quarta-feira, 21 de novembro de 2018

USP oferece curso grátis sobre Geociências e o Sistema Terra.

A USP disponibiliza, através da Univesp TV, um curso online grátis sobre o Sistema Terra. Ele é voltado a graduandos e pós-graduandos interessados nas áreas de geociências.  O curso é apresentado gratuitamente em forma de videoaulas online. O usuário pode fazer anotações sobre questionamentos, opiniões e dúvidas enquanto assiste aos vídeos, e receberá as respostas por e-mail.  O curso não possui certificação. São apenas aulas online para complementação de estudos e pesquisas.  Para assistir às videoaulas, clique aqui.


A USP disponibiliza, através da Univesp TV, um curso online grátis sobre o Sistema Terra. Ele é voltado a graduandos e pós-graduandos interessados nas áreas de geociências.
O curso é apresentado gratuitamente em forma de videoaulas online. O usuário pode fazer anotações sobre questionamentos, opiniões e dúvidas enquanto assiste aos vídeos, e receberá as respostas por e-mail.
O curso não possui certificação. São apenas aulas online para complementação de estudos e pesquisas.
Para assistir às videoaulas, clique aqui.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Teste galáctico pode dizer se matéria escura realmente existe.

 Simulação: Esta imagem mostra a distribuição de matéria escura (acima) e estrelas (abaixo).[Imagem: Romano-Díaz/University of Bonn]      Matéria escura e MOND  Apesar de numerosos esforços experimentais e bilhões gastos em pesquisas, ainda não há qualquer prova direta de que a matéria escura de fato exista. Isso levou os astrônomos a levantarem a hipótese de que a força gravitacional em si pode se comportar de maneira diferente do que as atuais teorias estabelecem.  De acordo com uma teoria conhecida como MOND (sigla em inglês para Dinâmica Newtoniana Modificada), a atração entre duas massas obedeceria às leis de Newton apenas até certo ponto. Em acelerações muito pequenas, como as que prevalecem nas galáxias, a gravidade tornar-se-ia consideravelmente mais forte. Portanto, as galáxias não se esfacelariam devido à sua velocidade de rotação, o que foi justamente a noção que deu origem à hipótese da matéria escura - se as galáxias giram tão rápido e não se esfacelam, deve haver "algo" lá para prover a gravidade que falta.  Uma equipe das universidades de Bonn (Alemanha) e Califórnia em Irvine (EUA) propôs agora um modo de testar essas duas hipóteses - hipótese da matéria escura e hipótese MOND - com uma precisão e uma facilidade sem precedentes.  Relação de aceleração radial  Enrico Garaldi e seus colegas usaram um dos supercomputadores mais rápidos do mundo para simular a distribuição de matéria das chamadas galáxias anãs, ou satélites, pequenas galáxias que circundam a Via Láctea ou Andrômeda, por exemplo.  Eles se concentraram em uma relação conhecida como "relação de aceleração radial" (RAR). Nas galáxias de disco, as estrelas se movem em órbitas circulares ao redor do centro galáctico. A aceleração que as força constantemente a mudar de direção para girar é causada pela atração da matéria na galáxia. A RAR descreve a relação entre esta aceleração e a aceleração causada apenas pela matéria visível, fornecendo uma dica sobre a estrutura das galáxias e sua distribuição de matéria.  "Agora simulamos, pela primeira vez, a RAR de galáxias anãs com a suposição de que existe matéria escura. Acontece que elas se comportam como versões reduzidas das galáxias maiores," conta o professor Cristiano Porciani, membro da equipe. Há anos os astrônomos já vinham observando que essas galáxias satélites desafiam as teorias mais aceitas.  Teste galáctico pode dizer se matéria escura realmente existe Já houve um sem-número de tentativas de explicar a Matéria Escura - mas todas falharam até agora. [Imagem: NASA] Medir efeitos da matéria escura  Mas, e se não houver matéria escura e, em vez disso, a gravidade funciona de forma diferente do que pensava Newton?  "Nesse caso, a RAR das galáxias anãs depende fortemente da distância até a galáxia principal, enquanto isso não acontece se a matéria escura existir," explicou o pesquisador Emilio Romano Díaz.  Logo, tudo se torna uma questão de medir essa diferença, algo que pode ser feito usando satélites. A sonda espacial Gaia, por exemplo, lançada pela Agência Espacial Europeia em 2013, já pode até ter começado a capturar uma resposta. A sonda foi projetada para estudar as estrelas na Via Láctea e suas galáxias satélites com detalhes sem precedentes e já coletou uma grande quantidade de dados.  No entanto, provavelmente levará anos para resolver definitivamente esse enigma.  "Medições individuais não são suficientes para testar as pequenas diferenças que encontramos em nossas simulações," disse Garaldi. "Mas dar uma olhada detalhada para as mesmas estrelas repetidamente melhora as medições a cada vez. Mais cedo ou mais tarde, deverá ser possível determinar se as galáxias anãs se comportam como num universo com matéria escura - ou não."  Bibliografia:  Radial acceleration relation of CDM satellite galaxies Enrico Garaldi, Emilio Romano-Díaz, Cristiano Porciani, Marcel S. Pawlowski Physical Review Letters Vol.: 120, 261301 DOI: 10.1103/PhysRevLett.120.261301
Simulação: Esta imagem mostra a distribuição de matéria escura (acima) e estrelas (abaixo).[Imagem: Romano-Díaz/University of Bonn]


