dinamarca, membro da equipe.
Acredita-se que o campo magnético terrestre existe devido a um oceano de ferro líquido superaquecido e em constante movimento, compondo o que se conhece como núcleo exterior. O movimento desse metal derretido cria correntes elétricas que, por sua vez, geram o nosso campo magnético.
Assim, como o ferro no núcleo se move, o campo magnético da Terra está mudando constantemente - e estudar essas mudanças no campo magnético permite inferir como o ferro se move no núcleo. A precisão das medições pela constelação de satélites Swarm permite separar as diferentes fontes de magnetismo, tornando a contribuição do núcleo muito mais clara.
Fonte: ESA
Bibliografia:

An accelerating high-latitude jet in Earth’s core
Philip W. Livermore, Rainer Hollerbach, Christopher C. Finlay
Nature Geoscience
DOI: 10.1038/ngeo2859

Teoria que contesta física de Einstein poderá ser testada.

 A medição mais precisa feita até hoje da radiação cósmica de fundo foi realizada pelo telescópio espacial Planck e chegou a um número muito próximo à previsão da nova teoria.[Imagem: ESA/Planck Collaboration]  Velocidade variável da luz  Uma hipótese de que a velocidade da luz seria variável - e não constante, como Einstein sugeriu - tem circulado entre os físicos e cosmologistas há alguns anos, mas sem força para chegar ao centro das atenções.  Agora, os autores dessa hipótese aprimoraram seus cálculos e conseguiram fazer uma previsão que pode ser testada de forma observacional, o que foi suficiente para que todo o mundo acadêmico se voltasse para a nova teoria.  O pressuposto de que a velocidade da luz é constante, e sempre tem sido, sustenta muitas teorias da física - em particular, ele desempenha um papel nos modelos do que teria acontecido logo no início do Universo, segundos após o Big Bang.  Mas alguns físicos sugeriram que a velocidade da luz poderia ter sido muito maior nesse Universo inicial.  Agora, um dos autores da teoria, o professor João Magueijo (Imperial College de Londres), trabalhando com Niayesh Afshordi (Instituto Perimeter do Canadá), fez uma previsão que pode ser usada para testar a validade da teoria.   Relógios primordiais podem mostrar como Universo começou. [Imagem: Yi Wang/Xingang Chen] Índice espectral  Todas as estruturas no Universo - galáxias, por exemplo - teriam se formado por flutuações no Universo primitivo, pequenas diferenças de densidade em certas regiões. Um registro dessas flutuações primordiais está impresso na Radiação de Micro-ondas Cósmicas de Fundo - um mapa da luz mais antiga do Universo - na forma de um "índice espectral".  Usando sua teoria para ver como essas flutuações seriam influenciadas por uma velocidade variável da luz no início do Universo, Magueijo e Afshordi usaram agora um modelo para colocar um valor exato nesse índice espectral.  Os telescópios estão obtendo leituras cada vez mais precisas deste dado, de modo que a previsão poderia ser testada em breve, confirmando ou descartando o modelo do Universo primordial usado pela dupla - e a variabilidade da velocidade da luz.  Seu dado é muito preciso: 0,96478. Isto está próximo da estimativa atual das leituras do fundo de micro-ondas cósmico, que está em torno de 0,968, com alguma margem de erro. É muito próximo, mas, para ter certeza, é preciso aprimorar os dados observacionais.  "A teoria, que propusemos pela primeira vez no final da década de 1990, atingiu agora um ponto de maturidade - ela produziu uma previsão testável. Se as observações no futuro próximo revelarem que este número é correto, isso levará a uma modificação da teoria da gravidade de Einstein," disse o professor Magueijo.   A teoria da inflação cósmica primordial é largamente um arranjo teórico - ninguém tem ideia de por que ela teria começado ou por que teria parado, por exemplo. Isto tem dado força a teorias cosmológicas sem o Big Bang, algumas baseadas na ideia de que o tempo tem um lugar primordial na criação do Universo. [Imagem: Cortesia TU Vienna]  Inflação cósmica  A testabilidade da teoria da velocidade variável da luz coloca-a adiante da teoria rival mais dominante: a inflação. A inflação diz que o Universo primitivo passou por uma fase de expansão extremamente rápida, muito mais rápida do que a atual taxa de expansão do Universo.  Esse é um arranjo necessário para superar o que os físicos chamam de "problema do horizonte". O Universo como vemos hoje parece ser amplamente igual por toda parte - por exemplo, ele tem uma densidade relativamente homogênea.  Isso só poderia ser verdade se todas as regiões do Universo fossem capazes de influenciar umas às outras. No entanto, se a velocidade da luz sempre foi a mesma, então não passou tempo suficiente para a luz ter viajado até a borda do Universo, e "equalizar" a energia.  Como uma analogia, para aquecer um quarto uniformemente, o ar quente dos aquecedores em cada extremidade tem que viajar através da sala e se misturar completamente. O problema para o Universo é que a "sala" - o tamanho do Universo observável - parece ser grande demais para que isso tenha acontecido no tempo desde que ele foi formado.  Mudanças na velocidade da luz  A teoria da velocidade variável da luz sugere que a velocidade da luz era muito maior no início do Universo, permitindo que as bordas distantes fossem conectadas à medida que o Universo se expandia. A velocidade da luz teria então caído de uma forma previsível à medida que a densidade do Universo mudava. Esta variabilidade levou a dupla à previsão do índice espectral que eles acabam de publicar.  O passo seguinte é aguardar que os equipamentos de observação da radiação cósmica de fundo tornem-se precisos o suficiente para diminuir a margem de erro de sua leitura e verificar se o dado previsto está correto. Se estiver, os efeitos irão bem além de derrubar a ideia da inflação primordial, alterando inúmeros outros fundamentos da física.  Fonte: Hayley Dunning - Imperial College  Bibliografia:  Critical geometry of a thermal big bang Niayesh Afshordi, João Magueijo Physical Review D Vol.: 94, 101301 DOI: 10.1103/PhysRevD.94.101301 https://arxiv.org/abs/1603.03312
A medição mais precisa feita até hoje da radiação cósmica de fundo foi realizada pelo telescópio espacial Planck e chegou a um número muito próximo à previsão da nova teoria.[Imagem: ESA/Planck Collaboration]

