terça-feira, 30 de maio de 2017

Maior parte da antimatéria da Via Láctea pode vir de colisões explosivas entre estrelas anãs brancas.

Maior parte da antimatéria da Via Láctea pode vir de colisões explosivas entre estrelas anãs brancas.   NASA/Tod Strohmayer (GSFC)/Dana Berry (Chandra X-Ray Observatory)  A maior parte da antimatéria que permeia a Via Láctea pode ter se originado dos restos de estrelas mortas, segundo descobertas de novo estudo.  Esse trabalho pode solucionar um mistério de 40 anos da astrofísica, dizem os autores do estudo.  Para cada partícula de matéria normal, há uma de antimatéria com carga elétrica oposta, mas com a mesma massa. A antipartícula do elétron carregado negativamente, por exemplo, é o pósitron, de carga positiva.  Quando uma partícula encontra sua antipartícula, elas se destroem, produzindo uma explosão de energia. Um grama de antimatéria aniquilando um grama de matéria liberaria cerca do dobro de quantidade de energia da bomba nuclear lançada em Hiroshima, no Japão.  Há mais de 40 anos, cientistas notaram pela primeira vez que o tipo de raios-gama que é liberado quando ocorre a aniquilação de pósitrons estava sendo emitido por toda a galáxia. Suas descobertas sugeriram que 10^43 (1 seguido de 43 zeros) pósitrons estavam sendo aniquilados a cada segundo na Via Láctea. Estranhamente, a maioria desses pósitrons era detectada no bojo central da galáxia ao invés de em seu disco externo, mesmo que o bojo abrigue menos da metade da massa da Via Láctea.  Esses pósitrons podem ter sido emitidos por material radioativo sintetizado por estrelas. Entretanto, por décadas, pesquisadores têm sido incapazes de apontar um tipo de estrela que pudesse gerar uma quantidade de antimatéria tão grande como essa. Isso levou a hipóteses de que muitos pósitrons se originaram a partir de fontes exóticas, como um buraco negro supermassivo que acredita-se existir no centro da galáxia, ou de partículas de matéria escura destruindo umas às outras.  “A origem desses pósitrons é um mistério de 40 anos da astrofísica”, disse Roland Crocker, principal autor do novo trabalho e astrofísico de partículas na Universidade Nacional Australiana em Canberra. O novo estudo sugere que um tipo de supernova - uma explosão colossal de uma estrela - poderia gerar a vasta quantidade de pósitrons que as pesquisas anteriores observaram, e explicar os locais da galáxia nos quais eles foram detectados.  “Não é preciso nada exótico como matéria escura para explicar os pósitrons”, disse Crocker à Space.com.  Os cientistas focaram em um tipo de supernova conhecido como SN 1991bg, detectado em outras galáxias. Diferente da maioria das supernovas, que podem ofuscar brevemente todas as outras estrelas em sua galáxia, esse tipo não produz muita luz visível e é bastante rara, motivo pelo qual conseguiu evitar ser detectada na Via Láctea, segundo Crocker.  Pesquisas anteriores sugeriram que essas supernovas escuras ocorrem quando duas anãs brancas se fundem. Anãs brancas são núcleos, muito densos e do tamanho da Terra, de estrela mortas deixados para trás quando as estrelas esgotaram seu combustível e perderam suas camadas externas. A maioria das estrelas, incluindo o Sol, se tornará anãs brancas um dia.  Especificamente, acredita-se que essas supernovas fracas ocorrem quando duas anãs brancas - uma rica em carbono e oxigênio e a outra, em hélio - de pouca massa colidem. Embora essas supernovas sejam mais raras que as comuns, elas geram quantidades muito maiores de isótopos radioativos conhecidos como titânio-44, os quais liberam os tipos de pósitrons que astrônomos detectaram atravessando a Via Láctea.  O novo estudo sugere que essas supernovas poderiam ser suficientes para criar todos os inexplicáveis pósitrons, solucionando, assim, o mistério.  Considerando que a maioria das supernovas ocorre quando estrelas jovens e massivas morrem, as supernovas do tipo SN 1991bg são encontradas em vizinhanças mais ricas em estrelas mais antigas, de três a seis bilhões de anos. Essa diferença de idade poderia explicar por que os pósitrons detectados anteriormente foram majoritariamente vistos no bojo central da Via Láctea, que possui uma proporção muito maior de estrelas antigas em comparação ao disco externo da galáxia.  Outras fontes podem contribuir com alguns dos pósitrons detectados por pesquisas prévias, disse Crocker. Ainda assim, “eles não são necessários, dado que a supernova do tipo SN 1991bg pode, basicamente, explicar toda a fenomenologia dos pósitrons”, segundo ele. “Dados mais recentes mostram que há uma fonte de pósitrons conectada ao centro da galáxia”, acrescentou Crocker. “No nosso modelo, isso é atribuído a velhas estrelas distribuídas em escalas de cerca de 200-parsec (650 anos-luz) em torno do buraco negro supermassivo da galáxia, mas o buraco negro em si já é uma fonte alternativa interessante."  Os cientistas detalharam online suas descobertas no dia 22 de maio na revista científica Nature Astronomy.  Fontes: https://goo.gl/rA0ztC  https://goo.gl/SOfKi2
NASA/Tod Strohmayer (GSFC)/Dana Berry (Chandra X-Ray Observatory)

A maior parte da antimatéria que permeia a Via Láctea pode ter se originado dos restos de estrelas mortas, segundo descobertas de novo estudo.

Esse trabalho pode solucionar um mistério de 40 anos da astrofísica, dizem os autores do estudo.

Para cada partícula de matéria normal, há uma de antimatéria com carga elétrica oposta, mas com a mesma massa. A antipartícula do elétron carregado negativamente, por exemplo, é o pósitron, de carga positiva.

Quando uma partícula encontra sua antipartícula, elas se destroem, produzindo uma explosão de energia. Um grama de antimatéria aniquilando um grama de matéria liberaria cerca do dobro de quantidade de energia da bomba nuclear lançada em Hiroshima, no Japão.

Há mais de 40 anos, cientistas notaram pela primeira vez que o tipo de raios-gama que é liberado quando ocorre a aniquilação de pósitrons estava sendo emitido por toda a galáxia. Suas descobertas sugeriram que 10^43 (1 seguido de 43 zeros) pósitrons estavam sendo aniquilados a cada segundo na Via Láctea. Estranhamente, a maioria desses pósitrons era detectada no bojo central da galáxia ao invés de em seu disco externo, mesmo que o bojo abrigue menos da metade da massa da Via Láctea.

Esses pósitrons podem ter sido emitidos por material radioativo sintetizado por estrelas. Entretanto, por décadas, pesquisadores têm sido incapazes de apontar um tipo de estrela que pudesse gerar uma quantidade de antimatéria tão grande como essa. Isso levou a hipóteses de que muitos pósitrons se originaram a partir de fontes exóticas, como um buraco negro supermassivo que acredita-se existir no centro da galáxia, ou de partículas de matéria escura destruindo umas às outras.

“A origem desses pósitrons é um mistério de 40 anos da astrofísica”, disse Roland Crocker, principal autor do novo trabalho e astrofísico de partículas na Universidade Nacional Australiana em Canberra. O novo estudo sugere que um tipo de supernova - uma explosão colossal de uma estrela - poderia gerar a vasta quantidade de pósitrons que as pesquisas anteriores observaram, e explicar os locais da galáxia nos quais eles foram detectados.

“Não é preciso nada exótico como matéria escura para explicar os pósitrons”, disse Crocker à Space.com.

Os cientistas focaram em um tipo de supernova conhecido como SN 1991bg, detectado em outras galáxias. Diferente da maioria das supernovas, que podem ofuscar brevemente todas as outras estrelas em sua galáxia, esse tipo não produz muita luz visível e é bastante rara, motivo pelo qual conseguiu evitar ser detectada na Via Láctea, segundo Crocker.

Pesquisas anteriores sugeriram que essas supernovas escuras ocorrem quando duas anãs brancas se fundem. Anãs brancas são núcleos, muito densos e do tamanho da Terra, de estrela mortas deixados para trás quando as estrelas esgotaram seu combustível e perderam suas camadas externas. A maioria das estrelas, incluindo o Sol, se tornará anãs brancas um dia.

Especificamente, acredita-se que essas supernovas fracas ocorrem quando duas anãs brancas - uma rica em carbono e oxigênio e a outra, em hélio - de pouca massa colidem. Embora essas supernovas sejam mais raras que as comuns, elas geram quantidades muito maiores de isótopos radioativos conhecidos como titânio-44, os quais liberam os tipos de pósitrons que astrônomos detectaram atravessando a Via Láctea.

O novo estudo sugere que essas supernovas poderiam ser suficientes para criar todos os inexplicáveis pósitrons, solucionando, assim, o mistério.