Matéria escura e MOND
Apesar de numerosos esforços experimentais e bilhões gastos em pesquisas, ainda não há qualquer prova direta de que a matéria escura de fato exista. Isso levou os astrônomos a levantarem a hipótese de que a força gravitacional em si pode se comportar de maneira diferente do que as atuais teorias estabelecem.
De acordo com uma teoria conhecida como MOND (sigla em inglês para Dinâmica Newtoniana Modificada), a atração entre duas massas obedeceria às leis de Newton apenas até certo ponto. Em acelerações muito pequenas, como as que prevalecem nas galáxias, a gravidade tornar-se-ia consideravelmente mais forte. Portanto, as galáxias não se esfacelariam devido à sua velocidade de rotação, o que foi justamente a noção que deu origem à hipótese da matéria escura - se as galáxias giram tão rápido e não se esfacelam, deve haver "algo" lá para prover a gravidade que falta.
Uma equipe das universidades de Bonn (Alemanha) e Califórnia em Irvine (EUA) propôs agora um modo de testar essas duas hipóteses - hipótese da matéria escura e hipótese MOND - com uma precisão e uma facilidade sem precedentes.
Relação de aceleração radial
Enrico Garaldi e seus colegas usaram um dos supercomputadores mais rápidos do mundo para simular a distribuição de matéria das chamadas galáxias anãs, ou satélites, pequenas galáxias que circundam a Via Láctea ou Andrômeda, por exemplo.
Eles se concentraram em uma relação conhecida como "relação de aceleração radial" (RAR). Nas galáxias de disco, as estrelas se movem em órbitas circulares ao redor do centro galáctico. A aceleração que as força constantemente a mudar de direção para girar é causada pela atração da matéria na galáxia. A RAR descreve a relação entre esta aceleração e a aceleração causada apenas pela matéria visível, fornecendo uma dica sobre a estrutura das galáxias e sua distribuição de matéria.
"Agora simulamos, pela primeira vez, a RAR de galáxias anãs com a suposição de que existe matéria escura. Acontece que elas se comportam como versões reduzidas das galáxias maiores," conta o professor Cristiano Porciani, membro da equipe. Há anos os astrônomos já vinham observando que essas galáxias satélites desafiam as teorias mais aceitas.
Teste galáctico pode dizer se matéria escura realmente existe  Simulação: Esta imagem mostra a distribuição de matéria escura (acima) e estrelas (abaixo).[Imagem: Romano-Díaz/University of Bonn]      Matéria escura e MOND  Apesar de numerosos esforços experimentais e bilhões gastos em pesquisas, ainda não há qualquer prova direta de que a matéria escura de fato exista. Isso levou os astrônomos a levantarem a hipótese de que a força gravitacional em si pode se comportar de maneira diferente do que as atuais teorias estabelecem.  De acordo com uma teoria conhecida como MOND (sigla em inglês para Dinâmica Newtoniana Modificada), a atração entre duas massas obedeceria às leis de Newton apenas até certo ponto. Em acelerações muito pequenas, como as que prevalecem nas galáxias, a gravidade tornar-se-ia consideravelmente mais forte. Portanto, as galáxias não se esfacelariam devido à sua velocidade de rotação, o que foi justamente a noção que deu origem à hipótese da matéria escura - se as galáxias giram tão rápido e não se esfacelam, deve haver "algo" lá para prover a gravidade que falta.  Uma equipe das universidades de Bonn (Alemanha) e Califórnia em Irvine (EUA) propôs agora um modo de testar essas duas hipóteses - hipótese da matéria escura e hipótese MOND - com uma precisão e uma facilidade sem precedentes.  Relação de aceleração radial  Enrico Garaldi e seus colegas usaram um dos supercomputadores mais rápidos do mundo para simular a distribuição de matéria das chamadas galáxias anãs, ou satélites, pequenas galáxias que circundam a Via Láctea ou Andrômeda, por exemplo.  Eles se concentraram em uma relação conhecida como "relação de aceleração radial" (RAR). Nas galáxias de disco, as estrelas se movem em órbitas circulares ao redor do centro galáctico. A aceleração que as força constantemente a mudar de direção para girar é causada pela atração da matéria na galáxia. A RAR descreve a relação entre esta aceleração e a aceleração causada apenas pela matéria visível, fornecendo uma dica sobre a estrutura das galáxias e sua distribuição de matéria.  "Agora simulamos, pela primeira vez, a RAR de galáxias anãs com a suposição de que existe matéria escura. Acontece que elas se comportam como versões reduzidas das galáxias maiores," conta o professor Cristiano Porciani, membro da equipe. Há anos os astrônomos já vinham observando que essas galáxias satélites desafiam as teorias mais aceitas.  Teste galáctico pode dizer se matéria escura realmente existe Já houve um sem-número de tentativas de explicar a Matéria Escura - mas todas falharam até agora. [Imagem: NASA] Medir efeitos da matéria escura  Mas, e se não houver matéria escura e, em vez disso, a gravidade funciona de forma diferente do que pensava Newton?  "Nesse caso, a RAR das galáxias anãs depende fortemente da distância até a galáxia principal, enquanto isso não acontece se a matéria escura existir," explicou o pesquisador Emilio Romano Díaz.  Logo, tudo se torna uma questão de medir essa diferença, algo que pode ser feito usando satélites. A sonda espacial Gaia, por exemplo, lançada pela Agência Espacial Europeia em 2013, já pode até ter começado a capturar uma resposta. A sonda foi projetada para estudar as estrelas na Via Láctea e suas galáxias satélites com detalhes sem precedentes e já coletou uma grande quantidade de dados.  No entanto, provavelmente levará anos para resolver definitivamente esse enigma.  "Medições individuais não são suficientes para testar as pequenas diferenças que encontramos em nossas simulações," disse Garaldi. "Mas dar uma olhada detalhada para as mesmas estrelas repetidamente melhora as medições a cada vez. Mais cedo ou mais tarde, deverá ser possível determinar se as galáxias anãs se comportam como num universo com matéria escura - ou não."  Bibliografia:  Radial acceleration relation of CDM satellite galaxies Enrico Garaldi, Emilio Romano-Díaz, Cristiano Porciani, Marcel S. Pawlowski Physical Review Letters Vol.: 120, 261301 DOI: 10.1103/PhysRevLett.120.261301
Já houve um sem-número de tentativas de explicar a Matéria Escura - mas todas falharam até agora. [Imagem: NASA]
Medir efeitos da matéria escura
Mas, e se não houver matéria escura e, em vez disso, a gravidade funciona de forma diferente do que pensava Newton?
"Nesse caso, a RAR das galáxias anãs depende fortemente da distância até a galáxia principal, enquanto isso não acontece se a matéria escura existir," explicou o pesquisador Emilio Romano Díaz.
Logo, tudo se torna uma questão de medir essa diferença, algo que pode ser feito usando satélites. A sonda espacial Gaia, por exemplo, lançada pela Agência Espacial Europeia em 2013, já pode até ter começado a capturar uma resposta. A sonda foi projetada para estudar as estrelas na Via Láctea e suas galáxias satélites com detalhes sem precedentes e já coletou uma grande quantidade de dados.
No entanto, provavelmente levará anos para resolver definitivamente esse enigma.
"Medições individuais não são suficientes para testar as pequenas diferenças que encontramos em nossas simulações," disse Garaldi. "Mas dar uma olhada detalhada para as mesmas estrelas repetidamente melhora as medições a cada vez. Mais cedo ou mais tarde, deverá ser possível determinar se as galáxias anãs se comportam como num universo com matéria escura - ou não."
Bibliografia:

Radial acceleration relation of CDM satellite galaxies
Enrico Garaldi, Emilio Romano-Díaz, Cristiano Porciani, Marcel S. Pawlowski
Physical Review Letters
Vol.: 120, 261301
DOI: 10.1103/PhysRevLett.120.261301

Exoplaneta Ross 128b pode ser habitável.

Vários sistemas planetários em torno de anãs vermelhas têm sido notícia recentemente, incluindo Proxima b, um planeta que orbita a estrela mais próxima de nosso próprio Sol, a Próxima Centauro, e os sete planetas da estrela TRAPPIST-1, um sistema que não é muito maior do que Júpiter.[Imagem: ESO/M. Kornmesser]

Vários sistemas planetários em torno de anãs vermelhas têm sido notícia recentemente, incluindo Proxima b, um planeta que orbita a estrela mais próxima de nosso próprio Sol, a Próxima Centauro, e os sete planetas da estrela TRAPPIST-1, um sistema que não é muito maior do que Júpiter.[Imagem: ESO/M. Kornmesser]        Irmão, gêmeo não  O exoplaneta Ross 128b pode realmente ter características viáveis para abrigar vida, mas também possui marcadas diferenças em relação à Terra.  Esta é a conclusão de uma equipe internacional coordenada por astrônomos do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que analisou as características físico-químicas desse exoplaneta que está vindo em nossa direção e que é o mais próximo de nós em torno de uma estrela anã vermelha.  O sistema extrassolar Ross 128 ficou famoso por apresentar estranhos sinais variáveis que chegaram a ser apontados como sinais de vida extraterrestre.  Exoplaneta potencialmente habitável  Diogo Souto e seus colegas realizaram um estudo detalhado das propriedades da estrela visando compreender melhor o exoplaneta Ross 128b, descoberto em 2017.  O planeta tem massa equivalente à da Terra, está localizado na zona habitável da sua estrela e tem uma temperatura média na superfície da ordem de 21ºC. Outro fator de interesse é que ele está muito próximo da Terra, a 10 anos-luz, algo por volta de 95 trilhões de quilômetros.  "Desenvolvemos um estudo detalhado das propriedades físico-químicas da estrela Ross 128 com o intuito de inferir propriedades sobre o exoplaneta Ross 128b e, assim, conhecê-lo melhor. Para tal, usamos modelos de formação planetária e verificamos que o exoplaneta deve ser composto por minerais similares aos da Terra, no entanto, com um núcleo um pouco maior," explicou Diogo Souto.  A radiação que Ross 128b recebe de sua estrela é similar à que a Terra recebe do Sol porque a Ross 128 é uma anã vermelha, um tipo de estrela mais fria do que o Sol; a estrela Ross 128 tem temperatura de 2958 ºC, quase a metade do nosso Sol (5.499ºC); Ross 128b está a uma distância de 6 milhões de quilômetros de sua estrela, enquanto a Terra está a 150 milhões de quilômetros do Sol, aproximadamente.  "Um dos diferenciais entre as estrelas é a abundância dos seus elementos químicos. A composição química da estrela Ross 128 é, de certa forma, parecida com a do Sol. Neste estudo, conseguimos estudar a assinatura de oito elementos: carbono, oxigênio, magnésio, alumínio, potássio, cálcio, titânio e ferro. As proporções entre alguns destes elementos como Fe/Mg, Ca/Mg e Al/Mg são parecidas com o que observamos no Sol e na Terra, e, segundo nossa análise, também são similares ao exoplaneta Ross 128b. Com isso, temos indícios de que a formação e a composição de Ross 128b sejam parecidas com a da Terra," detalhou Diogo.  Os dados indicam que Ross 128b tem uma massa mínima 30% superior à massa terrestre, enquanto o seu raio é 10% maior que o da Terra. A razão entre a massa e o raio deste exoplaneta o coloca no grupo de planetas rochosos, assim como a Terra.  Só parecido  Mas há outras diferenças entre os dois planetas, indicando que o Ross 128b não é exatamente um gêmeo da Terra, como se apontara inicialmente: "Verificamos também que não há indicativo de um forte campo magnético em Ross 128, o que poderia reduzir as suas chances de habitabilidade," explicou Diogo.  "Embora o Ross 128 b não seja um gêmeo da Terra, e ainda há muito que não sabemos sobre seu potencial de atividade geológica, fomos capazes de reforçar o argumento de que é um planeta temperado que poderia ter água líquida em sua superfície," finalizou o pesquisador.  FONTE: ON    Bibliografia:  Stellar and Planetary Characterization of the Ross 128 Exoplanetary System from APOGEE Spectra Diogo Souto, Cayman T. Unterborn, Verne V. Smith, Katia Cunha, Johanna Teske, Kevin Covey, Bárbara Rojas-Ayala, D. A. García-Hernández, Keivan Stassun, Olga Zamora, Thomas Masseron, J. A. Johnson, Steven R. Majewski, Henrik Jönsson, Steven Gilhool, Cullen Blake, Felipe Santana The Astrophysical Journal Vol.: 860 (1): L15 DOI: 10.3847/2041-8213/aac896