Velocidade variável da luz
Uma hipótese de que a velocidade da luz seria variável - e não constante, como Einstein sugeriu - tem circulado entre os físicos e cosmologistas há alguns anos, mas sem força para chegar ao centro das atenções.
Agora, os autores dessa hipótese aprimoraram seus cálculos e conseguiram fazer uma previsão que pode ser testada de forma observacional, o que foi suficiente para que todo o mundo acadêmico se voltasse para a nova teoria.
O pressuposto de que a velocidade da luz é constante, e sempre tem sido, sustenta muitas teorias da física - em particular, ele desempenha um papel nos modelos do que teria acontecido logo no início do Universo, segundos após o Big Bang.
Mas alguns físicos sugeriram que a velocidade da luz poderia ter sido muito maior nesse Universo inicial.
Agora, um dos autores da teoria, o professor João Magueijo (Imperial College de Londres), trabalhando com Niayesh Afshordi (Instituto Perimeter do Canadá), fez uma previsão que pode ser usada para testar a validade da teoria.
 A medição mais precisa feita até hoje da radiação cósmica de fundo foi realizada pelo telescópio espacial Planck e chegou a um número muito próximo à previsão da nova teoria.[Imagem: ESA/Planck Collaboration]  Velocidade variável da luz  Uma hipótese de que a velocidade da luz seria variável - e não constante, como Einstein sugeriu - tem circulado entre os físicos e cosmologistas há alguns anos, mas sem força para chegar ao centro das atenções.  Agora, os autores dessa hipótese aprimoraram seus cálculos e conseguiram fazer uma previsão que pode ser testada de forma observacional, o que foi suficiente para que todo o mundo acadêmico se voltasse para a nova teoria.  O pressuposto de que a velocidade da luz é constante, e sempre tem sido, sustenta muitas teorias da física - em particular, ele desempenha um papel nos modelos do que teria acontecido logo no início do Universo, segundos após o Big Bang.  Mas alguns físicos sugeriram que a velocidade da luz poderia ter sido muito maior nesse Universo inicial.  Agora, um dos autores da teoria, o professor João Magueijo (Imperial College de Londres), trabalhando com Niayesh Afshordi (Instituto Perimeter do Canadá), fez uma previsão que pode ser usada para testar a validade da teoria.   Relógios primordiais podem mostrar como Universo começou. [Imagem: Yi Wang/Xingang Chen] Índice espectral  Todas as estruturas no Universo - galáxias, por exemplo - teriam se formado por flutuações no Universo primitivo, pequenas diferenças de densidade em certas regiões. Um registro dessas flutuações primordiais está impresso na Radiação de Micro-ondas Cósmicas de Fundo - um mapa da luz mais antiga do Universo - na forma de um "índice espectral".  Usando sua teoria para ver como essas flutuações seriam influenciadas por uma velocidade variável da luz no início do Universo, Magueijo e Afshordi usaram agora um modelo para colocar um valor exato nesse índice espectral.  Os telescópios estão obtendo leituras cada vez mais precisas deste dado, de modo que a previsão poderia ser testada em breve, confirmando ou descartando o modelo do Universo primordial usado pela dupla - e a variabilidade da velocidade da luz.  Seu dado é muito preciso: 0,96478. Isto está próximo da estimativa atual das leituras do fundo de micro-ondas cósmico, que está em torno de 0,968, com alguma margem de erro. É muito próximo, mas, para ter certeza, é preciso aprimorar os dados observacionais.  "A teoria, que propusemos pela primeira vez no final da década de 1990, atingiu agora um ponto de maturidade - ela produziu uma previsão testável. Se as observações no futuro próximo revelarem que este número é correto, isso levará a uma modificação da teoria da gravidade de Einstein," disse o professor Magueijo.   A teoria da inflação cósmica primordial é largamente um arranjo teórico - ninguém tem ideia de por que ela teria começado ou por que teria parado, por exemplo. Isto tem dado força a teorias cosmológicas sem o Big Bang, algumas baseadas na ideia de que o tempo tem um lugar primordial na criação do Universo. [Imagem: Cortesia TU Vienna]  Inflação cósmica  A testabilidade da teoria da velocidade variável da luz coloca-a adiante da teoria rival mais dominante: a inflação. A inflação diz que o Universo primitivo passou por uma fase de expansão extremamente rápida, muito mais rápida do que a atual taxa de expansão do Universo.  Esse é um arranjo necessário para superar o que os físicos chamam de "problema do horizonte". O Universo como vemos hoje parece ser amplamente igual por toda parte - por exemplo, ele tem uma densidade relativamente homogênea.  Isso só poderia ser verdade se todas as regiões do Universo fossem capazes de influenciar umas às outras. No entanto, se a velocidade da luz sempre foi a mesma, então não passou tempo suficiente para a luz ter viajado até a borda do Universo, e "equalizar" a energia.  Como uma analogia, para aquecer um quarto uniformemente, o ar quente dos aquecedores em cada extremidade tem que viajar através da sala e se misturar completamente. O problema para o Universo é que a "sala" - o tamanho do Universo observável - parece ser grande demais para que isso tenha acontecido no tempo desde que ele foi formado.  Mudanças na velocidade da luz  A teoria da velocidade variável da luz sugere que a velocidade da luz era muito maior no início do Universo, permitindo que as bordas distantes fossem conectadas à medida que o Universo se expandia. A velocidade da luz teria então caído de uma forma previsível à medida que a densidade do Universo mudava. Esta variabilidade levou a dupla à previsão do índice espectral que eles acabam de publicar.  O passo seguinte é aguardar que os equipamentos de observação da radiação cósmica de fundo tornem-se precisos o suficiente para diminuir a margem de erro de sua leitura e verificar se o dado previsto está correto. Se estiver, os efeitos irão bem além de derrubar a ideia da inflação primordial, alterando inúmeros outros fundamentos da física.  Fonte: Hayley Dunning - Imperial College  Bibliografia:  Critical geometry of a thermal big bang Niayesh Afshordi, João Magueijo Physical Review D Vol.: 94, 101301 DOI: 10.1103/PhysRevD.94.101301 https://arxiv.org/abs/1603.03312
Relógios primordiais podem mostrar como Universo começou. [Imagem: Yi Wang/Xingang Chen]
Índice espectral
Todas as estruturas no Universo - galáxias, por exemplo - teriam se formado por flutuações no Universo primitivo, pequenas diferenças de densidade em certas regiões. Um registro dessas flutuações primordiais está impresso na Radiação de Micro-ondas Cósmicas de Fundo - um mapa da luz mais antiga do Universo - na forma de um "índice espectral".
Usando sua teoria para ver como essas flutuações seriam influenciadas por uma velocidade variável da luz no início do Universo, Magueijo e Afshordi usaram agora um modelo para colocar um valor exato nesse índice espectral.
Os telescópios estão obtendo leituras cada vez mais precisas deste dado, de modo que a previsão poderia ser testada em breve, confirmando ou descartando o modelo do Universo primordial usado pela dupla - e a variabilidade da velocidade da luz.
Seu dado é muito preciso: 0,96478. Isto está próximo da estimativa atual das leituras do fundo de micro-ondas cósmico, que está em torno de 0,968, com alguma margem de erro. É muito próximo, mas, para ter certeza, é preciso aprimorar os dados observacionais.
"A teoria, que propusemos pela primeira vez no final da década de 1990, atingiu agora um ponto de maturidade - ela produziu uma previsão testável. Se as observações no futuro próximo revelarem que este número é correto, isso levará a uma modificação da teoria da gravidade de Einstein," disse o professor Magueijo.
 A medição mais precisa feita até hoje da radiação cósmica de fundo foi realizada pelo telescópio espacial Planck e chegou a um número muito próximo à previsão da nova teoria.[Imagem: ESA/Planck Collaboration]  Velocidade variável da luz  Uma hipótese de que a velocidade da luz seria variável - e não constante, como Einstein sugeriu - tem circulado entre os físicos e cosmologistas há alguns anos, mas sem força para chegar ao centro das atenções.  Agora, os autores dessa hipótese aprimoraram seus cálculos e conseguiram fazer uma previsão que pode ser testada de forma observacional, o que foi suficiente para que todo o mundo acadêmico se voltasse para a nova teoria.  O pressuposto de que a velocidade da luz é constante, e sempre tem sido, sustenta muitas teorias da física - em particular, ele desempenha um papel nos modelos do que teria acontecido logo no início do Universo, segundos após o Big Bang.  Mas alguns físicos sugeriram que a velocidade da luz poderia ter sido muito maior nesse Universo inicial.  Agora, um dos autores da teoria, o professor João Magueijo (Imperial College de Londres), trabalhando com Niayesh Afshordi (Instituto Perimeter do Canadá), fez uma previsão que pode ser usada para testar a validade da teoria.   Relógios primordiais podem mostrar como Universo começou. [Imagem: Yi Wang/Xingang Chen] Índice espectral  Todas as estruturas no Universo - galáxias, por exemplo - teriam se formado por flutuações no Universo primitivo, pequenas diferenças de densidade em certas regiões. Um registro dessas flutuações primordiais está impresso na Radiação de Micro-ondas Cósmicas de Fundo - um mapa da luz mais antiga do Universo - na forma de um "índice espectral".  Usando sua teoria para ver como essas flutuações seriam influenciadas por uma velocidade variável da luz no início do Universo, Magueijo e Afshordi usaram agora um modelo para colocar um valor exato nesse índice espectral.  Os telescópios estão obtendo leituras cada vez mais precisas deste dado, de modo que a previsão poderia ser testada em breve, confirmando ou descartando o modelo do Universo primordial usado pela dupla - e a variabilidade da velocidade da luz.  Seu dado é muito preciso: 0,96478. Isto está próximo da estimativa atual das leituras do fundo de micro-ondas cósmico, que está em torno de 0,968, com alguma margem de erro. É muito próximo, mas, para ter certeza, é preciso aprimorar os dados observacionais.  "A teoria, que propusemos pela primeira vez no final da década de 1990, atingiu agora um ponto de maturidade - ela produziu uma previsão testável. Se as observações no futuro próximo revelarem que este número é correto, isso levará a uma modificação da teoria da gravidade de Einstein," disse o professor Magueijo.   A teoria da inflação cósmica primordial é largamente um arranjo teórico - ninguém tem ideia de por que ela teria começado ou por que teria parado, por exemplo. Isto tem dado força a teorias cosmológicas sem o Big Bang, algumas baseadas na ideia de que o tempo tem um lugar primordial na criação do Universo. [Imagem: Cortesia TU Vienna]  Inflação cósmica  A testabilidade da teoria da velocidade variável da luz coloca-a adiante da teoria rival mais dominante: a inflação. A inflação diz que o Universo primitivo passou por uma fase de expansão extremamente rápida, muito mais rápida do que a atual taxa de expansão do Universo.  Esse é um arranjo necessário para superar o que os físicos chamam de "problema do horizonte". O Universo como vemos hoje parece ser amplamente igual por toda parte - por exemplo, ele tem uma densidade relativamente homogênea.  Isso só poderia ser verdade se todas as regiões do Universo fossem capazes de influenciar umas às outras. No entanto, se a velocidade da luz sempre foi a mesma, então não passou tempo suficiente para a luz ter viajado até a borda do Universo, e "equalizar" a energia.  Como uma analogia, para aquecer um quarto uniformemente, o ar quente dos aquecedores em cada extremidade tem que viajar através da sala e se misturar completamente. O problema para o Universo é que a "sala" - o tamanho do Universo observável - parece ser grande demais para que isso tenha acontecido no tempo desde que ele foi formado.  Mudanças na velocidade da luz  A teoria da velocidade variável da luz sugere que a velocidade da luz era muito maior no início do Universo, permitindo que as bordas distantes fossem conectadas à medida que o Universo se expandia. A velocidade da luz teria então caído de uma forma previsível à medida que a densidade do Universo mudava. Esta variabilidade levou a dupla à previsão do índice espectral que eles acabam de publicar.  O passo seguinte é aguardar que os equipamentos de observação da radiação cósmica de fundo tornem-se precisos o suficiente para diminuir a margem de erro de sua leitura e verificar se o dado previsto está correto. Se estiver, os efeitos irão bem além de derrubar a ideia da inflação primordial, alterando inúmeros outros fundamentos da física.  Fonte: Hayley Dunning - Imperial College  Bibliografia:  Critical geometry of a thermal big bang Niayesh Afshordi, João Magueijo Physical Review D Vol.: 94, 101301 DOI: 10.1103/PhysRevD.94.101301 https://arxiv.org/abs/1603.03312
A teoria da inflação cósmica primordial é largamente um arranjo teórico - ninguém tem ideia de por que ela teria começado ou por que teria parado, por exemplo. Isto tem dado força a teorias cosmológicas sem o Big Bang, algumas baseadas na ideia de que o tempo tem um lugar primordial na criação do Universo. [Imagem: Cortesia TU Vienna]