Considerando que a maioria das supernovas ocorre quando estrelas jovens e massivas morrem, as supernovas do tipo SN 1991bg são encontradas em vizinhanças mais ricas em estrelas mais antigas, de três a seis bilhões de anos. Essa diferença de idade poderia explicar por que os pósitrons detectados anteriormente foram majoritariamente vistos no bojo central da Via Láctea, que possui uma proporção muito maior de estrelas antigas em comparação ao disco externo da galáxia.

Outras fontes podem contribuir com alguns dos pósitrons detectados por pesquisas prévias, disse Crocker. Ainda assim, “eles não são necessários, dado que a supernova do tipo SN 1991bg pode, basicamente, explicar toda a fenomenologia dos pósitrons”, segundo ele. “Dados mais recentes mostram que há uma fonte de pósitrons conectada ao centro da galáxia”, acrescentou Crocker. “No nosso modelo, isso é atribuído a velhas estrelas distribuídas em escalas de cerca de 200-parsec (650 anos-luz) em torno do buraco negro supermassivo da galáxia, mas o buraco negro em si já é uma fonte alternativa interessante."

Os cientistas detalharam online suas descobertas no dia 22 de maio na revista científica Nature Astronomy.

Fontes: https://goo.gl/rA0ztC

https://goo.gl/SOfKi2

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Albert Einstein, Destaca-se em: Física

Origem: Alemanha, Estados Unidos (14-03-1879 - 18-04-1955)
Origem: Alemanha, Estados Unidos (14-03-1879 - 18-04-1955)   Albert Einstein era um físico alemão, que desenvolveu a teoria da relatividade. Ele é considerado o físico mais influente do século XX. Nascido em Ulm, Württemberg, Alemanha, em 1879, Albert Einstein desenvolveu as teorias da relatividade. Em 1921, ele ganhou o Prêmio Nobel de Física por sua explicação do efeito fotoelétrico. Einstein é considerado o físico mais influente do século XX. Ele morreu em 18 de abril de 1955, em Princeton, Nova Jersey.   Infância e juventude Nascido em 14 de março de 1879 em Ulm, Württemberg, Alemanha, Albert Einstein cresceu em um uma família judaica de classe média. Seu pai, Hermann Einstein, foi um vendedor e engenheiro que, junto com seu irmão, fundou a Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie, uma empresa que fabricava equipamentos elétricos em Munique. Sua mãe, Pauline Kock, cuidava da casa da família. Einsten teve uma irmã, Maja, dois anos mais nova. Einstein frequentou a escola fundamental no Luitpold Gymnasium, Munique. Ele gostava de música clássica, mas se sentia sufocado com a rígida educação prussiana. Ele também tinha um problema de fala, e precisava falar devagar e com pausas. Einstein dizia que dois acontecimentos marcaram sua infância: conhecer um compasso, aos 5 anos, e um livro de geometria, aos 12.   Movimento relativo Em 1889, a família Einstein convidou o estudante de medicina Max Talmud para fazer uma refeição em sua casa. Talmud se tornou um tutor informal para o jovem Albert. Em um dos livros que compartilhou com Einstein, o autor se imaginava andando ao lado da eletricidade contida em um fio telegráfico. O menino então começou a pensar como um raio de luz se pareceria se você pudesse correr ao lado dele na mesma velocidade. Se a luz fosse uma onda, então o raio de luz se pareceria estacionário, como uma onda congelada, mesmo que, na realidade, o raio estivesse se mexendo. Esse paradoxo o fez escrever seu primeiro “artigo científico”, aos 16 anos: "The Investigation of the State of Aether in Magnetic Fields" (“A Investigação do Estado do Éter em Campos Magnéticos”). Essa questão do movimento relativo iria permear seus pensamentos nos próximos dez anos. Em 1894, a empresa de seu pai não conseguiu um contrato importante para eletrificar a cidade de Munique e foi forçado a se mudar para Milão, Itália. Albert foi deixado na casa de um parente para terminar os estudos. Ele, entretanto, cansado do rigor da escola, usou um atestado médico alegando exaustão nervosa e foi para Milão com os pais. Para terminar o ensino médio, ele entrou em uma escola especial, gerenciada por Jost Winteler, em Arau, Suíça. Ele ficou muito amigo da família Winteler e se apaixonou por Marie, a filha de Jost.   Casamento e família  Einstein relembrava os tempos em Zurique como os melhores anos de sua vida. Lá, ele conheceu muitos amigos e também sua futura esposa, Mileva Maric, uma estudante de Física da Sérvia. Einsten entrou no Instituto Politécnico da Suíça e se graduou. Após isso, enfrentou muitas crises. Como ele gostava de estudar por conta própria, ele faltava aulas e ganhou a inimizade de muitos professores. Um deles era Heinrich Weber, que escreveu uma carta dizendo que Einstein não deveria ser aceito em nenhuma posição acadêmica. Além disso, seus pais se opunham ao relacionamento com Maric, por conta de sua origem e religião ortodoxa. Einstein e Maric continuaram juntos e até tiveram uma filha em 1902, que, ou faleceu de alguma doença ou foi dada para a adoção – os fatos são desconhecidos. Desesperado e desempregado, Einstein aceitou empregos de tutor para crianças, mas não prosseguiu. Em 1902, entretanto, o pai de seu amigo de longa data Marcel Grossman o recomendou para um cargo de atendente no escritório de patentes da Suíça, em Bern. Nessa época, o pai de Einstein fica muito doente e, antes de morrer, dá sua bênção para o casamento com Maric. Einstein então se casa em 1903 e, em 1904, tem um filho, Hans Albert. Eduard, o segundo filho, nasceu em 1910.   O ano do milagre No escritório, Albert Einstein avaliava patentes para dispositivos eletromagnéticos. Ele dominou o trabalho rapidamente, e lhe sobrava tempo para refletir sobre a transmissão de sinais elétricos e a sincronização eletromecânica. Na escola politécnica, ele estudou as teorias eletromagnéticas do físico escocês James Maxwell, que descreviam a natureza da luz, e descobriu um fato que nem Maxwell sabia: que a velocidade da luz era constante. Porém, isso violava as leis do movimento de Isaac Newton. Isso levou Einstein a formular o princípio da relatividade. O ano de 1905 é considerado o “ano do milagre” para Einstein. Ele entrou no doutorado e teve quatro artigos publicado no Annalen der Physik, uma das melhores publicações de Física. Os artigos alterariam o curso da Física moderna e voltariam as atenções do mundo acadêmico para Einstein. No seu artigo sobre matéria e energia, Einstein deduziu a famosa equação E=mc². No início, os artigos de Einstein foram ignorados pela comunidade acadêmica, mas isso mudou quando eles receberam a atenção de Max Planck, talvez o físico mais renomado da época. Com sua confirmação das teorias, Einstein viu sua carreira emergir, e começou a realizar palestras internacionais e a ser convidado a assumir várias posições no meio acadêmico. Na Universidade de Berlim, ele foi diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Física, de 1913 a 1933. Com a fama, o casamento de Einstein ruiu e ele começou um caso com uma prima, Elsa Löwenthal, com a qual se casou mais tarde, após divorciar-se de Mileva em 1919. A condição de Mileva foi que ela recebesse o dinheiro caso um dia Einstein recebesse um Nobel.   Teoria da Relatividade Em novembro de 1915, Einstein completou a teoria geral da relatividade, que ele considerou sua obra-prima. Em 1921, recebeu o Prêmio Nobel de Física por sua explicação sobre o efeito fotoelétrico. Na década de 20, Einstein lançou a nova ciência da cosmologia. Suas equações diziam que o universo era dinâmico, ora expandindo, ora contraindo, contradizendo teorias prévias de que o universo era estático, que ele mesmo endossava. Em 1929, o astrônomo Edwin Hubble descobriu que realmente o universo estava expandindo, confirmando o trabalho de Einstein. Enquanto Einstein rodava o mundo para falar sobre suas novas teorias, os nazistas estavam conquistando o poder, sob a liderança de Adolph Hitler. Em 1931, os nazistas denunciaram Einstein e outros teóricos sob a alegação de praticarem “Física judaica”. Einstein também soube que ele era alvo dos nazistas para ser assassinado.   Mudança para os Estados Unidos Em 1932, Einstein decidiu deixar a Alemanha para sempre. Ele obteve uma posição no Institute for Advanced Study (Instituto para Estudo Avançado), em Princeton, Nova Jersey, que se tornou uma Meca para físicos ao redor do mundo. Lá, ele passaria o resto de sua carreira tentando desenvolver uma teoria do campo unificado – que unifica as forças do universo e leis da Física – e refutar a interpretação aceita da Física quântica. No verão de 1939, Einstein foi persuadido a escrever uma carta para o presidente Franklin D. Roosevelt para alertá-lo da possibilidade de uma bomba nazista. Acredita-se que a carta é o fator-chave que motivou os Estados Unidos a investigar sobre armas nucleares. Roosevelt encontrou-se com Einstein e logo após os Estados Unidos iniciaram o Projeto Manhattan. Albert Einstein se tornou cidadão norte-americano em  1940. O Projeto Manhattan foi levado adiante, mas Einstein nunca foi convidado para fazer parte dele. Isso se deu provavelmente porque o governo não confiava em Einstein, por conta de sua associação com organizações de paz e socialistas. Em agosto de 1945, Einstein estava de férias e soube que uma bomba atômica havia sido detonada em Hiroshima, no Japão. Ele se envolveu em um esforço internacional para conter a bomba e, em 1946, formou o Comitê de Emergência de Cientistas Atômicos. No ano seguinte, escreveu um artigo dizendo que os EUA não deveriam monopolizar a bomba atômica. Ele também se tornou um membro da National Association for the Advancement of Colored People (Associação Nacional para o Avanço de Pessoas de Cor), em prol dos afroamericanos. Após a guerra, Einstein continuou a trabalhar em vários aspectos da teoria geral da relatividade, como buracos de minhoca, a possibilidade de viajar no tempo, buracos negros, a criação do universo, etc. No entanto, ele ficou muito isolado do resto da comunidade de físicos, por conta de seus estudos obsessivos.  Na última década de sua vida, ele renunciou à vida pública.   Cérebro removido Em abril de 1955, enquanto se preparava para um discurso em comemoração ao aniversário de Israel, Einstein sofreu um aneurisma abdominal e hemorragia interna. Ele foi internado, mas recusou a cirurgia, alegando que já tinha vivido tudo que podia viver. Ele morreu na manhã seguinte, em 18 de abril de 1955, aos 76 anos.  Durante a autópsia, Thomas Stoltz Harvey removeu o cérebro de Einstein sem a permissão da família, para preservação e estudo futuro. Ele está agora localizado no Princeton University Medical Center.   [Domínio público], via Wikimedia Commons