Irmão, gêmeo não
O exoplaneta Ross 128b pode realmente ter características viáveis para abrigar vida, mas também possui marcadas diferenças em relação à Terra.
Esta é a conclusão de uma equipe internacional coordenada por astrônomos do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que analisou as características físico-químicas desse exoplaneta que está vindo em nossa direção e que é o mais próximo de nós em torno de uma estrela anã vermelha.
O sistema extrassolar Ross 128 ficou famoso por apresentar estranhos sinais variáveis que chegaram a ser apontados como sinais de vida extraterrestre.
Exoplaneta potencialmente habitável
Diogo Souto e seus colegas realizaram um estudo detalhado das propriedades da estrela visando compreender melhor o exoplaneta Ross 128b, descoberto em 2017.
O planeta tem massa equivalente à da Terra, está localizado na zona habitável da sua estrela e tem uma temperatura média na superfície da ordem de 21ºC. Outro fator de interesse é que ele está muito próximo da Terra, a 10 anos-luz, algo por volta de 95 trilhões de quilômetros.
"Desenvolvemos um estudo detalhado das propriedades físico-químicas da estrela Ross 128 com o intuito de inferir propriedades sobre o exoplaneta Ross 128b e, assim, conhecê-lo melhor. Para tal, usamos modelos de formação planetária e verificamos que o exoplaneta deve ser composto por minerais similares aos da Terra, no entanto, com um núcleo um pouco maior," explicou Diogo Souto.
A radiação que Ross 128b recebe de sua estrela é similar à que a Terra recebe do Sol porque a Ross 128 é uma anã vermelha, um tipo de estrela mais fria do que o Sol; a estrela Ross 128 tem temperatura de 2958 ºC, quase a metade do nosso Sol (5.499ºC); Ross 128b está a uma distância de 6 milhões de quilômetros de sua estrela, enquanto a Terra está a 150 milhões de quilômetros do Sol, aproximadamente.
"Um dos diferenciais entre as estrelas é a abundância dos seus elementos químicos. A composição química da estrela Ross 128 é, de certa forma, parecida com a do Sol. Neste estudo, conseguimos estudar a assinatura de oito elementos: carbono, oxigênio, magnésio, alumínio, potássio, cálcio, titânio e ferro. As proporções entre alguns destes elementos como Fe/Mg, Ca/Mg e Al/Mg são parecidas com o que observamos no Sol e na Terra, e, segundo nossa análise, também são similares ao exoplaneta Ross 128b. Com isso, temos indícios de que a formação e a composição de Ross 128b sejam parecidas com a da Terra," detalhou Diogo.
Os dados indicam que Ross 128b tem uma massa mínima 30% superior à massa terrestre, enquanto o seu raio é 10% maior que o da Terra. A razão entre a massa e o raio deste exoplaneta o coloca no grupo de planetas rochosos, assim como a Terra.
Só parecido
Mas há outras diferenças entre os dois planetas, indicando que o Ross 128b não é exatamente um gêmeo da Terra, como se apontara inicialmente: "Verificamos também que não há indicativo de um forte campo magnético em Ross 128, o que poderia reduzir as suas chances de habitabilidade," explicou Diogo.
"Embora o Ross 128 b não seja um gêmeo da Terra, e ainda há muito que não sabemos sobre seu potencial de atividade geológica, fomos capazes de reforçar o argumento de que é um planeta temperado que poderia ter água líquida em sua superfície," finalizou o pesquisador.
FONTE: ON

Bibliografia:

Stellar and Planetary Characterization of the Ross 128 Exoplanetary System from APOGEE Spectra
Diogo Souto, Cayman T. Unterborn, Verne V. Smith, Katia Cunha, Johanna Teske, Kevin Covey, Bárbara Rojas-Ayala, D. A. García-Hernández, Keivan Stassun, Olga Zamora, Thomas Masseron, J. A. Johnson, Steven R. Majewski, Henrik Jönsson, Steven Gilhool, Cullen Blake, Felipe Santana
The Astrophysical Journal
Vol.: 860 (1): L15
DOI: 10.3847/2041-8213/aac896

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Neutrino detectado no Pólo Sul veio de acelerador cósmico

Ilustração artística de um blazar, uma galáxia ativa com um buraco negro gigantesco no centro. [Imagem: DESY].


Ilustração artística de um blazar, uma galáxia ativa com um buraco negro gigantesco no centro. [Imagem: DESY].        Acelerador cósmico  À primeira vista parece mais um golpe de sorte, e dos grandes: Astrônomos capturaram um único neutrino e conseguiram identificar de onde ele veio.  Só para lembrar, o neutrino é uma partícula que virtualmente não interage com nada conhecido, podendo passar incólume por um cubo de chumbo - um metal de altíssima densidade - com uma aresta de um ano-luz, se tal coisa existisse. Assim, pescar um desses caras e ainda descobrir sua origem é um feito notável.  O neutrino veio de um acelerador cósmico localizado a 3,7 bilhões de anos-luz da Terra, um objeto celeste conhecido como blazar, um buraco negro supermassivo localizado bem no centro de uma galáxia ativa, o que compõe uma fonte de energia muito compacta e altamente variável - o objeto é conhecido como TXS 0506+056.  Ele foi detectado pelo observatório de neutrinos IceCube, instalado nas profundezas da Antártica.  Depois de encontrar fonte emissora, a equipe varreu os dados anteriores do observatório e descobriu mais uma dúzia de neutrinos com características que indicam terem vindo do mesmo lugar, o que permitiu validar a conclusão quanto ao "neutrino da sorte".  Apenas duas fontes individuais de neutrinos astrofísicos eram conhecidas até agora: O Sol e uma supernova próxima, sendo que nenhuma nova fonte havia sido descoberta nos últimos 30 anos.    Um neutrino que chega e calha de interagir com uma molécula de gelo produz uma partícula secundária, um múon, que se move à velocidade da luz no gelo, deixando um traço de luz azul - é essa luz que os sensores do IceCube captam. [Imagem: Nicolle R. Fuller/NSF/IceCube]    Fonte de neutrinos  Em 2013, o observatório de neutrinos IceCube, instalado nas profundezas do gelo perto do Pólo Sul, detectou neutrinos astrofísicos de alta energia, e desde então os astrofísicos têm procurado suas fontes.  Não bastassem os 300 pesquisadores de 49 instituições ao redor do mundo que integram a colaboração IceCube, quando detectaram o novo neutrino, eles rapidamente chamaram as equipes de todos os telescópios disponíveis, no solo e no espaço, para tentar rastrear a fonte do misterioso neutrino alienígena.  O blazar foi flagrado em um "estado cintilante" justamente quando o sinal do neutrino chegou, em setembro de 2017, com emissões brilhantes em vários comprimentos de onda. As observações foram realizadas em todo o espectro eletromagnético, das ondas de rádio aos raios gama. Ou seja, não foi mesmo sorte, foi um trabalho de detetive de dimensões galácticas.  A equipe do IceCube então pesquisou os registros de neutrinos detectados durante quase dez anos antes da detecção de 2017, encontrando um excesso de eventos de neutrinos na mesma localização do blazar, mostrando que ele vem produzindo neutrinos em múltiplas explosões.    A estrutura do IceCube, mergulhada no gelo da Antártica. No detalhe, a instalação externa do laboratório, na superfície. [Imagem: IceCube/NSF]  Astrofísica dos neutrinos  Os pesquisadores afirmam que essa detecção inaugura um novo campo na astronomia, a astrofísica dos neutrinos, que podem trazer informações importantes sobre suas fontes, sem qualquer interferência do meio em que viajam, já que dificilmente essas partículas fundamentais interagem com alguma coisa.  O próximo desafio será aprender a ler essas informações, já que detectar a chegada de um neutrino já é, por si só, uma tarefa monumental que levou décadas para ser alcançada.  Havia grande esperança de que os neutrinos dessem pistas sobre a hipotética matéria escura, mas até agora nenhum resultado positivo foi obtido.  Bibliografia:  Multimessenger observations of a flaring blazar coincident with high-energy neutrino IceCube-170922A The IceCube, Fermi-LAT, MAGIC, AGILE, ASAS-SN, HAWC, H.E.S.S, INTEGRAL, Kanata, Kiso, Kapteyn, Liverpool Telescope, Subaru, Swift/NuSTAR, VERITAS, VLA/17B-403 Science Vol.: 361, eaat1378 DOI: 10.1126/science.aat1378  Neutrino emission from the direction of the blazar TXS 0506+056 prior to the IceCube-170922A alert IceCube Collaboration Science Vol.: 361 Issue 6398 147-151 DOI: 10.1126/science.aat2890