Inflação cósmica
A testabilidade da teoria da velocidade variável da luz coloca-a adiante da teoria rival mais dominante: a inflação. A inflação diz que o Universo primitivo passou por uma fase de expansão extremamente rápida, muito mais rápida do que a atual taxa de expansão do Universo.
Esse é um arranjo necessário para superar o que os físicos chamam de "problema do horizonte". O Universo como vemos hoje parece ser amplamente igual por toda parte - por exemplo, ele tem uma densidade relativamente homogênea.
Isso só poderia ser verdade se todas as regiões do Universo fossem capazes de influenciar umas às outras. No entanto, se a velocidade da luz sempre foi a mesma, então não passou tempo suficiente para a luz ter viajado até a borda do Universo, e "equalizar" a energia.
Como uma analogia, para aquecer um quarto uniformemente, o ar quente dos aquecedores em cada extremidade tem que viajar através da sala e se misturar completamente. O problema para o Universo é que a "sala" - o tamanho do Universo observável - parece ser grande demais para que isso tenha acontecido no tempo desde que ele foi formado.
Mudanças na velocidade da luz
A teoria da velocidade variável da luz sugere que a velocidade da luz era muito maior no início do Universo, permitindo que as bordas distantes fossem conectadas à medida que o Universo se expandia. A velocidade da luz teria então caído de uma forma previsível à medida que a densidade do Universo mudava. Esta variabilidade levou a dupla à previsão do índice espectral que eles acabam de publicar.
O passo seguinte é aguardar que os equipamentos de observação da radiação cósmica de fundo tornem-se precisos o suficiente para diminuir a margem de erro de sua leitura e verificar se o dado previsto está correto. Se estiver, os efeitos irão bem além de derrubar a ideia da inflação primordial, alterando inúmeros outros fundamentos da física.
Fonte: Hayley Dunning - Imperial College
Bibliografia:

Critical geometry of a thermal big bang
Niayesh Afshordi, João Magueijo
Physical Review D
Vol.: 94, 101301
DOI: 10.1103/PhysRevD.94.101301
https://arxiv.org/abs/1603.03312

sábado, 24 de dezembro de 2016

Guerra do Paraguai

A guerra do Paraguai começou no ano em 1864, por causa de seu ditador Francisco Solano Lopes, que tinha ambição de obter uma passagem para o Oceano Atlântico e expandir seu território, já que o Paraguai nessa época era uma potência econômica e independente dos países europeus. Francisco visava a província de Mato Grosso, então o ditador se aproveitou da fraca defesa brasileira nesse território e conquistou sem nenhuma dificuldades. Após essa vitória, se sentiu motivado a continuar a expandir o território paraguaio, e escolheu seu próximo alvo sendo o Rio Grande do Sul, mas para atacar, precisava passar pela Argentina, então invadiu e conquistou a província argentina Corrientes. No dia 1º de maio de 1865, os países, Brasil, Argentina e Uruguai se uniram para não serem mais ameaçados pelo Francisco, formaram a Tríplice Aliança. Com a união desses 3 países, começaram a combater o Paraguai que foi derrotado na batalha naval de Riachuelo, e na batalha de Uruguaiana. Essa guerra durou seis anos, e no terceiro ano de guerra, o Brasil se encontrava em sérios problemas de organização de tropas, pois além dos inimigos, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Duque de Caxias (imagem) foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II). Por fim, no ano de 1870, a guerra chega ao seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. A Inglaterra também participou da guerra, apoiando a tríplice aliança com armamentos e empréstimos de dinheiro, pois para Inglaterra o Paraguai não deveria ser copiado por que não dependia das nações europeias. Consequências - A indústria paraguaia ficou arrasada após a guerra. O Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento industrial e econômico, pelo contrário, passa até hoje por dificuldades políticas e econômicas. - Cerca de 70% da população paraguaia morreu durante o conflito, sendo que a maioria dos mortos eram homens; - Embora tenha saído vitorioso, o Brasil também teve grandes prejuízos financeiros com o conflito. Os elevados gastos da guerra foram custeados com empréstimos estrangeiros, fazendo com que aumentasse a dívida externa brasileira e a dependência de países ricos como, por exemplo, da Inglaterra; - Com a guerra, o exército brasileiro ficou fortalecido no aspecto bélico, pois ganhou experiência e passou por um processo de modernização. Houve também um importante fortalecimento institucional. Do ponto de vista político, o exército também saiu fortalecido e passou a ser uma importante força no cenário político nacional.
A guerra do Paraguai começou no ano em 1864, por causa de seu ditador Francisco Solano Lopes, que tinha ambição de obter uma passagem para o Oceano Atlântico e expandir seu território, já que o Paraguai nessa época era uma potência econômica e independente dos países europeus.
Francisco visava a província de Mato Grosso, então o ditador se aproveitou da fraca defesa brasileira nesse território e conquistou sem nenhuma dificuldades. Após essa vitória, se sentiu motivado a continuar a expandir o território paraguaio, e escolheu seu próximo alvo sendo o Rio Grande do Sul, mas para atacar, precisava passar pela Argentina, então invadiu e conquistou a província argentina Corrientes.
No dia 1º de maio de 1865, os países, Brasil, Argentina e Uruguai se uniram para não serem mais ameaçados pelo Francisco, formaram a Tríplice Aliança. Com a união desses 3 países, começaram a combater o Paraguai que foi derrotado na batalha naval de Riachuelo, e na batalha de Uruguaiana.
Essa guerra durou seis anos, e no terceiro ano de guerra, o Brasil se encontrava em sérios problemas de organização de tropas, pois além dos inimigos, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Duque de Caxias (imagem) foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II). Por fim, no ano de 1870, a guerra chega ao seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.
A Inglaterra também participou da guerra, apoiando a tríplice aliança com armamentos e empréstimos de dinheiro, pois para Inglaterra o Paraguai não deveria ser copiado por que não dependia das nações europeias.
Consequências
- A indústria paraguaia ficou arrasada após a guerra. O Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento industrial e econômico, pelo contrário, passa até hoje por dificuldades políticas e econômicas.
- Cerca de 70% da população paraguaia morreu durante o conflito, sendo que a maioria dos mortos eram homens;
- Embora tenha saído vitorioso, o Brasil também teve grandes prejuízos financeiros com o conflito. Os elevados gastos da guerra foram custeados com empréstimos estrangeiros, fazendo com que aumentasse a dívida externa brasileira e a dependência de países ricos como, por exemplo, da Inglaterra;
- Com a guerra, o exército brasileiro ficou fortalecido no aspecto bélico, pois ganhou experiência e passou por um processo de modernização. Houve também um importante fortalecimento institucional. Do ponto de vista político, o exército também saiu fortalecido e passou a ser uma importante força no cenário político nacional.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

As previsões incríveis de Nikola Tesla para o século 21.