Albert Einstein era um físico alemão, que desenvolveu a teoria da relatividade. Ele é considerado o físico mais influente do século XX.
Nascido em Ulm, Württemberg, Alemanha, em 1879, Albert Einstein desenvolveu as teorias da relatividade. Em 1921, ele ganhou o Prêmio Nobel de Física por sua explicação do efeito fotoelétrico. Einstein é considerado o físico mais influente do século XX. Ele morreu em 18 de abril de 1955, em Princeton, Nova Jersey.

Infância e juventude

Nascido em 14 de março de 1879 em Ulm, Württemberg, Alemanha, Albert Einstein cresceu em um uma família judaica de classe média. Seu pai, Hermann Einstein, foi um vendedor e engenheiro que, junto com seu irmão, fundou a Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie, uma empresa que fabricava equipamentos elétricos em Munique. Sua mãe, Pauline Kock, cuidava da casa da família. Einsten teve uma irmã, Maja, dois anos mais nova.
Einstein frequentou a escola fundamental no Luitpold Gymnasium, Munique. Ele gostava de música clássica, mas se sentia sufocado com a rígida educação prussiana. Ele também tinha um problema de fala, e precisava falar devagar e com pausas. Einstein dizia que dois acontecimentos marcaram sua infância: conhecer um compasso, aos 5 anos, e um livro de geometria, aos 12.

Movimento relativo

Em 1889, a família Einstein convidou o estudante de medicina Max Talmud para fazer uma refeição em sua casa. Talmud se tornou um tutor informal para o jovem Albert. Em um dos livros que compartilhou com Einstein, o autor se imaginava andando ao lado da eletricidade contida em um fio telegráfico. O menino então começou a pensar como um raio de luz se pareceria se você pudesse correr ao lado dele na mesma velocidade. Se a luz fosse uma onda, então o raio de luz se pareceria estacionário, como uma onda congelada, mesmo que, na realidade, o raio estivesse se mexendo. Esse paradoxo o fez escrever seu primeiro “artigo científico”, aos 16 anos: "The Investigation of the State of Aether in Magnetic Fields" (“A Investigação do Estado do Éter em Campos Magnéticos”). Essa questão do movimento relativo iria permear seus pensamentos nos próximos dez anos.
Em 1894, a empresa de seu pai não conseguiu um contrato importante para eletrificar a cidade de Munique e foi forçado a se mudar para Milão, Itália. Albert foi deixado na casa de um parente para terminar os estudos. Ele, entretanto, cansado do rigor da escola, usou um atestado médico alegando exaustão nervosa e foi para Milão com os pais.
Para terminar o ensino médio, ele entrou em uma escola especial, gerenciada por Jost Winteler, em Arau, Suíça. Ele ficou muito amigo da família Winteler e se apaixonou por Marie, a filha de Jost.

Casamento e família


Einstein relembrava os tempos em Zurique como os melhores anos de sua vida. Lá, ele conheceu muitos amigos e também sua futura esposa, Mileva Maric, uma estudante de Física da Sérvia.

Einsten entrou no Instituto Politécnico da Suíça e se graduou. Após isso, enfrentou muitas crises. Como ele gostava de estudar por conta própria, ele faltava aulas e ganhou a inimizade de muitos professores. Um deles era Heinrich Weber, que escreveu uma carta dizendo que Einstein não deveria ser aceito em nenhuma posição acadêmica. Além disso, seus pais se opunham ao relacionamento com Maric, por conta de sua origem e religião ortodoxa. Einstein e Maric continuaram juntos e até tiveram uma filha em 1902, que, ou faleceu de alguma doença ou foi dada para a adoção – os fatos são desconhecidos.
Desesperado e desempregado, Einstein aceitou empregos de tutor para crianças, mas não prosseguiu. Em 1902, entretanto, o pai de seu amigo de longa data Marcel Grossman o recomendou para um cargo de atendente no escritório de patentes da Suíça, em Bern. Nessa época, o pai de Einstein fica muito doente e, antes de morrer, dá sua bênção para o casamento com Maric. Einstein então se casa em 1903 e, em 1904, tem um filho, Hans Albert. Eduard, o segundo filho, nasceu em 1910.

O ano do milagre

No escritório, Albert Einstein avaliava patentes para dispositivos eletromagnéticos. Ele dominou o trabalho rapidamente, e lhe sobrava tempo para refletir sobre a transmissão de sinais elétricos e a sincronização eletromecânica. Na escola politécnica, ele estudou as teorias eletromagnéticas do físico escocês James Maxwell, que descreviam a natureza da luz, e descobriu um fato que nem Maxwell sabia: que a velocidade da luz era constante. Porém, isso violava as leis do movimento de Isaac Newton. Isso levou Einstein a formular o princípio da relatividade.
O ano de 1905 é considerado o “ano do milagre” para Einstein. Ele entrou no doutorado e teve quatro artigos publicado no Annalen der Physik, uma das melhores publicações de Física. Os artigos alterariam o curso da Física moderna e voltariam as atenções do mundo acadêmico para Einstein. No seu artigo sobre matéria e energia, Einstein deduziu a famosa equação E=mc².
No início, os artigos de Einstein foram ignorados pela comunidade acadêmica, mas isso mudou quando eles receberam a atenção de Max Planck, talvez o físico mais renomado da época. Com sua confirmação das teorias, Einstein viu sua carreira emergir, e começou a realizar palestras internacionais e a ser convidado a assumir várias posições no meio acadêmico. Na Universidade de Berlim, ele foi diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Física, de 1913 a 1933.
Com a fama, o casamento de Einstein ruiu e ele começou um caso com uma prima, Elsa Löwenthal, com a qual se casou mais tarde, após divorciar-se de Mileva em 1919. A condição de Mileva foi que ela recebesse o dinheiro caso um dia Einstein recebesse um Nobel.

Teoria da Relatividade

Em novembro de 1915, Einstein completou a teoria geral da relatividade, que ele considerou sua obra-prima. Em 1921, recebeu o Prêmio Nobel de Física por sua explicação sobre o efeito fotoelétrico.
Na década de 20, Einstein lançou a nova ciência da cosmologia. Suas equações diziam que o universo era dinâmico, ora expandindo, ora contraindo, contradizendo teorias prévias de que o universo era estático, que ele mesmo endossava. Em 1929, o astrônomo Edwin Hubble descobriu que realmente o universo estava expandindo, confirmando o trabalho de Einstein.
Enquanto Einstein rodava o mundo para falar sobre suas novas teorias, os nazistas estavam conquistando o poder, sob a liderança de Adolph Hitler. Em 1931, os nazistas denunciaram Einstein e outros teóricos sob a alegação de praticarem “Física judaica”. Einstein também soube que ele era alvo dos nazistas para ser assassinado.