Acelerador cósmico
À primeira vista parece mais um golpe de sorte, e dos grandes: Astrônomos capturaram um único neutrino e conseguiram identificar de onde ele veio.
Só para lembrar, o neutrino é uma partícula que virtualmente não interage com nada conhecido, podendo passar incólume por um cubo de chumbo - um metal de altíssima densidade - com uma aresta de um ano-luz, se tal coisa existisse. Assim, pescar um desses caras e ainda descobrir sua origem é um feito notável.
O neutrino veio de um acelerador cósmico localizado a 3,7 bilhões de anos-luz da Terra, um objeto celeste conhecido como blazar, um buraco negro supermassivo localizado bem no centro de uma galáxia ativa, o que compõe uma fonte de energia muito compacta e altamente variável - o objeto é conhecido como TXS 0506+056.
Ele foi detectado pelo observatório de neutrinos IceCube, instalado nas profundezas da Antártica.
Depois de encontrar fonte emissora, a equipe varreu os dados anteriores do observatório e descobriu mais uma dúzia de neutrinos com características que indicam terem vindo do mesmo lugar, o que permitiu validar a conclusão quanto ao "neutrino da sorte".
Apenas duas fontes individuais de neutrinos astrofísicos eram conhecidas até agora: O Sol e uma supernova próxima, sendo que nenhuma nova fonte havia sido descoberta nos últimos 30 anos.
Ilustração artística de um blazar, uma galáxia ativa com um buraco negro gigantesco no centro. [Imagem: DESY].        Acelerador cósmico  À primeira vista parece mais um golpe de sorte, e dos grandes: Astrônomos capturaram um único neutrino e conseguiram identificar de onde ele veio.  Só para lembrar, o neutrino é uma partícula que virtualmente não interage com nada conhecido, podendo passar incólume por um cubo de chumbo - um metal de altíssima densidade - com uma aresta de um ano-luz, se tal coisa existisse. Assim, pescar um desses caras e ainda descobrir sua origem é um feito notável.  O neutrino veio de um acelerador cósmico localizado a 3,7 bilhões de anos-luz da Terra, um objeto celeste conhecido como blazar, um buraco negro supermassivo localizado bem no centro de uma galáxia ativa, o que compõe uma fonte de energia muito compacta e altamente variável - o objeto é conhecido como TXS 0506+056.  Ele foi detectado pelo observatório de neutrinos IceCube, instalado nas profundezas da Antártica.  Depois de encontrar fonte emissora, a equipe varreu os dados anteriores do observatório e descobriu mais uma dúzia de neutrinos com características que indicam terem vindo do mesmo lugar, o que permitiu validar a conclusão quanto ao "neutrino da sorte".  Apenas duas fontes individuais de neutrinos astrofísicos eram conhecidas até agora: O Sol e uma supernova próxima, sendo que nenhuma nova fonte havia sido descoberta nos últimos 30 anos.    Um neutrino que chega e calha de interagir com uma molécula de gelo produz uma partícula secundária, um múon, que se move à velocidade da luz no gelo, deixando um traço de luz azul - é essa luz que os sensores do IceCube captam. [Imagem: Nicolle R. Fuller/NSF/IceCube]    Fonte de neutrinos  Em 2013, o observatório de neutrinos IceCube, instalado nas profundezas do gelo perto do Pólo Sul, detectou neutrinos astrofísicos de alta energia, e desde então os astrofísicos têm procurado suas fontes.  Não bastassem os 300 pesquisadores de 49 instituições ao redor do mundo que integram a colaboração IceCube, quando detectaram o novo neutrino, eles rapidamente chamaram as equipes de todos os telescópios disponíveis, no solo e no espaço, para tentar rastrear a fonte do misterioso neutrino alienígena.  O blazar foi flagrado em um "estado cintilante" justamente quando o sinal do neutrino chegou, em setembro de 2017, com emissões brilhantes em vários comprimentos de onda. As observações foram realizadas em todo o espectro eletromagnético, das ondas de rádio aos raios gama. Ou seja, não foi mesmo sorte, foi um trabalho de detetive de dimensões galácticas.  A equipe do IceCube então pesquisou os registros de neutrinos detectados durante quase dez anos antes da detecção de 2017, encontrando um excesso de eventos de neutrinos na mesma localização do blazar, mostrando que ele vem produzindo neutrinos em múltiplas explosões.    A estrutura do IceCube, mergulhada no gelo da Antártica. No detalhe, a instalação externa do laboratório, na superfície. [Imagem: IceCube/NSF]  Astrofísica dos neutrinos  Os pesquisadores afirmam que essa detecção inaugura um novo campo na astronomia, a astrofísica dos neutrinos, que podem trazer informações importantes sobre suas fontes, sem qualquer interferência do meio em que viajam, já que dificilmente essas partículas fundamentais interagem com alguma coisa.  O próximo desafio será aprender a ler essas informações, já que detectar a chegada de um neutrino já é, por si só, uma tarefa monumental que levou décadas para ser alcançada.  Havia grande esperança de que os neutrinos dessem pistas sobre a hipotética matéria escura, mas até agora nenhum resultado positivo foi obtido.  Bibliografia:  Multimessenger observations of a flaring blazar coincident with high-energy neutrino IceCube-170922A The IceCube, Fermi-LAT, MAGIC, AGILE, ASAS-SN, HAWC, H.E.S.S, INTEGRAL, Kanata, Kiso, Kapteyn, Liverpool Telescope, Subaru, Swift/NuSTAR, VERITAS, VLA/17B-403 Science Vol.: 361, eaat1378 DOI: 10.1126/science.aat1378  Neutrino emission from the direction of the blazar TXS 0506+056 prior to the IceCube-170922A alert IceCube Collaboration Science Vol.: 361 Issue 6398 147-151 DOI: 10.1126/science.aat2890
Um neutrino que chega e calha de interagir com uma molécula de gelo produz uma partícula secundária, um múon, que se move à velocidade da luz no gelo, deixando um traço de luz azul - é essa luz que os sensores do IceCube captam. [Imagem: Nicolle R. Fuller/NSF/IceCube]