 Nikola Tesla Na década de 1930, jornalistas de publicações como o New York Times e a revista Time visitavam Nikola Tesla regularmente em sua casa no vigésimo andar do Hotel Governor Clinton em Manhattan. Lá, o já idoso Tesla os entretia com histórias dos seus tempos de inventor e muitas vezes opinava sobre as inovações que estavam por vir.  Há alguns anos demos uma olhada nas previsões de Tesla sobre como a eugenia e a esterilização forçada de criminosos e outras “pessoas indesejadas”. Ele acredita que isso de alguma forma purificaria a raça humana até o ano 2100. Hoje, temos mais informação sobre essa matéria que foi publicada na edição do dia 9 de fevereiro de 1935 da revista Liberty. A matéria é única porque não foi uma simples entrevista como muitas das publicadas na época sobre o Tesla, na verdade é descrita como “escrita por Nikolas Tesla, como foi dito para George Sylvester Viereck.”  Não é claro aonde essa matéria específica foi escrita, mas a relação amigável de Tesla com Viereck me leva a achar que pode não ter sido em sua casa no hotel de Manhattan. Entrevistas com Tesla da época normalmente aconteciam no hotel, mas às vezes Tesla jantava com Viereck e sua família em sua casa em Riverside Drive, o que significa que pode ter sido escrita lá.  Viereck se associava com muitas pessoas importantes da época, realizando entrevistas com figuras notáveis como Albert Einsten, Teddy Roosevelt e até Adolf Hitler. Como um alemão-americano morando em Nova York, Viereck era um divulgador notório do regime nazista e foi julgado e preso em 1942 por não se registrar como tal no governo americano. Ele foi solto em 1947, alguns anos depois da morte de Tesla em 1943. Não é claro se eles continuaram sendo amigos depois do governo demonstrar preocupação sobre as atividades de Viereck no final dos anos 30 e início da década de 1940.  Tesla tinha teorias interessantes sobre religião, ciência e a natureza da humanidade que vamos explorar em alguma matéria futura, mas por enquanto eu reuni algumas das previsões mais interessantes (e muitas vezes corretas) que Tesla tinha para o futuro.  Criação do EPA A criação do Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency, EPA) não aconteceria por mais 35 anos, mas o Tesla previu a criação de uma agência parecida no próximo século.  Higiene e cultura física serão ramos reconhecidos da educação e governo. A Secretaria da Higiene ou Cultura Física será muito mais importante no gabinete do presidente dos Estados Unidos em exercício em 2035 do que o secretário da guerra. A poluição das nossas praias que temos hoje nos arredores de Nova York será tão impensável para os nossos filhos e netos quanto viver sem encanamento. O nosso abastecimento de água será supervisionado muito mais cuidadosamente e só um louco vai tomar água que não seja esterilizada.  Educação, guerra e os jornais do amanhã Tesla imaginou um mundo em que descobertas científicas, e não a guerra, seriam a prioridade para a humanidade.  Hoje os países mais civilizados do mundo gastam o máximo de sua renda na guerra e um mínimo em educação. O século 21 vai reverter essa ordem. Será mais glorioso lutar contra a ignorância do que morrer no campo de batalha. A descoberta de uma nova verdade científica vai ser mais importante do que as querelas de diplomatas. Até os nossos jornais estão começando a retratar descobertas científicas e a criação de conceitos filosóficos novos como notícia. Os jornais do século 21 só vão publicar uma “nota” nas últimas páginas sobre crimes ou polêmicas políticas. As manchetes nas capas serão de proclamações de novas hipóteses científicas.  Saúde e dieta Ao se aproximar do fim de sua vida, Tesla desenvolveu teorias estranhas sobre a dieta humana ideal. Ele não jantava mais do que leite e mel nos seus últimos dias, acreditando que essa era a forma mais pura de comida. Tesla perdeu muito peso e tinha uma aparência sinistra no início da década de 1940. Essa dieta escassa e seu físico esquelético levaram ao equívoco comum de que Tesla estaria falido no fim de sua vida.  Mais pessoas morrem ou ficam doentes de água poluída do que de café, chá, tabaco ou outros estimulantes. Eu mesmo evito todos estimulantes. Eu também praticamente me abstenho de comer carne. Estou convencido de que dentro de um século café, chá e tabaco não estarão mais em voga. Porém o álcool ainda será usado. Este não é um estimulante, mas um verdadeiro elixir da vida. A abolição de estimulantes não acontecerá de uma maneira forçada. Simplesmente não estará mais na moda envenenar o seu corpo com ingredientes nocivos. Bernarr Macfadden já mostrou como é possível providenciar comidas saborosas com base em produtos naturais como leite, mel e trigo. Acredito que a comida que é servida hoje em seus restaurantes será a base das refeições epicuristas nos mais elegantes salões de banquetes do século 21.  Existirão produtos de trigo o suficiente para alimentar o mundo todo, incluindo os milhões de pessoas da China e Índia, hoje cronicamente à beira da fome. A terra é tão abundante e quando sua abundância falta, nitrogênio vindo do ar refertilizará seu ventre. Eu desenvolvi um processo para esse fim em 1900. Foi aperfeiçoado 14 anos depois sob a pressão da guerra por químicos alemães.  Robôs O trabalho de Tesla com robótica começou no final da década de 1890 quanto ele patenteou o seu barco de controle remoto, uma invenção que absolutamente chocou observadores na Exibição Eletrônica de 1898 em Madison Square Garden.  Hoje sofremos a disfunção da nossa civilização, porque ainda não nos ajustamos completamente à era das máquinas. A solução dos nossos problemas não está em destruir maquinas, mas em dominá-las.  Inúmeras atividades ainda executadas hoje por mãos humanas serão realizadas por autômatos. Neste momento, cientistas trabalhando nos laboratórios de universidades americanas estão tentando desenvolver o que tem sido descrito como “máquinas de pensar”. Eu antecipei esse desenvolvimento.  Na verdade, eu construí “robôs”. Hoje o robô é um fato aceitado, mas o princípio ainda não foi desenvolvido o suficiente. No século 21, o robô vai tomar o lugar que o trabalho escravo ocupou na antiga civilização. Não existe motivo nenhum pelo o qual grande parte disso não se concretize em menos de um século, liberando a humanidade para exercer suas aspirações maiores.  Energia barata e gerenciamento de recursos naturais Muito antes do início do próximo século, o reflorestamento sistemático e o gerenciamento científico de recursos naturais terão trazido um fim para todas as secas, incêndios florestais e inundações devastadoras. A utilização universal da energia hidroelétrica e sua transmissão à longa distância vai abastecer todas residências com energia barata e dispensará a necessidade de queimar combustíveis. Sendo que a luta existencial será diminuída, deve haver desenvolvimento motivado por ideais e não questões materiais.  Tesla foi um visionário cujas contribuições para o mundo estão sendo comemoradas hoje mais do que nunca. Enquanto sua ideia de uma dieta ideal pode ter sido meio estranha, ele claramente entendia muito sobre coisas que hoje valorizamos (como ar limpo, comida limpa e nossas “máquinas de pensar”) enquanto tropeçamos rumo ao futuro.  Este post apareceu originalmente no Smithsonian.com.  Tradução por Mariana Siqueira.
Nikola Tesla
Na década de 1930, jornalistas de publicações como o New York Times e a revista Time visitavam Nikola Tesla regularmente em sua casa no vigésimo andar do Hotel Governor Clinton em Manhattan. Lá, o já idoso Tesla os entretia com histórias dos seus tempos de inventor e muitas vezes opinava sobre as inovações que estavam por vir.