Mudança para os Estados Unidos

Em 1932, Einstein decidiu deixar a Alemanha para sempre. Ele obteve uma posição no Institute for Advanced Study (Instituto para Estudo Avançado), em Princeton, Nova Jersey, que se tornou uma Meca para físicos ao redor do mundo. Lá, ele passaria o resto de sua carreira tentando desenvolver uma teoria do campo unificado – que unifica as forças do universo e leis da Física – e refutar a interpretação aceita da Física quântica.
No verão de 1939, Einstein foi persuadido a escrever uma carta para o presidente Franklin D. Roosevelt para alertá-lo da possibilidade de uma bomba nazista. Acredita-se que a carta é o fator-chave que motivou os Estados Unidos a investigar sobre armas nucleares. Roosevelt encontrou-se com Einstein e logo após os Estados Unidos iniciaram o Projeto Manhattan.
Albert Einstein se tornou cidadão norte-americano em  1940. O Projeto Manhattan foi levado adiante, mas Einstein nunca foi convidado para fazer parte dele. Isso se deu provavelmente porque o governo não confiava em Einstein, por conta de sua associação com organizações de paz e socialistas.
Em agosto de 1945, Einstein estava de férias e soube que uma bomba atômica havia sido detonada em Hiroshima, no Japão. Ele se envolveu em um esforço internacional para conter a bomba e, em 1946, formou o Comitê de Emergência de Cientistas Atômicos. No ano seguinte, escreveu um artigo dizendo que os EUA não deveriam monopolizar a bomba atômica. Ele também se tornou um membro da National Association for the Advancement of Colored People (Associação Nacional para o Avanço de Pessoas de Cor), em prol dos afroamericanos.
Após a guerra, Einstein continuou a trabalhar em vários aspectos da teoria geral da relatividade, como buracos de minhoca, a possibilidade de viajar no tempo, buracos negros, a criação do universo, etc. No entanto, ele ficou muito isolado do resto da comunidade de físicos, por conta de seus estudos obsessivos.  Na última década de sua vida, ele renunciou à vida pública.

Cérebro removido

Em abril de 1955, enquanto se preparava para um discurso em comemoração ao aniversário de Israel, Einstein sofreu um aneurisma abdominal e hemorragia interna. Ele foi internado, mas recusou a cirurgia, alegando que já tinha vivido tudo que podia viver. Ele morreu na manhã seguinte, em 18 de abril de 1955, aos 76 anos. 

Durante a autópsia, Thomas Stoltz Harvey removeu o cérebro de Einstein sem a permissão da família, para preservação e estudo futuro. Ele está agora localizado no Princeton University Medical Center.

 [Domínio público], via Wikimedia Commons

Nicolau Copérnico, Destaca-se em: Astronomia e matemática.

Origem: Polônia (19-02-1473 - 24-05-1543)
Origem: Polônia (19-02-1473 - 24-05-1543)   Nasceu em 19 de fevereiro de 1473, em Torun, Polônia. Em 1508, Copérnico desenvolveu seu modelo de um sistema planetário heliocêntrico. Em 1514, ele compartilhou suas descobertas no livro “Commentariolus”. Seu Segundo livro, “De revolutionibus orbium coelestium”, foi banido da Igreja Católica não muito tempo após sua morte, em 24 de maio de 1543, em Frauenburg, Polônia.  O famoso astrônomo Nicolau Copérnico chegou ao mundo em 19 de fevereiro de 1473. O filho mais novo de Nicolau Copérnico Sr. e Barbara Watzenrode, uma influente família mercante de Torun, na Polônia, tecnicamente nasceu alemão – na época em que nasceu, Torun foi cedida à Polônia. Quando Copérnico tinha 10 anos, seu pai faleceu e seu tio, o bispo de Varmia, Lucas Watzenrode, assumiu o papel de pai para possibilitar a Copérnico a melhor educação possível.   Interesse pelo cosmos Em 1491, Copérnico ingressou na Universidade da Cracóvia, onde estudou pintura e matemática. Apesar de não ter aulas de astronomia, ele desenvolveu um crescente interesse pelo cosmos e começou a colecionar livros sobre o assunto.  Após a formatura, em 1494, Copérnico voltou para Torun, onde seu tio o arranjou um cargo na catedral de Frombork. Apesar de o cargo ser disponibilizado somente para padres, Copérnico o manteve para o resto da vida, o que possibilitou que ele tivesse capital suficiente para realizar seus estudos no seu tempo livre.   Viagem à Itália Em 1496, Copérnico viajou para a Itália para se matricular em um programa de leis religiosas na Universidade de Bologna. Lá, ele conheceu o astrônomo Domenico Maria Novara, com quem discutia suas teorias e com quem dividiu uma moradia.  Em 1500, após completar os estudos na Bologna, ele foi para a Universidade de Padua estudar medicina. Ele, no entanto, não chegou a se formar, porque precisou voltar a seu cargo na igreja. Em 1503, frequentou a Universidade de Ferrara, onde se preparou para realizar o exame sobre leis canônicas. Após passar no teste, ele foi morar com o tio em uma residência episcopal, trabalhando e auxiliando seu tio idoso, e também continuando seus estudos em astronomia.  Em 1510, ele se mudou para uma residência na Catedral de Frombork, na esperança de ter mais tempo para estudar astronomia. Ele viveria no local pelo resto da vida, executando seu cargo religioso.   Heliocentrismo Em 1508, Copérnico começou a desenvolver seu próprio modelo celestial, um sistema planetário heliocêntrico. Ptolomeu havia inventado um modelo planetário geométrico, que era inconsistente com a ideia de Aristóteles de que os corpos celestiais se moviam de forma circular em diferentes velocidades em torno de um ponto fixo, a Terra. O sistema de Copérnico nomeou o Sol, e não a Terra como esse ponto fixo, e o tamanho das órbitas de cada planeta dependeria da sua distância do Sol.  A SABEDORIA DA NATUREZA É TAL QUE NÃO PRODUZ NADA DE SUPÉRFLUO OU INÚTIL.  NICOLAU COPÉRNICO Após se mudar para a Catedral de Frombork, Copérnico desenvolveu seu modelo e um complexo sistema matemático para provar sua teoria. Em 1513, sua dedicação o fez conquistar o seu próprio observatório, de onde ele podia ver os planetas em ação. Algumas de suas conclusões, no entanto, eram imprecisas, como a teoria de que a órbita dos planetas era um perfeito círculo, o que foi provado por Kepler, no século XVII, ser de forma elíptica. Em 1514, Copérnico completou o livro “Commentariolus”, com hipóteses sobre o sistema planetário heliocêntrico e provas matemáticas. Junto com seu outro livro, “De revolutionibus orbium coelestium”, Copérnico criou uma série de controvérsias. Seus críticos diziam que ele não havia conseguido resolver o mistério do parallax – o deslocamento de um corpo celestial sob diferentes campos de visão – e que faltava uma explicação plausível sobre o porquê de a Terra orbitar o Sol.  Heresia Além disso suas teorias não agradaram a Igreja Católica Romana, que considerou seu modelo herege por ser contrário aos ensinamentos cristãos. Quando “De revolutionibus orbium coelestium” foi lançado, em 1543, pouco antes da morte de Copérnico, o líder religioso Martin Luther afirmou sua oposição ao sistema planetário heliocêntrico. Na época, Copérnico estava doente e impossibilitado de defender seu trabalho. Ironicamente, ele havia dedicado o livro ao Papa Paulo III. O livro permaneceu por quase 3 séculos na lista proibida pela igreja.  Copérnico faleceu em 24 de maio de 1543, após um derrame, em Frauenburg, Polônia. No século XVII, quando o livro “De revolutionibus orbium coelestium” foi liberado, Kepler trabalhou na expansão e correção da teoria heliocêntrica de Copérnico, que ficou na história como um bravo cientista, defendendo suas teorias contra as crenças comuns da época.  Imagem: Town Hall em Thorn/Toruń-1580 [Domínio público],via Wikimedia Commons

Nasceu em 19 de fevereiro de 1473, em Torun, Polônia. Em 1508, Copérnico desenvolveu seu modelo de um sistema planetário heliocêntrico. Em 1514, ele compartilhou suas descobertas no livro “Commentariolus”. Seu Segundo livro, “De revolutionibus orbium coelestium”, foi banido da Igreja Católica não muito tempo após sua morte, em 24 de maio de 1543, em Frauenburg, Polônia.

O famoso astrônomo Nicolau Copérnico chegou ao mundo em 19 de fevereiro de 1473. O filho mais novo de Nicolau Copérnico Sr. e Barbara Watzenrode, uma influente família mercante de Torun, na Polônia, tecnicamente nasceu alemão – na época em que nasceu, Torun foi cedida à Polônia. Quando Copérnico tinha 10 anos, seu pai faleceu e seu tio, o bispo de Varmia, Lucas Watzenrode, assumiu o papel de pai para possibilitar a Copérnico a melhor educação possível.