Fonte de neutrinos
Em 2013, o observatório de neutrinos IceCube, instalado nas profundezas do gelo perto do Pólo Sul, detectou neutrinos astrofísicos de alta energia, e desde então os astrofísicos têm procurado suas fontes.
Não bastassem os 300 pesquisadores de 49 instituições ao redor do mundo que integram a colaboração IceCube, quando detectaram o novo neutrino, eles rapidamente chamaram as equipes de todos os telescópios disponíveis, no solo e no espaço, para tentar rastrear a fonte do misterioso neutrino alienígena.
O blazar foi flagrado em um "estado cintilante" justamente quando o sinal do neutrino chegou, em setembro de 2017, com emissões brilhantes em vários comprimentos de onda. As observações foram realizadas em todo o espectro eletromagnético, das ondas de rádio aos raios gama. Ou seja, não foi mesmo sorte, foi um trabalho de detetive de dimensões galácticas.
A equipe do IceCube então pesquisou os registros de neutrinos detectados durante quase dez anos antes da detecção de 2017, encontrando um excesso de eventos de neutrinos na mesma localização do blazar, mostrando que ele vem produzindo neutrinos em múltiplas explosões.
Ilustração artística de um blazar, uma galáxia ativa com um buraco negro gigantesco no centro. [Imagem: DESY].        Acelerador cósmico  À primeira vista parece mais um golpe de sorte, e dos grandes: Astrônomos capturaram um único neutrino e conseguiram identificar de onde ele veio.  Só para lembrar, o neutrino é uma partícula que virtualmente não interage com nada conhecido, podendo passar incólume por um cubo de chumbo - um metal de altíssima densidade - com uma aresta de um ano-luz, se tal coisa existisse. Assim, pescar um desses caras e ainda descobrir sua origem é um feito notável.  O neutrino veio de um acelerador cósmico localizado a 3,7 bilhões de anos-luz da Terra, um objeto celeste conhecido como blazar, um buraco negro supermassivo localizado bem no centro de uma galáxia ativa, o que compõe uma fonte de energia muito compacta e altamente variável - o objeto é conhecido como TXS 0506+056.  Ele foi detectado pelo observatório de neutrinos IceCube, instalado nas profundezas da Antártica.  Depois de encontrar fonte emissora, a equipe varreu os dados anteriores do observatório e descobriu mais uma dúzia de neutrinos com características que indicam terem vindo do mesmo lugar, o que permitiu validar a conclusão quanto ao "neutrino da sorte".  Apenas duas fontes individuais de neutrinos astrofísicos eram conhecidas até agora: O Sol e uma supernova próxima, sendo que nenhuma nova fonte havia sido descoberta nos últimos 30 anos.    Um neutrino que chega e calha de interagir com uma molécula de gelo produz uma partícula secundária, um múon, que se move à velocidade da luz no gelo, deixando um traço de luz azul - é essa luz que os sensores do IceCube captam. [Imagem: Nicolle R. Fuller/NSF/IceCube]    Fonte de neutrinos  Em 2013, o observatório de neutrinos IceCube, instalado nas profundezas do gelo perto do Pólo Sul, detectou neutrinos astrofísicos de alta energia, e desde então os astrofísicos têm procurado suas fontes.  Não bastassem os 300 pesquisadores de 49 instituições ao redor do mundo que integram a colaboração IceCube, quando detectaram o novo neutrino, eles rapidamente chamaram as equipes de todos os telescópios disponíveis, no solo e no espaço, para tentar rastrear a fonte do misterioso neutrino alienígena.  O blazar foi flagrado em um "estado cintilante" justamente quando o sinal do neutrino chegou, em setembro de 2017, com emissões brilhantes em vários comprimentos de onda. As observações foram realizadas em todo o espectro eletromagnético, das ondas de rádio aos raios gama. Ou seja, não foi mesmo sorte, foi um trabalho de detetive de dimensões galácticas.  A equipe do IceCube então pesquisou os registros de neutrinos detectados durante quase dez anos antes da detecção de 2017, encontrando um excesso de eventos de neutrinos na mesma localização do blazar, mostrando que ele vem produzindo neutrinos em múltiplas explosões.    A estrutura do IceCube, mergulhada no gelo da Antártica. No detalhe, a instalação externa do laboratório, na superfície. [Imagem: IceCube/NSF]  Astrofísica dos neutrinos  Os pesquisadores afirmam que essa detecção inaugura um novo campo na astronomia, a astrofísica dos neutrinos, que podem trazer informações importantes sobre suas fontes, sem qualquer interferência do meio em que viajam, já que dificilmente essas partículas fundamentais interagem com alguma coisa.  O próximo desafio será aprender a ler essas informações, já que detectar a chegada de um neutrino já é, por si só, uma tarefa monumental que levou décadas para ser alcançada.  Havia grande esperança de que os neutrinos dessem pistas sobre a hipotética matéria escura, mas até agora nenhum resultado positivo foi obtido.  Bibliografia:  Multimessenger observations of a flaring blazar coincident with high-energy neutrino IceCube-170922A The IceCube, Fermi-LAT, MAGIC, AGILE, ASAS-SN, HAWC, H.E.S.S, INTEGRAL, Kanata, Kiso, Kapteyn, Liverpool Telescope, Subaru, Swift/NuSTAR, VERITAS, VLA/17B-403 Science Vol.: 361, eaat1378 DOI: 10.1126/science.aat1378  Neutrino emission from the direction of the blazar TXS 0506+056 prior to the IceCube-170922A alert IceCube Collaboration Science Vol.: 361 Issue 6398 147-151 DOI: 10.1126/science.aat2890
A estrutura do IceCube, mergulhada no gelo da Antártica. No detalhe, a instalação externa do laboratório, na superfície. [Imagem: IceCube/NSF]
Astrofísica dos neutrinos
Os pesquisadores afirmam que essa detecção inaugura um novo campo na astronomia, a astrofísica dos neutrinos, que podem trazer informações importantes sobre suas fontes, sem qualquer interferência do meio em que viajam, já que dificilmente essas partículas fundamentais interagem com alguma coisa.
O próximo desafio será aprender a ler essas informações, já que detectar a chegada de um neutrino já é, por si só, uma tarefa monumental que levou décadas para ser alcançada.
Havia grande esperança de que os neutrinos dessem pistas sobre a hipotética matéria escura, mas até agora nenhum resultado positivo foi obtido.
Bibliografia:

Multimessenger observations of a flaring blazar coincident with high-energy neutrino IceCube-170922A
The IceCube, Fermi-LAT, MAGIC, AGILE, ASAS-SN, HAWC, H.E.S.S, INTEGRAL, Kanata, Kiso, Kapteyn, Liverpool Telescope, Subaru, Swift/NuSTAR, VERITAS, VLA/17B-403
Science
Vol.: 361, eaat1378
DOI: 10.1126/science.aat1378

Neutrino emission from the direction of the blazar TXS 0506+056 prior to the IceCube-170922A alert
IceCube Collaboration
Science
Vol.: 361 Issue 6398 147-151
DOI: 10.1126/science.aat2890

Descoberto meio de extrair energia atômica para uso em baterias.

Ilustração do efeito ENCE - excitação nuclear por captura de elétrons. Um íon com um único elétron em órbita captura um elétron incidente em uma órbita vazia. Sob as condições adequadas, esta captura transfere uma pequena quantidade de energia para o núcleo, que emite posteriormente uma quantidade muito maior de energia na forma de raios gama. [Imagem: James J. Carroll/William Parks/Eric Proctor]

Ilustração do efeito ENCE - excitação nuclear por captura de elétrons. Um íon com um único elétron em órbita captura um elétron incidente em uma órbita vazia. Sob as condições adequadas, esta captura transfere uma pequena quantidade de energia para o núcleo, que emite posteriormente uma quantidade muito maior de energia na forma de raios gama. [Imagem: James J. Carroll/William Parks/Eric Proctor]        Excitação nuclear por captura de elétrons  Depois de décadas de trabalho, finalmente se comprovou na prática que existe de fato uma forma mais amena e mais segura para extrair energia do núcleo dos átomos.  Talvez não dê para substituir as atuais centrais nucleares por algo menos arriscado, mas dá para pensar em novos tipos de baterias atômicas eficientes e seguras.  No início deste ano, Christopher Chiara e uma equipe da Austrália, EUA e Polônia demonstrou na prática uma teoria proposta há mais de 40 anos, que propunha que radioisótopos podem armazenar energia em materiais não fissionáveis - uma energia nuclear sem fissão nuclear.  Explorando uma classe não química de materiais, eles usaram um isótopo específico de molibdênio para demonstrar que a energia pode ser armazenada em uma forma excitada desses núcleos, energização esta que dura cerca de sete horas, e que a energia pode ser liberada em uma escala de tempo muito menor por um novo processo envolvendo as "conchas" atômicas em torno desse núcleo - uma outra maneira de se referir aos níveis de energia dos orbitais eletrônicos.  Criando um "buraco" nessa concha atômica, um elétron livre que cai na concha transfere a quantidade exata de energia - uma quantidade muito pequena - para o núcleo e, como um interruptor, causa uma liberação controlada da energia maior armazenada.  O processo ficou conhecido como ENCE - "excitação nuclear por captura de elétrons" (ou NEEC: nuclear excitation by electron capture).  Energia nuclear sem radiação gerada com disparo de elétrons A equipe suíça estabeleceu como usar pulsos de raios X para gerar os elétrons capazes de extrair a energia dos núcleos não fissionáveis. [Imagem: G. M. Vanacore et al. - 10.1038/s41467-018-05021-x] Disparos de elétrons para gerar energia  Agora, Giovanni Vanacore e seus colegas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, desvendaram a mecânica do processo em uma escala temporal de attossegundos - 1 attossegundo equivale a 10-18 segundo.  Ainda que esse experimento por si só seja inédito, a equipe definiu como criar flashes de elétrons em intervalos de tempo ainda menores, de zeptossegundos (10-21segundos), usando tecnologia já existente, para aumentar o rendimento energético das reações nucleares e extrair sua energia.  "Em termos ideais, o que se quer fazer é induzir instabilidades em um núcleo de outra forma estável ou metaestável para provocar decaimentos produtores de energia, ou para gerar radiação," explicou Fabrizio Carbone, membro da equipe. "No entanto, o acesso aos núcleos é difícil e energeticamente caro por causa da camada protetora de elétrons em torno dele".  Os pulsos de zeptossegundos, contudo, resolvem essa dificuldade, estabelecendo um modo de explorar e coletar as várias ordens de grandeza de energia presente no núcleo de um átomo através do controle coerente do efeito ENCE (excitação nuclear por captura de elétrons).  "Nosso esquema de controle coerente com pulsos de elétrons ultracurtos pode oferecer uma nova perspectiva para a manipulação das reações nucleares com potenciais implicações em vários campos, da física fundamental às aplicações relacionadas à energia," concluiu a equipe em seu artigo.  Bibliografia:  Attosecond coherent control of free-electron wave functions using semi-infinite light fields Giovanni Maria Vanacore, I. Madan, G. Berruto, K. Wang, E. Pomarico, R. J. Lamb, D. McGrouther, I. Kaminer, B. Barwick, F. Javier García de Abajo, F. Carbone Nature Communications Vol.: 9, Article number: 2694 DOI: 10.1038/s41467-018-05021-x  Isomer depletion as experimental evidence of nuclear excitation by electron capture Christopher J. Chiara, James J. Carroll, M. P. Carpenter, J. P. Greene, D. J. Hartley, R. V. F. Janssens, G. J. Lane, Jarrod C. Marsh, D. A. Matters, M. Polasik, J. Rzadkiewicz, D. Seweryniak, S. Zhu, S. Bottoni, A. B. Hayes, S. A. Karamian Nature Vol.: 554, pages 216-218 DOI: 10.1038/nature25483