Há alguns anos demos uma olhada nas previsões de Tesla sobre como a eugenia e a esterilização forçada de criminosos e outras “pessoas indesejadas”. Ele acredita que isso de alguma forma purificaria a raça humana até o ano 2100. Hoje, temos mais informação sobre essa matéria que foi publicada na edição do dia 9 de fevereiro de 1935 da revista Liberty. A matéria é única porque não foi uma simples entrevista como muitas das publicadas na época sobre o Tesla, na verdade é descrita como “escrita por Nikolas Tesla, como foi dito para George Sylvester Viereck.”
Não é claro aonde essa matéria específica foi escrita, mas a relação amigável de Tesla com Viereck me leva a achar que pode não ter sido em sua casa no hotel de Manhattan. Entrevistas com Tesla da época normalmente aconteciam no hotel, mas às vezes Tesla jantava com Viereck e sua família em sua casa em Riverside Drive, o que significa que pode ter sido escrita lá.
Viereck se associava com muitas pessoas importantes da época, realizando entrevistas com figuras notáveis como Albert Einsten, Teddy Roosevelt e até Adolf Hitler. Como um alemão-americano morando em Nova York, Viereck era um divulgador notório do regime nazista e foi julgado e preso em 1942 por não se registrar como tal no governo americano. Ele foi solto em 1947, alguns anos depois da morte de Tesla em 1943. Não é claro se eles continuaram sendo amigos depois do governo demonstrar preocupação sobre as atividades de Viereck no final dos anos 30 e início da década de 1940.
Tesla tinha teorias interessantes sobre religião, ciência e a natureza da humanidade que vamos explorar em alguma matéria futura, mas por enquanto eu reuni algumas das previsões mais interessantes (e muitas vezes corretas) que Tesla tinha para o futuro.

Criação do EPA

A criação do Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency, EPA) não aconteceria por mais 35 anos, mas o Tesla previu a criação de uma agência parecida no próximo século.
Higiene e cultura física serão ramos reconhecidos da educação e governo. A Secretaria da Higiene ou Cultura Física será muito mais importante no gabinete do presidente dos Estados Unidos em exercício em 2035 do que o secretário da guerra. A poluição das nossas praias que temos hoje nos arredores de Nova York será tão impensável para os nossos filhos e netos quanto viver sem encanamento. O nosso abastecimento de água será supervisionado muito mais cuidadosamente e só um louco vai tomar água que não seja esterilizada.

Educação, guerra e os jornais do amanhã

Tesla imaginou um mundo em que descobertas científicas, e não a guerra, seriam a prioridade para a humanidade.

Hoje os países mais civilizados do mundo gastam o máximo de sua renda na guerra e um mínimo em educação. O século 21 vai reverter essa ordem. Será mais glorioso lutar contra a ignorância do que morrer no campo de batalha. A descoberta de uma nova verdade científica vai ser mais importante do que as querelas de diplomatas. Até os nossos jornais estão começando a retratar descobertas científicas e a criação de conceitos filosóficos novos como notícia. Os jornais do século 21 só vão publicar uma “nota” nas últimas páginas sobre crimes ou polêmicas políticas. As manchetes nas capas serão de proclamações de novas hipóteses científicas.

Saúde e dieta

Ao se aproximar do fim de sua vida, Tesla desenvolveu teorias estranhas sobre a dieta humana ideal. Ele não jantava mais do que leite e mel nos seus últimos dias, acreditando que essa era a forma mais pura de comida. Tesla perdeu muito peso e tinha uma aparência sinistra no início da década de 1940. Essa dieta escassa e seu físico esquelético levaram ao equívoco comum de que Tesla estaria falido no fim de sua vida.

Mais pessoas morrem ou ficam doentes de água poluída do que de café, chá, tabaco ou outros estimulantes. Eu mesmo evito todos estimulantes. Eu também praticamente me abstenho de comer carne. Estou convencido de que dentro de um século café, chá e tabaco não estarão mais em voga. Porém o álcool ainda será usado. Este não é um estimulante, mas um verdadeiro elixir da vida. A abolição de estimulantes não acontecerá de uma maneira forçada. Simplesmente não estará mais na moda envenenar o seu corpo com ingredientes nocivos. Bernarr Macfadden já mostrou como é possível providenciar comidas saborosas com base em produtos naturais como leite, mel e trigo. Acredito que a comida que é servida hoje em seus restaurantes será a base das refeições epicuristas nos mais elegantes salões de banquetes do século 21.
Existirão produtos de trigo o suficiente para alimentar o mundo todo, incluindo os milhões de pessoas da China e Índia, hoje cronicamente à beira da fome. A terra é tão abundante e quando sua abundância falta, nitrogênio vindo do ar refertilizará seu ventre. Eu desenvolvi um processo para esse fim em 1900. Foi aperfeiçoado 14 anos depois sob a pressão da guerra por químicos alemães.