Interesse pelo cosmos

Em 1491, Copérnico ingressou na Universidade da Cracóvia, onde estudou pintura e matemática. Apesar de não ter aulas de astronomia, ele desenvolveu um crescente interesse pelo cosmos e começou a colecionar livros sobre o assunto.

Após a formatura, em 1494, Copérnico voltou para Torun, onde seu tio o arranjou um cargo na catedral de Frombork. Apesar de o cargo ser disponibilizado somente para padres, Copérnico o manteve para o resto da vida, o que possibilitou que ele tivesse capital suficiente para realizar seus estudos no seu tempo livre.

 

Viagem à Itália

Em 1496, Copérnico viajou para a Itália para se matricular em um programa de leis religiosas na Universidade de Bologna. Lá, ele conheceu o astrônomo Domenico Maria Novara, com quem discutia suas teorias e com quem dividiu uma moradia.

Em 1500, após completar os estudos na Bologna, ele foi para a Universidade de Padua estudar medicina. Ele, no entanto, não chegou a se formar, porque precisou voltar a seu cargo na igreja. Em 1503, frequentou a Universidade de Ferrara, onde se preparou para realizar o exame sobre leis canônicas. Após passar no teste, ele foi morar com o tio em uma residência episcopal, trabalhando e auxiliando seu tio idoso, e também continuando seus estudos em astronomia.

Em 1510, ele se mudou para uma residência na Catedral de Frombork, na esperança de ter mais tempo para estudar astronomia. Ele viveria no local pelo resto da vida, executando seu cargo religioso.

Heliocentrismo

Em 1508, Copérnico começou a desenvolver seu próprio modelo celestial, um sistema planetário heliocêntrico. Ptolomeu havia inventado um modelo planetário geométrico, que era inconsistente com a ideia de Aristóteles de que os corpos celestiais se moviam de forma circular em diferentes velocidades em torno de um ponto fixo, a Terra. O sistema de Copérnico nomeou o Sol, e não a Terra como esse ponto fixo, e o tamanho das órbitas de cada planeta dependeria da sua distância do Sol.

A SABEDORIA DA NATUREZA É TAL QUE NÃO PRODUZ NADA DE SUPÉRFLUO OU INÚTIL.
NICOLAU COPÉRNICO
Após se mudar para a Catedral de Frombork, Copérnico desenvolveu seu modelo e um complexo sistema matemático para provar sua teoria. Em 1513, sua dedicação o fez conquistar o seu próprio observatório, de onde ele podia ver os planetas em ação. Algumas de suas conclusões, no entanto, eram imprecisas, como a teoria de que a órbita dos planetas era um perfeito círculo, o que foi provado por Kepler, no século XVII, ser de forma elíptica. Em 1514, Copérnico completou o livro “Commentariolus”, com hipóteses sobre o sistema planetário heliocêntrico e provas matemáticas. Junto com seu outro livro, “De revolutionibus orbium coelestium”, Copérnico criou uma série de controvérsias. Seus críticos diziam que ele não havia conseguido resolver o mistério do parallax – o deslocamento de um corpo celestial sob diferentes campos de visão – e que faltava uma explicação plausível sobre o porquê de a Terra orbitar o Sol.

Heresia

Além disso suas teorias não agradaram a Igreja Católica Romana, que considerou seu modelo herege por ser contrário aos ensinamentos cristãos. Quando “De revolutionibus orbium coelestium” foi lançado, em 1543, pouco antes da morte de Copérnico, o líder religioso Martin Luther afirmou sua oposição ao sistema planetário heliocêntrico. Na época, Copérnico estava doente e impossibilitado de defender seu trabalho. Ironicamente, ele havia dedicado o livro ao Papa Paulo III. O livro permaneceu por quase 3 séculos na lista proibida pela igreja.

Copérnico faleceu em 24 de maio de 1543, após um derrame, em Frauenburg, Polônia. No século XVII, quando o livro “De revolutionibus orbium coelestium” foi liberado, Kepler trabalhou na expansão e correção da teoria heliocêntrica de Copérnico, que ficou na história como um bravo cientista, defendendo suas teorias contra as crenças comuns da época.

Imagem: Town Hall em Thorn/Toruń-1580 [Domínio público],via Wikimedia Commons

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Galileu Galilei, (15-02-1564 - 08-01-1642), Origem: Itália.

Cientista italiano e estudioso, Galileu Galilei fez observações pioneiras que foram base para a Física e a Astronomia modernas.


Nascido em 15 de fevereiro de 1564, em Pisa, na Itália, Galileu Galilei foi um professor de Matemática que fez observações pioneiras sobre a natureza com implicações permanentes para o estudo da Física. Ele também construiu um telescópio e apoiou a teoria de Copérnico, que fala de um sistema solar com o Sol como centro. Galileu foi acusado de heresia pela Igreja por suas crenças, e escreveu livros sobre suas ideias. Ele morreu em Arcetri, Itália, em 8 de janeiro de 1642.
Cientista italiano e estudioso, Galileu Galilei fez observações pioneiras que foram base para a Física e a Astronomia modernas.  Nascido em 15 de fevereiro de 1564, em Pisa, na Itália, Galileu Galilei foi um professor de Matemática que fez observações pioneiras sobre a natureza com implicações permanentes para o estudo da Física. Ele também construiu um telescópio e apoiou a teoria de Copérnico, que fala de um sistema solar com o Sol como centro. Galileu foi acusado de heresia pela Igreja por suas crenças, e escreveu livros sobre suas ideias. Ele morreu em Arcetri, Itália, em 8 de janeiro de 1642.   Fascinado por matemática e física A MATEMÁTICA É O ALFABETO QUE DEUS USOU PARA ESCREVER O UNIVERSO Galileu Galilei foi o primeiro dos seis filhos de Vincenzo Galilei, um músico e teórico de música muito conhecido, e de Giulia Ammannati. Em 1574, a família mudou para Florença, onde Galileu iniciou sua educação formal, no monastério Camaldolese. Em 1583, Galileu ingressou na Universidade de Pisa para estudar Medicina, tornando-se fascinado pela Matemática e pela Física. Em Pisa, ele foi exposto à visão aristotélica do mundo, apoiada por ele, e estava no caminho para ser um professor universitário. Porém, por questões financeiras, precisou largar a universidade antes de se formar.   Carreira acadêmica NÃO ME SINTO OBRIGADO A ACREDITAR QUE O MESMO DEUS QUE NOS DOTOU DE SENTIDOS, RAZÃO E INTELECTO, PRETENDA QUE NÃO OS UTILIZEMOS. Galileu continuou a estudar Matemática e se sustentava dando aulas. Nessa época, ele publicou “The Little Balance” (A Pequena Balança), iniciando seus estudos de objetos em movimento, o que o trouxe alguma fama e um posto de professor na Universidade de Pisa, em 1589. Lá, Galileu conduziu suas experiências com objetos em queda e produziu seu manuscrito “Du Motu” (Em Movimento). Galileu ficou arrogante com seu trabalho e suas críticas a Aristóteles o deixaram isolado de seus colegas. Em 1592, seu contrato com a universidade não foi renovado. Mas Galileu rapidamente achou uma nova posição na Universidade de Pádua, ensinando Geometria, Mecânica e Astronomia.  Descobertas controversas CONHECER A SI PRÓPRIO É O MAIOR SABER. Em 1604, Galileu publicou “The Operations of the Geometrical and Military Compass” (As Operações do Compasso Geométrico e Militar”). Ele também construiu uma balança hidrostática para medir objetos pequenos. No mesmo ano, Galileu refinou suas teorias sobre objetos em queda e em movimento, e desenvolveu a lei universal da aceleração, além de começar a apoiar unicamente a teoria de Copérnico, de que o Sol é o centro do Universo e os planetas orbitam ao redor dele. Em julho de 1609, Galileu desenvolveu seu próprio telescópio. Em agosto, ele começou a comercializá-lo. Sua ambição o levou além e ele começou a observar o céu, descobrindo que a Lua não era plana e macia, mas uma esfera com montanhas e crateras. Ele também demonstrou que Vênus tinha fases, como as da Lua, provando que o planeta orbitava ao redor do Sol. Ele descobriu ainda que Júpiter tinha luas que não orbitavam ao redor da Terra.  Briga com a Igreja FALAR OBSCURAMENTE, QUALQUER UM SABE; COM CLAREZA, RARÍSSIMOS. Em 1612, ele publicou seu “Discourse on Bodies in Water” (Discurso sobre Corpos na Água), refutando a explanação de Aristóteles sobre o motivo dos corpos flutuarem na água, dizendo que era por conta do seu formato plano. Galileu defendeu que o peso do objeto em relação à água era deslocado. Em 1613, ele publicou algumas observações sobre as manchas solares, que refutou a doutrina de Aristóteles de que o Sol é perfeito. No mesmo ano, escreveu uma carta a um estudante explicando como a teoria de Copérnico não contradizia passagens bíblicas, pontuando que as escrituras foram escritas de uma perspectiva terrestre e implicando que a ciência tinha uma perspectiva diferente, mais precisa. A carta foi tornada pública e a Igreja pronunciou que a teoria de Copérnico era herege. Assim, Galileu foi proibido de defender a teoria sobre o movimento da Terra.  Processo de Inquisição QUANTO MENOS ALGUÉM ENTENDE, MAIS QUER DISCORDAR. Em 1623, um amigo de Galileu se tornou o Papa Urbano VIII. Ele permitiu que Galileu continuasse seu trabalho em astronomia e o incentivou a publicá-lo, na condição de ser objetivo e não defender a teoria de Copérnico. Em 1632, ele publicou “Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas do Mundo”, uma discussão entre três pessoas: uma que apoia a teoria heliocêntrica de Copérnico , outra que argumenta contra e outra imparcial. A reação da Igreja contra o livro foi rápida, e Galileu foi chamado a Roma. O processo de Inquisição durou de setembro de 1632 a julho de 1633. Galileu foi torturado e finalmente admitiu que apoiava a teoria de Copérnico. Ele foi condenado por heresia e permaneceu seus últimos anos sob prisão domiciliar, proibido de receber visitas ou imprimir seus trabalhos fora da Itália, duas sentenças que foram ignoradas por ele. Em 1634, uma tradução francesa de seu estudo das forças e seus efeitos na matéria foi publicado, e, um ano depois, cópias do “Diálogo” foram impressas na Holanda. Enquanto esteve em prisão domiciliar, Galileu escreveu “Discursos sobre as Novas Ciências”, um resumo de seu trabalho sobre a ciência do movimento e forças das matérias, que foi publicado na Holanda em 1638. Nessa época, ele já estava cego e com a saúde precária.  Morte e legado Galileu morreu em Arcetri, perto da Florença, em 8 de janeiro de 1642, sofrendo de febre e palpitações. Nessa época, a Igreja não podia negar a crença na ciência e, em 1758, não mais proibiu as obras que apoiavam a teoria de Copérnico e, em 1835, deixou a oposição ao heliocentrismo. No século 20 muitos papas reconheceram a obra de Galileu, e em 1992, o Papa João Paulo II expressou arrependimento sobre o caso. As contribuições de Galileu foram muito significantes para a nossa compreensão do Universo. Ele teve um papel muito importante na revolução científica e recebeu o título de “O Pai da Ciência Moderna”.   Vida pessoal Em 1600, Galileu conheceu Marina Gamba, uma mulher de Veneza que lhe deu três filhos, os quais não foram reconhecidos por ele. Eles nunca se casaram, possivelmente, por conta de questões financeiras e pelo medo de que a ilegitimidade dos filhos ameaçasse sua posição social. Galileu enviou as duas filhas para o convento e seu filho Vicenzo se tornou um músico de sucesso.  Imagem: Domínio Público, via Wikimedia Commons