Excitação nuclear por captura de elétrons
Depois de décadas de trabalho, finalmente se comprovou na prática que existe de fato uma forma mais amena e mais segura para extrair energia do núcleo dos átomos.
Talvez não dê para substituir as atuais centrais nucleares por algo menos arriscado, mas dá para pensar em novos tipos de baterias atômicas eficientes e seguras.
No início deste ano, Christopher Chiara e uma equipe da Austrália, EUA e Polônia demonstrou na prática uma teoria proposta há mais de 40 anos, que propunha que radioisótopos podem armazenar energia em materiais não fissionáveis - uma energia nuclear sem fissão nuclear.
Explorando uma classe não química de materiais, eles usaram um isótopo específico de molibdênio para demonstrar que a energia pode ser armazenada em uma forma excitada desses núcleos, energização esta que dura cerca de sete horas, e que a energia pode ser liberada em uma escala de tempo muito menor por um novo processo envolvendo as "conchas" atômicas em torno desse núcleo - uma outra maneira de se referir aos níveis de energia dos orbitais eletrônicos.
Criando um "buraco" nessa concha atômica, um elétron livre que cai na concha transfere a quantidade exata de energia - uma quantidade muito pequena - para o núcleo e, como um interruptor, causa uma liberação controlada da energia maior armazenada.
O processo ficou conhecido como ENCE - "excitação nuclear por captura de elétrons" (ou NEEC: nuclear excitation by electron capture).
Energia nuclear sem radiação gerada com disparo de elétrons Ilustração do efeito ENCE - excitação nuclear por captura de elétrons. Um íon com um único elétron em órbita captura um elétron incidente em uma órbita vazia. Sob as condições adequadas, esta captura transfere uma pequena quantidade de energia para o núcleo, que emite posteriormente uma quantidade muito maior de energia na forma de raios gama. [Imagem: James J. Carroll/William Parks/Eric Proctor]        Excitação nuclear por captura de elétrons  Depois de décadas de trabalho, finalmente se comprovou na prática que existe de fato uma forma mais amena e mais segura para extrair energia do núcleo dos átomos.  Talvez não dê para substituir as atuais centrais nucleares por algo menos arriscado, mas dá para pensar em novos tipos de baterias atômicas eficientes e seguras.  No início deste ano, Christopher Chiara e uma equipe da Austrália, EUA e Polônia demonstrou na prática uma teoria proposta há mais de 40 anos, que propunha que radioisótopos podem armazenar energia em materiais não fissionáveis - uma energia nuclear sem fissão nuclear.  Explorando uma classe não química de materiais, eles usaram um isótopo específico de molibdênio para demonstrar que a energia pode ser armazenada em uma forma excitada desses núcleos, energização esta que dura cerca de sete horas, e que a energia pode ser liberada em uma escala de tempo muito menor por um novo processo envolvendo as "conchas" atômicas em torno desse núcleo - uma outra maneira de se referir aos níveis de energia dos orbitais eletrônicos.  Criando um "buraco" nessa concha atômica, um elétron livre que cai na concha transfere a quantidade exata de energia - uma quantidade muito pequena - para o núcleo e, como um interruptor, causa uma liberação controlada da energia maior armazenada.  O processo ficou conhecido como ENCE - "excitação nuclear por captura de elétrons" (ou NEEC: nuclear excitation by electron capture).  Energia nuclear sem radiação gerada com disparo de elétrons A equipe suíça estabeleceu como usar pulsos de raios X para gerar os elétrons capazes de extrair a energia dos núcleos não fissionáveis. [Imagem: G. M. Vanacore et al. - 10.1038/s41467-018-05021-x] Disparos de elétrons para gerar energia  Agora, Giovanni Vanacore e seus colegas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, desvendaram a mecânica do processo em uma escala temporal de attossegundos - 1 attossegundo equivale a 10-18 segundo.  Ainda que esse experimento por si só seja inédito, a equipe definiu como criar flashes de elétrons em intervalos de tempo ainda menores, de zeptossegundos (10-21segundos), usando tecnologia já existente, para aumentar o rendimento energético das reações nucleares e extrair sua energia.  "Em termos ideais, o que se quer fazer é induzir instabilidades em um núcleo de outra forma estável ou metaestável para provocar decaimentos produtores de energia, ou para gerar radiação," explicou Fabrizio Carbone, membro da equipe. "No entanto, o acesso aos núcleos é difícil e energeticamente caro por causa da camada protetora de elétrons em torno dele".  Os pulsos de zeptossegundos, contudo, resolvem essa dificuldade, estabelecendo um modo de explorar e coletar as várias ordens de grandeza de energia presente no núcleo de um átomo através do controle coerente do efeito ENCE (excitação nuclear por captura de elétrons).  "Nosso esquema de controle coerente com pulsos de elétrons ultracurtos pode oferecer uma nova perspectiva para a manipulação das reações nucleares com potenciais implicações em vários campos, da física fundamental às aplicações relacionadas à energia," concluiu a equipe em seu artigo.  Bibliografia:  Attosecond coherent control of free-electron wave functions using semi-infinite light fields Giovanni Maria Vanacore, I. Madan, G. Berruto, K. Wang, E. Pomarico, R. J. Lamb, D. McGrouther, I. Kaminer, B. Barwick, F. Javier García de Abajo, F. Carbone Nature Communications Vol.: 9, Article number: 2694 DOI: 10.1038/s41467-018-05021-x  Isomer depletion as experimental evidence of nuclear excitation by electron capture Christopher J. Chiara, James J. Carroll, M. P. Carpenter, J. P. Greene, D. J. Hartley, R. V. F. Janssens, G. J. Lane, Jarrod C. Marsh, D. A. Matters, M. Polasik, J. Rzadkiewicz, D. Seweryniak, S. Zhu, S. Bottoni, A. B. Hayes, S. A. Karamian Nature Vol.: 554, pages 216-218 DOI: 10.1038/nature25483
A equipe suíça estabeleceu como usar pulsos de raios X para gerar os elétrons capazes de extrair a energia dos núcleos não fissionáveis. [Imagem: G. M. Vanacore et al. - 10.1038/s41467-018-05021-x]
Disparos de elétrons para gerar energia
Agora, Giovanni Vanacore e seus colegas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, desvendaram a mecânica do processo em uma escala temporal de attossegundos - 1 attossegundo equivale a 10-18 segundo.
Ainda que esse experimento por si só seja inédito, a equipe definiu como criar flashes de elétrons em intervalos de tempo ainda menores, de zeptossegundos (10-21segundos), usando tecnologia já existente, para aumentar o rendimento energético das reações nucleares e extrair sua energia.
"Em termos ideais, o que se quer fazer é induzir instabilidades em um núcleo de outra forma estável ou metaestável para provocar decaimentos produtores de energia, ou para gerar radiação," explicou Fabrizio Carbone, membro da equipe. "No entanto, o acesso aos núcleos é difícil e energeticamente caro por causa da camada protetora de elétrons em torno dele".
Os pulsos de zeptossegundos, contudo, resolvem essa dificuldade, estabelecendo um modo de explorar e coletar as várias ordens de grandeza de energia presente no núcleo de um átomo através do controle coerente do efeito ENCE (excitação nuclear por captura de elétrons).
"Nosso esquema de controle coerente com pulsos de elétrons ultracurtos pode oferecer uma nova perspectiva para a manipulação das reações nucleares com potenciais implicações em vários campos, da física fundamental às aplicações relacionadas à energia," concluiu a equipe em seu artigo.
Bibliografia:

Attosecond coherent control of free-electron wave functions using semi-infinite light fields
Giovanni Maria Vanacore, I. Madan, G. Berruto, K. Wang, E. Pomarico, R. J. Lamb, D. McGrouther, I. Kaminer, B. Barwick, F. Javier García de Abajo, F. Carbone
Nature Communications
Vol.: 9, Article number: 2694
DOI: 10.1038/s41467-018-05021-x

Isomer depletion as experimental evidence of nuclear excitation by electron capture
Christopher J. Chiara, James J. Carroll, M. P. Carpenter, J. P. Greene, D. J. Hartley, R. V. F. Janssens, G. J. Lane, Jarrod C. Marsh, D. A. Matters, M. Polasik, J. Rzadkiewicz, D. Seweryniak, S. Zhu, S. Bottoni, A. B. Hayes, S. A. Karamian
Nature
Vol.: 554, pages 216-218
DOI: 10.1038/nature25483

domingo, 29 de julho de 2018

Satélite espacial TESS inicia operações científicas.

Agora sim, podemos dizer que uma nova era na caça a exoplanetas começou. O Transiting Exoplanet Survey Satélite da NASA, ou TESS começou buscar por planetas ao redor das estrelas próximas do Sol, as operações científicas do TESS começaram oficialmente no dia 25 de Julho de 2018. Espera-se que a missão TESS transmita a primeira série de dados científicos para a Terra em Agosto de 2018, e depois disso, essa transmissão de dados acontecerá a cada 13.5 dias, uma vez por órbita, quando a sonda faz sua maior aproximação da Terra. A equipe de ciência da missão TESS começará a buscar nos dados por novos planetas imediatamente depois que os primeiros dados chegarem. “Estou entusiasmado que nossa nova missão para caçar exoplanetas está pronta para começar a vasculhar a vizinhança próxima do Sistema Solar, atrás de novos mundos”, disse Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica da NASA, na sede da agência em Washington. “Agora, que nós sabemos que existem mais planetas do que estrelas no nosso universo, aguardo ansioso os mundos estranhos e fantásticos que estamos próximos de descobrir”.  O TESS é o satélite da NASA mais recente para pesquisar por planetas fora do Sistema Solar, os chamados exoplanetas. A missão irá gastar os próximos dois anos monitorando as estrelas mais próximas e mais brilhantes, procurando por quedas periódicas na curva de luz delas. Esses eventos, chamados de trânsito, sugerem que um planeta pode estar passando em frente da estrela. Espera-se que a missão TESS encontre milhares de planetas usando esse método, alguns deles que potencialmente podem suportar a vida. A missão TESS é uma missão do programa NASA Astrophysics Explorer, liderado e operado pelo MIT em Cambridge, Massachusetts, e gerenciado pelo Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. O Dr. George Ricker, do KAvli Institute for Astrophysics and Space Research do MIT, é o principal pesquisador da missão. Entre os parceiros adicionais, pode-se citar, a Northrop Grumman, baseada em Falls Church, na Virginia; O Ames Research Center da NASA no Vale do Silício, Califórnia, o Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics em Cambridge, Massachusetts, o Lincoln Laboratory do MIT em Lexington, Massachustts, e o Space Telescope Science Institute em Baltimore. Além disso universidades, institutos de pesquisas e observatórios do mundo todo, participam da missão.


Agora sim, podemos dizer que uma nova era na caça a exoplanetas começou. O Transiting Exoplanet Survey Satélite da NASA, ou TESS começou buscar por planetas ao redor das estrelas próximas do Sol, as operações científicas do TESS começaram oficialmente no dia 25 de Julho de 2018. Espera-se que a missão TESS transmita a primeira série de dados científicos para a Terra em Agosto de 2018, e depois disso, essa transmissão de dados acontecerá a cada 13.5 dias, uma vez por órbita, quando a sonda faz sua maior aproximação da Terra. A equipe de ciência da missão TESS começará a buscar nos dados por novos planetas imediatamente depois que os primeiros dados chegarem. “Estou entusiasmado que nossa nova missão para caçar exoplanetas está pronta para começar a vasculhar a vizinhança próxima do Sistema Solar, atrás de novos mundos”, disse Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica da NASA, na sede da agência em Washington. “Agora, que nós sabemos que existem mais planetas do que estrelas no nosso universo, aguardo ansioso os mundos estranhos e fantásticos que estamos próximos de descobrir”.

O TESS é o satélite da NASA mais recente para pesquisar por planetas fora do Sistema Solar, os chamados exoplanetas. A missão irá gastar os próximos dois anos monitorando as estrelas mais próximas e mais brilhantes, procurando por quedas periódicas na curva de luz delas. Esses eventos, chamados de trânsito, sugerem que um planeta pode estar passando em frente da estrela. Espera-se que a missão TESS encontre milhares de planetas usando esse método, alguns deles que potencialmente podem suportar a vida. A missão TESS é uma missão do programa NASA Astrophysics Explorer, liderado e operado pelo MIT em Cambridge, Massachusetts, e gerenciado pelo Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. O Dr. George Ricker, do KAvli Institute for Astrophysics and Space Research do MIT, é o principal pesquisador da missão. Entre os parceiros adicionais, pode-se citar, a Northrop Grumman, baseada em Falls Church, na Virginia; O Ames Research Center da NASA no Vale do Silício, Califórnia, o Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics em Cambridge, Massachusetts, o Lincoln Laboratory do MIT em Lexington, Massachustts, e o Space Telescope Science Institute em Baltimore. Além disso universidades, institutos de pesquisas e observatórios do mundo todo, participam da missão.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Fluoreto, uma neurotoxina na água.