Robôs

O trabalho de Tesla com robótica começou no final da década de 1890 quanto ele patenteou o seu barco de controle remoto, uma invenção que absolutamente chocou observadores na Exibição Eletrônica de 1898 em Madison Square Garden.

Hoje sofremos a disfunção da nossa civilização, porque ainda não nos ajustamos completamente à era das máquinas. A solução dos nossos problemas não está em destruir maquinas, mas em dominá-las.
Inúmeras atividades ainda executadas hoje por mãos humanas serão realizadas por autômatos. Neste momento, cientistas trabalhando nos laboratórios de universidades americanas estão tentando desenvolver o que tem sido descrito como “máquinas de pensar”. Eu antecipei esse desenvolvimento.
Na verdade, eu construí “robôs”. Hoje o robô é um fato aceitado, mas o princípio ainda não foi desenvolvido o suficiente. No século 21, o robô vai tomar o lugar que o trabalho escravo ocupou na antiga civilização. Não existe motivo nenhum pelo o qual grande parte disso não se concretize em menos de um século, liberando a humanidade para exercer suas aspirações maiores.

Energia barata e gerenciamento de recursos naturais

Muito antes do início do próximo século, o reflorestamento sistemático e o gerenciamento científico de recursos naturais terão trazido um fim para todas as secas, incêndios florestais e inundações devastadoras. A utilização universal da energia hidroelétrica e sua transmissão à longa distância vai abastecer todas residências com energia barata e dispensará a necessidade de queimar combustíveis. Sendo que a luta existencial será diminuída, deve haver desenvolvimento motivado por ideais e não questões materiais.

Tesla foi um visionário cujas contribuições para o mundo estão sendo comemoradas hoje mais do que nunca. Enquanto sua ideia de uma dieta ideal pode ter sido meio estranha, ele claramente entendia muito sobre coisas que hoje valorizamos (como ar limpo, comida limpa e nossas “máquinas de pensar”) enquanto tropeçamos rumo ao futuro.

Este post apareceu originalmente no Smithsonian.com.

Tradução por Mariana Siqueira.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Satélite de estudantes brasileiros é lançado no Japão

UbatubaSat  O nanossatélite UbatubaSat, desenvolvido por alunos do ensino fundamental de Ubatuba (SP), foi lançado nesta sexta-feira do Centro Espacial Tanegashima, no Japão, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).  A primeira etapa do lançamento foi transmitida ao vivo pela Jaxa, agência espacial do Japão.  A expectativa é que o satélite seja finalmente liberado no espaço no próximo dia 19 e, a partir do dia 21, já esteja na órbita operacional esperada. A liberação final será feita por um lançador especial de nanossatélites montado no laboratório japonês Kibo.  O UbatubaSat poderá ser o primeiro satélite totalmente desenvolvido no Brasil a funcionar em órbita, de onde poderá registrar a distância de sondas espaciais, detectar a formação de bolhas no espaço e também fazer contato com radioamadores e transmitir mensagens que foram gravadas por estudantes.  Satélite de estudantes  O projeto UbatubaSat foi idealizado pelo professor Cândido Osvaldo de Moura. A iniciativa surgiu no início de 2010, quando ele teve conhecimento de que uma empresa norte-americana estava desenvolvendo um veículo lançador e vendia os kits de montagem de pequenos satélites que pudessem ser lançados pela empresa.  Cândido levou o desafio para a sala de aula. Na época, ele era professor da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves (Etec), em Ubatuba. "A gente achou que seria interessante fazer um satélite desses com os alunos da quinta série. Eles tinham em média dez anos de idade e poderiam ser os mais jovens do mundo a desenvolver um projeto espacial", conta o professor.  Segundo Cândido, este tipo de satélite pequeno, também conhecido como cubesat, foi criado nos anos 1990 para servir como experiência pedagógica nas universidades. Com apoio técnico e financeiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), o professor adaptou a experiência para os alunos mais jovens.  Sucesso  O satélite levou três anos para ficar pronto. A construção foi conduzida por seis alunos, mas desde 2010 cerca de 400 estudantes já passaram pelo projeto, que engloba outras atividades de desenvolvimento científico.  Cândido e seus alunos acompanharam o lançamento do satélite da sede do Inpe, em São José dos Campos (SP). "A maior conquista é o aprendizado do aluno. O que a gente quis foi colocar os alunos em contato com a ciência e a tecnologia desde cedo. Este sucesso a gente já conquistou", disse Cândido.
O nanossatélite dos estudantes brasileiros foi levado ao espaço pelo cargueiro espacial japonês que está levando suprimentos para a ISS. [Imagem: JAXA]
UbatubaSat
O nanossatélite UbatubaSat, desenvolvido por alunos do ensino fundamental de Ubatuba (SP), foi lançado nesta sexta-feira do Centro Espacial Tanegashima, no Japão, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).
A primeira etapa do lançamento foi transmitida ao vivo pela Jaxa, agência espacial do Japão.
A expectativa é que o satélite seja finalmente liberado no espaço no próximo dia 19 e, a partir do dia 21, já esteja na órbita operacional esperada. A liberação final será feita por um lançador especial de nanossatélites montado no laboratório japonês Kibo.
O UbatubaSat poderá ser o primeiro satélite totalmente desenvolvido no Brasil a funcionar em órbita, de onde poderá registrar a distância de sondas espaciais, detectar a formação de bolhas no espaço e também fazer contato com radioamadores e transmitir mensagens que foram gravadas por estudantes.
Satélite de estudantes
O projeto UbatubaSat foi idealizado pelo professor Cândido Osvaldo de Moura. A iniciativa surgiu no início de 2010, quando ele teve conhecimento de que uma empresa norte-americana estava desenvolvendo um veículo lançador e vendia os kits de montagem de pequenos satélites que pudessem ser lançados pela empresa.
Cândido levou o desafio para a sala de aula. Na época, ele era professor da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves (Etec), em Ubatuba. "A gente achou que seria interessante fazer um satélite desses com os alunos da quinta série. Eles tinham em média dez anos de idade e poderiam ser os mais jovens do mundo a desenvolver um projeto espacial", conta o professor.
Segundo Cândido, este tipo de satélite pequeno, também conhecido como cubesat, foi criado nos anos 1990 para servir como experiência pedagógica nas universidades. Com apoio técnico e financeiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), o professor adaptou a experiência para os alunos mais jovens.
Sucesso
O satélite levou três anos para ficar pronto. A construção foi conduzida por seis alunos, mas desde 2010 cerca de 400 estudantes já passaram pelo projeto, que engloba outras atividades de desenvolvimento científico.
Cândido e seus alunos acompanharam o lançamento do satélite da sede do Inpe, em São José dos Campos (SP). "A maior conquista é o aprendizado do aluno. O que a gente quis foi colocar os alunos em contato com a ciência e a tecnologia desde cedo. Este sucesso a gente já conquistou", disse Cândido.