Fascinado por matemática e física

A MATEMÁTICA É O ALFABETO QUE DEUS USOU PARA ESCREVER O UNIVERSO
Galileu Galilei foi o primeiro dos seis filhos de Vincenzo Galilei, um músico e teórico de música muito conhecido, e de Giulia Ammannati. Em 1574, a família mudou para Florença, onde Galileu iniciou sua educação formal, no monastério Camaldolese.
Em 1583, Galileu ingressou na Universidade de Pisa para estudar Medicina, tornando-se fascinado pela Matemática e pela Física. Em Pisa, ele foi exposto à visão aristotélica do mundo, apoiada por ele, e estava no caminho para ser um professor universitário. Porém, por questões financeiras, precisou largar a universidade antes de se formar.

Carreira acadêmica

NÃO ME SINTO OBRIGADO A ACREDITAR QUE O MESMO DEUS QUE NOS DOTOU DE SENTIDOS, RAZÃO E INTELECTO, PRETENDA QUE NÃO OS UTILIZEMOS.
Galileu continuou a estudar Matemática e se sustentava dando aulas. Nessa época, ele publicou “The Little Balance” (A Pequena Balança), iniciando seus estudos de objetos em movimento, o que o trouxe alguma fama e um posto de professor na Universidade de Pisa, em 1589. Lá, Galileu conduziu suas experiências com objetos em queda e produziu seu manuscrito “Du Motu” (Em Movimento). Galileu ficou arrogante com seu trabalho e suas críticas a Aristóteles o deixaram isolado de seus colegas. Em 1592, seu contrato com a universidade não foi renovado. Mas Galileu rapidamente achou uma nova posição na Universidade de Pádua, ensinando Geometria, Mecânica e Astronomia.

Descobertas controversas

CONHECER A SI PRÓPRIO É O MAIOR SABER.
Em 1604, Galileu publicou “The Operations of the Geometrical and Military Compass” (As Operações do Compasso Geométrico e Militar”). Ele também construiu uma balança hidrostática para medir objetos pequenos. No mesmo ano, Galileu refinou suas teorias sobre objetos em queda e em movimento, e desenvolveu a lei universal da aceleração, além de começar a apoiar unicamente a teoria de Copérnico, de que o Sol é o centro do Universo e os planetas orbitam ao redor dele.
Em julho de 1609, Galileu desenvolveu seu próprio telescópio. Em agosto, ele começou a comercializá-lo. Sua ambição o levou além e ele começou a observar o céu, descobrindo que a Lua não era plana e macia, mas uma esfera com montanhas e crateras. Ele também demonstrou que Vênus tinha fases, como as da Lua, provando que o planeta orbitava ao redor do Sol. Ele descobriu ainda que Júpiter tinha luas que não orbitavam ao redor da Terra.

Briga com a Igreja

FALAR OBSCURAMENTE, QUALQUER UM SABE; COM CLAREZA, RARÍSSIMOS.
Em 1612, ele publicou seu “Discourse on Bodies in Water” (Discurso sobre Corpos na Água), refutando a explanação de Aristóteles sobre o motivo dos corpos flutuarem na água, dizendo que era por conta do seu formato plano. Galileu defendeu que o peso do objeto em relação à água era deslocado. Em 1613, ele publicou algumas observações sobre as manchas solares, que refutou a doutrina de Aristóteles de que o Sol é perfeito.
No mesmo ano, escreveu uma carta a um estudante explicando como a teoria de Copérnico não contradizia passagens bíblicas, pontuando que as escrituras foram escritas de uma perspectiva terrestre e implicando que a ciência tinha uma perspectiva diferente, mais precisa. A carta foi tornada pública e a Igreja pronunciou que a teoria de Copérnico era herege. Assim, Galileu foi proibido de defender a teoria sobre o movimento da Terra.

Processo de Inquisição

QUANTO MENOS ALGUÉM ENTENDE, MAIS QUER DISCORDAR.
Em 1623, um amigo de Galileu se tornou o Papa Urbano VIII. Ele permitiu que Galileu continuasse seu trabalho em astronomia e o incentivou a publicá-lo, na condição de ser objetivo e não defender a teoria de Copérnico. Em 1632, ele publicou “Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas do Mundo”, uma discussão entre três pessoas: uma que apoia a teoria heliocêntrica de Copérnico , outra que argumenta contra e outra imparcial.
A reação da Igreja contra o livro foi rápida, e Galileu foi chamado a Roma. O processo de Inquisição durou de setembro de 1632 a julho de 1633. Galileu foi torturado e finalmente admitiu que apoiava a teoria de Copérnico. Ele foi condenado por heresia e permaneceu seus últimos anos sob prisão domiciliar, proibido de receber visitas ou imprimir seus trabalhos fora da Itália, duas sentenças que foram ignoradas por ele. Em 1634, uma tradução francesa de seu estudo das forças e seus efeitos na matéria foi publicado, e, um ano depois, cópias do “Diálogo” foram impressas na Holanda. Enquanto esteve em prisão domiciliar, Galileu escreveu “Discursos sobre as Novas Ciências”, um resumo de seu trabalho sobre a ciência do movimento e forças das matérias, que foi publicado na Holanda em 1638. Nessa época, ele já estava cego e com a saúde precária.

Morte e legado

Galileu morreu em Arcetri, perto da Florença, em 8 de janeiro de 1642, sofrendo de febre e palpitações. Nessa época, a Igreja não podia negar a crença na ciência e, em 1758, não mais proibiu as obras que apoiavam a teoria de Copérnico e, em 1835, deixou a oposição ao heliocentrismo.
No século 20 muitos papas reconheceram a obra de Galileu, e em 1992, o Papa João Paulo II expressou arrependimento sobre o caso. As contribuições de Galileu foram muito significantes para a nossa compreensão do Universo. Ele teve um papel muito importante na revolução científica e recebeu o título de “O Pai da Ciência Moderna”.