Fluoreto oficialmente classificado como uma neurotoxina no jornal médico de maior prestígio do mundo, o The Lancet.  Evidências de como o flúor afeta negativamente nossa saúde vem aumentando em ritmo acelerado nos últimos anos. As pessoas esperam que, ao conscientizá-lo para isso, consigamos remover o fluoreto de sódio do suprimento de água do mundo.  Um grande passo foi dado aqui recentemente. Na revista médica mais prestigiada. Um conhecido como The Lancet. o fluoreto foi finalmente classificado como uma neurotoxina cem por cento. Isso coloca na mesma categoria de coisas como chumbo, arsênico e mercúrio.  Esta notícia foi divulgada pelo autor Stefan Smyle, que realmente citou um relatório que havia sido publicado no The Lancet Neurology, volume 13, edição 3 para ser exato na edição de março de 2014. Neste, os autores afirmaram que muitas dessas neurotoxinas permanecem desconhecidas em todo o mundo. Eles observaram que muitas crianças estão sendo afetadas por deficiências do neurodesenvolvimento causadas por essas neurotoxinas. Esses autores descobriram que, embora o flúor em nosso suprimento de água seja uma das principais causas de um problema, há também uma outra causa importante: o flúor também pode ser encontrado em marcas de chá muito processadas que são cultivadas em áreas provavelmente excessivamente poluídas.  Esses autores descobriram que, embora o flúor em nossos suprimentos de água seja uma das principais causas e problemas, há também uma outra causa importante: o flúor também pode ser encontrado em marcas de chá altamente processadas que são cultivadas em áreas provavelmente excessivamente poluídas.  A maioria dos pais evita completamente a pasta de dente fluoretada e está entrando na onda natural para ajudar a garantir a segurança de suas famílias. Uma boa marca natural é conhecida como pasta de terra para aqueles que podem não estar cientes disso. Se você quiser ficar longe de creme dental fluoretado, sugiro usá-lo ou fazer o seu próprio. Vou incluir um vídeo no final sobre como fazer pasta de dentes natural sem flúor.  Flúor e Câncer  O fluoreto é adicionado ao nosso suprimento de água em toda a América do Norte, mas na maioria dos outros países o fluoreto é proibido. Por que é isso? Porque o flúor é extremamente perigoso para a nossa saúde. O flúor na nossa água potável tem sido associado a muitos tipos diferentes de câncer. Se você ainda não o fez, filtrar o flúor na água é uma obrigação se quiser ajudar a si mesmo e sua família a permanecerem saudáveis.  The Lancet - Efeitos neurocomportamentais da toxicidade do desenvolvimento.  Autor Dr. Philippe Grandjean  Deficiências no desenvolvimento neurológico, incluindo autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, dislexia e outras deficiências cognitivas, afetam milhões de crianças em todo o mundo, e alguns diagnósticos parecem estar aumentando em frequência. Produtos químicos industriais que prejudicam o cérebro em desenvolvimento estão entre as causas conhecidas para esse aumento na prevalência. Em 2006, fizemos uma revisão sistemática e identificamos cinco produtos químicos industriais como neurotóxicos de desenvolvimento: chumbo, metilmercúrio, bifenilos policlorados, arsênico e tolueno. Desde 2006, estudos epidemiológicos documentaram seis neurotóxicos adicionais para o desenvolvimento - manganês, flúor, clorpirifós, diclorodifeniltricloroetano, tetracloroetileno e os éteres difenílicos polibromados. Nós postulamos que ainda mais neurotóxicos permanecem desconhecidos. Para controlar a pandemia da neurotoxicidade do desenvolvimento, propomos uma estratégia global de prevenção. Substâncias químicas não testadas não devem ser consideradas seguras para o desenvolvimento do cérebro, e os produtos químicos no uso existente e todos os novos produtos químicos devem, portanto, ser testados quanto à neurotoxicidade do desenvolvimento. Para coordenar esses esforços e acelerar a tradução da ciência para a prevenção, propomos a formação urgente de uma nova câmara internacional.  Fonte: http://www.thelancet.com/journals/laneur/article/PIIS1474-4422%2813%2970278-3/fulltext#article_upsell  Fontes da matéria: http://awarenessact.com/fluoride-officially-classified-as-a-neurotoxin-in-worlds-top-medical-journals/?=wuw  http://www.healthy-holistic-living.com/fluoride-officially-classified-neurotoxin-worlds-prestigious-medical-journal.html  The Guardian: Água com Flúor causa Câncer. https://www.theguardian.com/society/2005/jun/12/medicineandhealth.genderissues  Outras fontes:  [1] Woffinden, B. (2005, 11 de junho). Água com flúor 'causa câncer'. Obtido de https://www.theguardian.com/society/2005/jun/12/medicineandhealth.genderissues  [2] Mercola, J., Dr. (2013, 28 de janeiro). Estudo de Harvard confirma que o flúor reduz o QI das crianças. Obtido de http://www.huffingtonpost.com/dr-mercola/fluoride_b_2479833.html  [3] Rede de ação de flúor. (nd) Câncer. Obtido de http://fluoridealert.org/issues/health/cancer/  [4] Johnston, P. (2014, 25 de março). Fluoreto: Exatamente quando você pensou que era seguro beber a água ... Retirado de http://www.telegraph.co.uk/lifestyle/wellbeing/healthadvice/10722701/Fluoride-Just-when-you-thought-it-

Fluoreto oficialmente classificado como uma neurotoxina no jornal médico de maior prestígio do mundo, o The Lancet.

Evidências de como o flúor afeta negativamente nossa saúde vem aumentando em ritmo acelerado nos últimos anos. As pessoas esperam que, ao conscientizá-lo para isso, consigamos remover o fluoreto de sódio do suprimento de água do mundo.

Um grande passo foi dado aqui recentemente. Na
revista médica mais prestigiada. Um conhecido como The Lancet. o fluoreto foi finalmente classificado como uma neurotoxina cem por cento. Isso coloca na mesma categoria de coisas como chumbo, arsênico e mercúrio.

Esta notícia foi divulgada pelo autor Stefan Smyle, que realmente citou um relatório que havia sido publicado no The Lancet Neurology, volume 13, edição 3 para ser exato na edição de março de 2014. Neste, os autores afirmaram que muitas dessas neurotoxinas permanecem desconhecidas em todo o mundo. Eles observaram que muitas crianças estão sendo afetadas por deficiências do neurodesenvolvimento causadas por essas neurotoxinas. Esses autores descobriram que, embora o flúor em nosso suprimento de água seja uma das principais causas de um problema, há também uma outra causa importante: o flúor também pode ser encontrado em marcas de chá muito processadas que são cultivadas em áreas provavelmente excessivamente poluídas.

Esses autores descobriram que, embora o flúor em nossos suprimentos de água seja uma das principais causas e problemas, há também uma outra causa importante: o flúor também pode ser encontrado em marcas de chá altamente processadas que são cultivadas em áreas provavelmente excessivamente poluídas.

A maioria dos pais evita completamente a pasta de dente fluoretada e está entrando na onda natural para ajudar a garantir a segurança de suas famílias. Uma boa marca natural é conhecida como pasta de terra para aqueles que podem não estar cientes disso. Se você quiser ficar longe de creme dental fluoretado, sugiro usá-lo ou fazer o seu próprio. Vou incluir um vídeo no final sobre como fazer pasta de dentes natural sem flúor.

Flúor e Câncer

O fluoreto é adicionado ao nosso suprimento de água em toda a América do Norte, mas na maioria dos outros países o fluoreto é proibido. Por que é isso? Porque o flúor é extremamente perigoso para a nossa saúde. O flúor na nossa água potável tem sido associado a muitos tipos diferentes de câncer. Se você ainda não o fez, filtrar o flúor na água é uma obrigação se quiser ajudar a si mesmo e sua família a permanecerem saudáveis.

The Lancet -
Efeitos neurocomportamentais da toxicidade do desenvolvimento.

Autor Dr. Philippe Grandjean

Deficiências no desenvolvimento neurológico, incluindo autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, dislexia e outras deficiências cognitivas, afetam milhões de crianças em todo o mundo, e alguns diagnósticos parecem estar aumentando em frequência. Produtos químicos industriais que prejudicam o cérebro em desenvolvimento estão entre as causas conhecidas para esse aumento na prevalência. Em 2006, fizemos uma revisão sistemática e identificamos cinco produtos químicos industriais como neurotóxicos de desenvolvimento: chumbo, metilmercúrio, bifenilos policlorados, arsênico e tolueno. Desde 2006, estudos epidemiológicos documentaram seis neurotóxicos adicionais para o desenvolvimento - manganês, flúor, clorpirifós, diclorodifeniltricloroetano, tetracloroetileno e os éteres difenílicos polibromados. Nós postulamos que ainda mais neurotóxicos permanecem desconhecidos. Para controlar a pandemia da neurotoxicidade do desenvolvimento, propomos uma estratégia global de prevenção. Substâncias químicas não testadas não devem ser consideradas seguras para o desenvolvimento do cérebro, e os produtos químicos no uso existente e todos os novos produtos químicos devem, portanto, ser testados quanto à neurotoxicidade do desenvolvimento. Para coordenar esses esforços e acelerar a tradução da ciência para a prevenção, propomos a formação urgente de uma nova câmara internacional.


Fonte:
http://www.thelancet.com/journals/laneur/article/PIIS1474-4422%2813%2970278-3/fulltext#article_upsell

Fontes da matéria:
http://awarenessact.com/fluoride-officially-classified-as-a-neurotoxin-in-worlds-top-medical-journals/?=wuw

http://www.healthy-holistic-living.com/fluoride-officially-classified-neurotoxin-worlds-prestigious-medical-journal.html

The Guardian: Água com Flúor causa Câncer.
https://www.theguardian.com/society/2005/jun/12/medicineandhealth.genderissues

Outras fontes:

[1] Woffinden, B. (2005, 11 de junho). Água com flúor 'causa câncer'. Obtido de https://www.theguardian.com/society/2005/jun/12/medicineandhealth.genderissues

[2] Mercola, J., Dr. (2013, 28 de janeiro). Estudo de Harvard confirma que o flúor reduz o QI das crianças. Obtido de http://www.huffingtonpost.com/dr-mercola/fluoride_b_2479833.html

[3] Rede de ação de flúor. (nd) Câncer. Obtido dehttp://fluoridealert.org/issues/health/cancer/

[4] Johnston, P. (2014, 25 de março). Fluoreto: Exatamente quando você pensou que era seguro beber a água ... Retirado de http://www.telegraph.co.uk/lifestyle/wellbeing/healthadvice/10722701/Fluoride-Just-when-you-thought-it-

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