Fonte: Agencia Brasil

Maior onda da história é registrada no Oceano Atlântico.

 Super-onda  A onda mais alta da história foi registrada por uma boia no Atlântico Norte.  Com 19 metros de altura, ela surgiu entre a Islândia e o Reino Unido, na costa das Ilhas Hébridas Exteriores, também conhecidas como Ilhas Ocidentais, situadas no noroeste da Escócia.  O fenômeno se formou depois da chegada de uma forte frente fria, com ventos de mais de 80 quilômetros por hora, no dia 4 de fevereiro de 2013.  É, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), um novo recorde para uma onda oceânica - o comitê de especialistas da OMM - que é um organismo das Nações Unidas - ratificou o novo recorde somente agora, quase quatro anos após o evento.  A marca anterior era de uma onda de 18,275 metros de altura registrada em dezembro de 2007, também no Atlântico Norte.  "É a primeira vez que se mede uma onda de 19 metros. Trata-se de um recorde notável," disse o subsecretário-geral da OMM, Zhang Wenjian    Maior onda do mundo  Muito provavelmente, porém, esta não é a maior onda do mundo. Em 2002, um navio avistou uma onda de 29 metros no mesmo oceano, mas não houve medições ratificadas pela organização.  A altura de uma onda é medida da sua crista até a crista da que a sucede.  A boia que fez o registro é parte da rede de Estações Meteorológicas Marinhas Automáticas, do Escritório de Meteorologia do Reino Unido. Esse tipo de equipamento complementa as medições feitas por navios e satélites que monitoram as previsões meteorológicas em alto-mar.  Ondas gigantes  As ondas gigantes frequentemente ocorrem no Atlântico Norte, cujas águas se estendem da costa do Canadá ao sul da Islândia e ao oeste do Reino Unido.  De acordo com a OMM, no inverno a circulação dos ventos e os sistemas de baixa pressão atmosférica causam tempestades ou ciclones extratropicais.  O fenômeno contribui para o equilíbrio térmico das regiões equatoriais e das regiões polares.    Fonte: BBC
Super-onda
A onda mais alta da história foi registrada por uma boia no Atlântico Norte.
Com 19 metros de altura, ela surgiu entre a Islândia e o Reino Unido, na costa das Ilhas Hébridas Exteriores, também conhecidas como Ilhas Ocidentais, situadas no noroeste da Escócia.
O fenômeno se formou depois da chegada de uma forte frente fria, com ventos de mais de 80 quilômetros por hora, no dia 4 de fevereiro de 2013.
É, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), um novo recorde para uma onda oceânica - o comitê de especialistas da OMM - que é um organismo das Nações Unidas - ratificou o novo recorde somente agora, quase quatro anos após o evento.
A marca anterior era de uma onda de 18,275 metros de altura registrada em dezembro de 2007, também no Atlântico Norte.
"É a primeira vez que se mede uma onda de 19 metros. Trata-se de um recorde notável," disse o subsecretário-geral da OMM, Zhang Wenjian
 Super-onda  A onda mais alta da história foi registrada por uma boia no Atlântico Norte.  Com 19 metros de altura, ela surgiu entre a Islândia e o Reino Unido, na costa das Ilhas Hébridas Exteriores, também conhecidas como Ilhas Ocidentais, situadas no noroeste da Escócia.  O fenômeno se formou depois da chegada de uma forte frente fria, com ventos de mais de 80 quilômetros por hora, no dia 4 de fevereiro de 2013.  É, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), um novo recorde para uma onda oceânica - o comitê de especialistas da OMM - que é um organismo das Nações Unidas - ratificou o novo recorde somente agora, quase quatro anos após o evento.  A marca anterior era de uma onda de 18,275 metros de altura registrada em dezembro de 2007, também no Atlântico Norte.  "É a primeira vez que se mede uma onda de 19 metros. Trata-se de um recorde notável," disse o subsecretário-geral da OMM, Zhang Wenjian    Maior onda do mundo  Muito provavelmente, porém, esta não é a maior onda do mundo. Em 2002, um navio avistou uma onda de 29 metros no mesmo oceano, mas não houve medições ratificadas pela organização.  A altura de uma onda é medida da sua crista até a crista da que a sucede.  A boia que fez o registro é parte da rede de Estações Meteorológicas Marinhas Automáticas, do Escritório de Meteorologia do Reino Unido. Esse tipo de equipamento complementa as medições feitas por navios e satélites que monitoram as previsões meteorológicas em alto-mar.  Ondas gigantes  As ondas gigantes frequentemente ocorrem no Atlântico Norte, cujas águas se estendem da costa do Canadá ao sul da Islândia e ao oeste do Reino Unido.  De acordo com a OMM, no inverno a circulação dos ventos e os sistemas de baixa pressão atmosférica causam tempestades ou ciclones extratropicais.  O fenômeno contribui para o equilíbrio térmico das regiões equatoriais e das regiões polares.    Fonte: BBC

Maior onda do mundo
Muito provavelmente, porém, esta não é a maior onda do mundo. Em 2002, um navio avistou uma onda de 29 metros no mesmo oceano, mas não houve medições ratificadas pela organização.
A altura de uma onda é medida da sua crista até a crista da que a sucede.
A boia que fez o registro é parte da rede de Estações Meteorológicas Marinhas Automáticas, do Escritório de Meteorologia do Reino Unido. Esse tipo de equipamento complementa as medições feitas por navios e satélites que monitoram as previsões meteorológicas em alto-mar.
Ondas gigantes
As ondas gigantes frequentemente ocorrem no Atlântico Norte, cujas águas se estendem da costa do Canadá ao sul da Islândia e ao oeste do Reino Unido.
De acordo com a OMM, no inverno a circulação dos ventos e os sistemas de baixa pressão atmosférica causam tempestades ou ciclones extratropicais.
O fenômeno contribui para o equilíbrio térmico das regiões equatoriais e das regiões polares.

Fonte: BBC

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