Vida pessoal

Em 1600, Galileu conheceu Marina Gamba, uma mulher de Veneza que lhe deu três filhos, os quais não foram reconhecidos por ele. Eles nunca se casaram, possivelmente, por conta de questões financeiras e pelo medo de que a ilegitimidade dos filhos ameaçasse sua posição social. Galileu enviou as duas filhas para o convento e seu filho Vicenzo se tornou um músico de sucesso.

Imagem: Domínio Público, via Wikimedia Commons

Isaac Newton, Destaca-se em: Física, Matemática, Ciência.

Origem: Inglaterra, Nascido em 4 de janeiro de 1643, em Woolsthorpe, Inglaterra, Isaac Newton foi um físico e matemático e uma das grandes mentes da Revolução Científica do século XVII. 

Com descobertas em óptica, movimento e matemática, ele desenvolveu os princípios da física moderna. Em 1687, publicou seu trabalho mais aclamado: “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” (“Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”), que foi nomeado como o livro mais influente da física. Newton morreu em Londres em 31 de março de 1727.
Destaca-se em: Física, Matemática, Ciência Origem: Inglaterra Nascido em 4 de janeiro de 1643, em Woolsthorpe, Inglaterra, Isaac Newton foi um físico e matemático e uma das grandes mentes da Revolução Científica do século XVII.  Com descobertas em óptica, movimento e matemática, ele desenvolveu os princípios da física moderna. Em 1687, publicou seu trabalho mais aclamado: “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” (“Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”), que foi nomeado como o livro mais influente da física. Newton morreu em Londres em 31 de março de 1727.     Primeiros anos  O QUE SABEMOS É UMA GOTA, O QUE IGNORAMOS É UM OCEANO. Em 4 de janeiro de 1643, Isaac Newton nasceu na vila de Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra. Ele foi o filho único de um fazendeiro, morto três meses antes de seu nascimento. Sua mãe casou-se novamente e foi viver com seu marido, deixando Newton, aos três anos, com sua avó materna. Esse abandono imprimiu uma extrema em segurança em Isaac, tempos depois. Aos 12 anos, Newton se reuniu com sua mãe, após seu segundo marido morrer. Ela trouxe consigo três filhos do segundo casamento. Newton entrou na escola, onde se fascinou pela química, mas sua mãe o fez sair para que se tornasse fazendeiro, profissão na qual ele falhou terrivelmente. Assim, voltou à escola e terminou sua educação básica. Seu tio, percebendo as habilidades intelectuais do sobrinho e sendo ele próprio graduado na Universidade de Cambridge, convenceu a mãe de Newton a colocá-lo na graduação. Quando o garoto chegou à Cambridge, a Revolução Científica do século XVII estava com força total. A visão heliocêntrica do Universo – teorizada pelos astrônomos Nicolau Copérnico e Johannes Kepler, e depois refinada por Galileu – era conhecida em todo o circuito acadêmico europeu. O filósofo René Descartes tinha começado a formular um novo conceito de natureza como uma máquina inerte e impessoal. Mesmo assim, a Universidade de Cambridge apoiava a filosofia de Aristóteles, de uma natureza que repousa em uma visão geocêntrica do universo.  Revolução Científica EU CONSIGO CALCULAR O MOVIMENTO DOS CORPOS CELESTIAIS, MAS NÃO A LOUCURA DAS PESSOAS. Seus primeiros anos em Cambridge foram dedicados a matérias básicas, mas Newton lia filósofos modernos. Nessa época, ele escreveu uma segunda série de anotações, "Quaestiones Quaedam Philosophicae" ("Certas Questões Filosóficas"), que revelava um novo conceito de natureza, formando a base da Revolução Científica. Em 1665, Cambrigde foi fechada por conta da Grande Praga por 18 meses, e Newton voltou para casa para estudar. Nesse tempo, ele concebeu o método do cálculo infinitesimal, construiu as bases para sua teoria das cores e teve alguns insights sobre as leis do movimento planetário. A lenda diz que foi durante esse período que ele teve a famosa inspiração da gravidade, com a maçã em queda. Ao fim da praga, Newton retornou para Cambridge e conquistou seu Mestrado em Artes antes dos 27 anos. Nessa época, ele escreveu De Analysi, baseado no livro de Nicholas Mercator sobre métodos para a resolução de séries infinitas, e expondo seus próprios resultados. Com esse trabalho, Newton ficou conhecido no meio matemático e ocupou a cadeira de professor lucasiano em Cambridge.  Vida profissional SE FIZ DESCOBERTAS VALIOSAS, FOI MAIS POR TER PACIÊNCIA DO QUE QUALQUER OUTRO TALENTO. Muitos estudos de óptica de Newton foram auxiliados por um telescópio que ele mesmo projetou e construiu em 1668. Essa invenção o ajudou a comprovar a teoria das cores. Porém, nem todo mundo estava entusiasmado com Newton, e uma dessas pessoas era Robert Hooke, um renomado cientista. Newton não foi capaz de lidar com a crítica e seu ódio por Hooke durou a vida toda. Em 1678, Newton sofreu um completo colapso nervoso. A morte de sua mãe no ano seguinte o fez ficar ainda mais isolado e, por seis anos, ele se afastou do meio intelectual. Nesse meio tempo, ele retornou seus estudos sobre a gravidade e seus efeitos nas órbitas dos planetas. Ironicamente, o ímpeto que colocou Newton na direção certa nesse estudo, veio de Robert Hooke. Em 1679, em uma carta generalizada para os membros da Sociedade Real, Hooke sugeriu a Newton que, na questão do movimento planetário, uma fórmula envolvendo o inverso dos quadrados poderia explicar a atração entre os planetas e a forma de suas órbitas.  Publicação do livro mais influente de física CONSTRUÍMOS MUROS DEMAIS E PONTES DE MENOS. Em 1687, após 18 meses de intenso trabalho, Newton publicou “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” (“Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”). Tido como o livro mais influente de física de toda a ciência, ele é mais conhecido como “Principia” e contém informações sobre quase todos os conceitos essenciais da física, exceto energia. Após a publicação, Robert Hooke acusou Newton de plágio. Mas a acusação era infundada, já que a maioria dos cientistas sabia que Hooke havia apenas teorizado sobre a ideia e nunca a provou sob quaisquer circunstâncias. Newton ficou furioso e defendeu fortemente suas descobertas.  Fama internacional NENHUMA GRANDE DESCOBERTA JAMAIS FOI FEITA SEM UM PALPITE OUSADO. “Principia” imediatamente elevou Newton ao renome internacional. Assim, Newton não estava mais satisfeito com sua posição em Cambridge e começou a se envolver com outros assuntos, como a resistência às tentativas do Rei James II de reinstituir o ensino católico em Cambridge. Em 1689, ele foi eleito para representar Cambridge no Parlamento. Em Londres, Newton se aproximou de um grupo de intelectuais. Embora muitos dos cientistas do continente continuassem ensinando o mundo mecânico de acordo com Aristóteles, uma jovem geração de cientistas britânicos ficou cativada com a visão de Newton sobre o mundo da física e o reconheceram como seu líder. Newton entrou em outro colapso nervoso, em 1693, mas se recuperou estranhamente rápido e voltou a trabalhar em poucos meses.  Carreira política SE VI MAIS LONGE FOI POR ESTAR DE PÉ SOBRE OMBROS DE GIGANTES. Em 1696, Newton alcançou a posição política que tanto queria: guardião da Casa da Moeda. Em 1699, foi promovido a mestre da Casa da Moeda. Para não parecer que o cargo era uma mera posição honorária, Newton deu o seu melhor, reformando a moeda corrente e punindo severamente os falsificadores. Em 1703, Newton foi eleito presidente da Sociedade Real. Em 1705, foi condecorado pela Rainha Ana, da Inglaterra. Nesse ponto de sua vida, sua carreira de cientista havia sido substituída pela carreira política.  Anos finais Em seus últimos anos de vida, Newton viveu em Canbury Park, perto de Winchester, Inglaterra. Nessa época, ele se tornou um dos homens mais famosos da Europa. Ele também ficou rico, investindo sabiamente seu dinheiro. Apesar da grande fama, sua vida estava longe da perfeição: ele nunca se casou ou teve amigos. Aos 80 anos, Newton enfrentou problemas digestivos e mudou radicalmente sua dieta. Em março de 1727, ele teve uma forte dor abdominal e não voltou à consciência, falecendo no dia seguinte, 31 de março de 1727, aos 85 anos. A fama de Isaac Newton aumentou ainda mais após sua morte, já que muitos de seus contemporâneos o proclamaram o maior gênio da história. Talvez seja um pouco de exagero, mas suas descobertas tiveram um grande impacto no pensamento Ocidental, levando a comparações com Platão, Aristóteles e Galileu. Mas algumas declarações de Newton se provaram erradas. No século XX, por exemplo, Albert Einstein retrucou o conceito de Newton sobre o Universo, pontuando que espaço, distância e movimento não eram absolutos, mas relativos, e que o Universo era muito mais fantástico do que Newton havia concebido. Newton não ficaria surpreso, já que no fim de sua vida, quando perguntado sobre suas conquistas, ele declarou: “Eu não sei o que eu aparento para o mundo; mas para mim eu sou um garoto que viveu brincando na beira do mar e, me desviando um pouco, encontrava aqui e ali algum cascalho mais macio ou uma concha mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece totalmente obscuro perante mim”.  Imagem: Sir Godfrey Kneller [Domínio Público], via Wikimedia Commons

Primeiros anos


O QUE SABEMOS É UMA GOTA, O QUE IGNORAMOS É UM OCEANO.
Em 4 de janeiro de 1643, Isaac Newton nasceu na vila de Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra. Ele foi o filho único de um fazendeiro, morto três meses antes de seu nascimento. Sua mãe casou-se novamente e foi viver com seu marido, deixando Newton, aos três anos, com sua avó materna. Esse abandono imprimiu uma extrema em segurança em Isaac, tempos depois.
Aos 12 anos, Newton se reuniu com sua mãe, após seu segundo marido morrer. Ela trouxe consigo três filhos do segundo casamento. Newton entrou na escola, onde se fascinou pela química, mas sua mãe o fez sair para que se tornasse fazendeiro, profissão na qual ele falhou terrivelmente. Assim, voltou à escola e terminou sua educação básica.
Seu tio, percebendo as habilidades intelectuais do sobrinho e sendo ele próprio graduado na Universidade de Cambridge, convenceu a mãe de Newton a colocá-lo na graduação. Quando o garoto chegou à Cambridge, a Revolução Científica do século XVII estava com força total. A visão heliocêntrica do Universo – teorizada pelos astrônomos Nicolau Copérnico e Johannes Kepler, e depois refinada por Galileu – era conhecida em todo o circuito acadêmico europeu. O filósofo René Descartes tinha começado a formular um novo conceito de natureza como uma máquina inerte e impessoal. Mesmo assim, a Universidade de Cambridge apoiava a filosofia de Aristóteles, de uma natureza que repousa em uma visão geocêntrica do universo.

Revolução Científica

EU CONSIGO CALCULAR O MOVIMENTO DOS CORPOS CELESTIAIS, MAS NÃO A LOUCURA DAS PESSOAS.
Seus primeiros anos em Cambridge foram dedicados a matérias básicas, mas Newton lia filósofos modernos. Nessa época, ele escreveu uma segunda série de anotações, "Quaestiones Quaedam Philosophicae" ("Certas Questões Filosóficas"), que revelava um novo conceito de natureza, formando a base da Revolução Científica.
Em 1665, Cambrigde foi fechada por conta da Grande Praga por 18 meses, e Newton voltou para casa para estudar. Nesse tempo, ele concebeu o método do cálculo infinitesimal, construiu as bases para sua teoria das cores e teve alguns insights sobre as leis do movimento planetário. A lenda diz que foi durante esse período que ele teve a famosa inspiração da gravidade, com a maçã em queda.
Ao fim da praga, Newton retornou para Cambridge e conquistou seu Mestrado em Artes antes dos 27 anos. Nessa época, ele escreveu De Analysi, baseado no livro de Nicholas Mercator sobre métodos para a resolução de séries infinitas, e expondo seus próprios resultados. Com esse trabalho, Newton ficou conhecido no meio matemático e ocupou a cadeira de professor lucasiano em Cambridge.

Vida profissional

SE FIZ DESCOBERTAS VALIOSAS, FOI MAIS POR TER PACIÊNCIA DO QUE QUALQUER OUTRO TALENTO.
Muitos estudos de óptica de Newton foram auxiliados por um telescópio que ele mesmo projetou e construiu em 1668. Essa invenção o ajudou a comprovar a teoria das cores. Porém, nem todo mundo estava entusiasmado com Newton, e uma dessas pessoas era Robert Hooke, um renomado cientista. Newton não foi capaz de lidar com a crítica e seu ódio por Hooke durou a vida toda.
Em 1678, Newton sofreu um completo colapso nervoso. A morte de sua mãe no ano seguinte o fez ficar ainda mais isolado e, por seis anos, ele se afastou do meio intelectual. Nesse meio tempo, ele retornou seus estudos sobre a gravidade e seus efeitos nas órbitas dos planetas. Ironicamente, o ímpeto que colocou Newton na direção certa nesse estudo, veio de Robert Hooke. Em 1679, em uma carta generalizada para os membros da Sociedade Real, Hooke sugeriu a Newton que, na questão do movimento planetário, uma fórmula envolvendo o inverso dos quadrados poderia explicar a atração entre os planetas e a forma de suas órbitas.

Publicação do livro mais influente de física

CONSTRUÍMOS MUROS DEMAIS E PONTES DE MENOS.
Em 1687, após 18 meses de intenso trabalho, Newton publicou “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” (“Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”). Tido como o livro mais influente de física de toda a ciência, ele é mais conhecido como “Principia” e contém informações sobre quase todos os conceitos essenciais da física, exceto energia.
Após a publicação, Robert Hooke acusou Newton de plágio. Mas a acusação era infundada, já que a maioria dos cientistas sabia que Hooke havia apenas teorizado sobre a ideia e nunca a provou sob quaisquer circunstâncias. Newton ficou furioso e defendeu fortemente suas descobertas.

Fama internacional

NENHUMA GRANDE DESCOBERTA JAMAIS FOI FEITA SEM UM PALPITE OUSADO.
“Principia” imediatamente elevou Newton ao renome internacional. Assim, Newton não estava mais satisfeito com sua posição em Cambridge e começou a se envolver com outros assuntos, como a resistência às tentativas do Rei James II de reinstituir o ensino católico em Cambridge. Em 1689, ele foi eleito para representar Cambridge no Parlamento.
Em Londres, Newton se aproximou de um grupo de intelectuais. Embora muitos dos cientistas do continente continuassem ensinando o mundo mecânico de acordo com Aristóteles, uma jovem geração de cientistas britânicos ficou cativada com a visão de Newton sobre o mundo da física e o reconheceram como seu líder. Newton entrou em outro colapso nervoso, em 1693, mas se recuperou estranhamente rápido e voltou a trabalhar em poucos meses.

Carreira política

SE VI MAIS LONGE FOI POR ESTAR DE PÉ SOBRE OMBROS DE GIGANTES.
Em 1696, Newton alcançou a posição política que tanto queria: guardião da Casa da Moeda. Em 1699, foi promovido a mestre da Casa da Moeda. Para não parecer que o cargo era uma mera posição honorária, Newton deu o seu melhor, reformando a moeda corrente e punindo severamente os falsificadores.
Em 1703, Newton foi eleito presidente da Sociedade Real. Em 1705, foi condecorado pela Rainha Ana, da Inglaterra. Nesse ponto de sua vida, sua carreira de cientista havia sido substituída pela carreira política.

Anos finais

Em seus últimos anos de vida, Newton viveu em Canbury Park, perto de Winchester, Inglaterra. Nessa época, ele se tornou um dos homens mais famosos da Europa. Ele também ficou rico, investindo sabiamente seu dinheiro. Apesar da grande fama, sua vida estava longe da perfeição: ele nunca se casou ou teve amigos.
Aos 80 anos, Newton enfrentou problemas digestivos e mudou radicalmente sua dieta. Em março de 1727, ele teve uma forte dor abdominal e não voltou à consciência, falecendo no dia seguinte, 31 de março de 1727, aos 85 anos.
A fama de Isaac Newton aumentou ainda mais após sua morte, já que muitos de seus contemporâneos o proclamaram o maior gênio da história. Talvez seja um pouco de exagero, mas suas descobertas tiveram um grande impacto no pensamento Ocidental, levando a comparações com Platão, Aristóteles e Galileu.
Mas algumas declarações de Newton se provaram erradas. No século XX, por exemplo, Albert Einstein retrucou o conceito de Newton sobre o Universo, pontuando que espaço, distância e movimento não eram absolutos, mas relativos, e que o Universo era muito mais fantástico do que Newton havia concebido.
Newton não ficaria surpreso, já que no fim de sua vida, quando perguntado sobre suas conquistas, ele declarou: “Eu não sei o que eu aparento para o mundo; mas para mim eu sou um garoto que viveu brincando na beira do mar e, me desviando um pouco, encontrava aqui e ali algum cascalho mais macio ou uma concha mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece totalmente obscuro perante mim”.

Imagem: Sir Godfrey Kneller [Domínio Público], via Wikimedia Commons

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