sábado, 25 de abril de 2020

Pesquisa mostra que luz do sol mata coronavírus rapidamente em superfícies e no ar

 Pesquisa norte-americana vai testar reação do coronavírus diante de diversas superfícies    Uma pesquisa do setor de ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Nacional (DHS) dos Estados Unidos apontou que altas temperaturas, umidade e luz do sol matam o coronavírus presente em gotículas de saliva em superfícies não-porosas e no ar.    “Nossa observação mais impactante é sobre o efeito poderoso da luz solar parece ter para matar o vírus em superfícies e no ar”, afirmou Bill Bryan, do DHS. “Vimos efeito similar também ao aumentarmos temperaturas e umidade, o que acaba criando um ambiente menos favorável para o vírus.”  As descobertas foram reveladas em coletiva de imprensa na quinta-feira (23), em ação conjunta do DHS e a força-tarefa da Casa Branca.  O estudo descobriu que o novo coronavírus morre mais rapidamente quando na presença da luz direta do sol, e sobrevive melhor em condições de confinamento.  A pesquisa ainda apontou que água sanitária e outros desinfetantes também matam o vírus rapidamente.  O DHS continuará a analisar as gotículas contaminadas e como elas reagem em diferentes ambientes e substâncias.  FONTE: JOVEM PAN
Pesquisa norte-americana vai testar reação do coronavírus diante de diversas superfícies
VIA: JOVEM PAN

Uma pesquisa do setor de ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Nacional (DHS) dos Estados Unidos apontou que altas temperaturas, umidade e luz do sol matam o coronavírus presente em gotículas de saliva em superfícies não-porosas e no ar.

“Nossa observação mais impactante é sobre o efeito poderoso da luz solar parece ter para matar o vírus em superfícies e no ar”, afirmou Bill Bryan, do DHS. “Vimos efeito similar também ao aumentarmos temperaturas e umidade, o que acaba criando um ambiente menos favorável para o vírus.”
As descobertas foram reveladas em coletiva de imprensa na quinta-feira (23), em ação conjunta do DHS e a força-tarefa da Casa Branca.
O estudo descobriu que o novo coronavírus morre mais rapidamente quando na presença da luz direta do sol, e sobrevive melhor em condições de confinamento.
A pesquisa ainda apontou que água sanitária e outros desinfetantes também matam o vírus rapidamente.
O DHS continuará a analisar as gotículas contaminadas e como elas reagem em diferentes ambientes e substâncias.
FONTE: JOVEM PAN 

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Instituto do Butantan vai desenvolver anticorpos para tratamento do coronavírus

 Plataforma utilizada para produzir anticorpos monoclonais contra tétano e zika será empregada para desenvolvimento de um fármaco capaz de tratar a doença causada pelo novo coronavírus    Um grupo de pesquisadores do Instituto Butantan trabalha no desenvolvimento de um produto composto por anticorpos para combater o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Os anticorpos monoclonais neutralizantes, como são chamados, serão selecionados de células de defesa (células B) do sangue de pessoas que se curaram da COVID-19. A ideia é encontrar uma ou mais dessas proteínas com a capacidade de se ligar ao vírus com eficiência e neutralizá-lo. As moléculas mais promissoras poderão, então, ser produzidas em larga escala e usadas no tratamento da doença.  Coordenado pela pesquisadora Ana Maria Moro e apoiado pela FAPESP, o projeto utiliza uma plataforma criada para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais (mAbs) humanos para diferentes doenças, que está em fase avançada para obtenção de anticorpos monoclonais para o tratamento de zika e tétano.  “Começamos a desenvolver essa plataforma em 2012 com os mAbs humanos antitetânicos, com apoio da FAPESP, e identificamos uma composição de três anticorpos que neutralizam a toxina do tétano. Depois, estabelecemos um acordo com a Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, sob coordenação de Michel Nussenzweig, para gerar linhagens celulares para mAbs antizika, que foram identificados no seu laboratório durante a epidemia da doença, em 2015. São dois mAbs neutralizantes que poderão ser usados na proteção de gestantes em caso de retorno da circulação desse vírus. É um processo longo, mas já estamos começando o trabalho com o novo coronavírus”, disse Moro à Agência FAPESP.  O trabalho segue um princípio parecido com o da transferência passiva de imunidade – técnica que consiste na transfusão de plasma sanguíneo de pessoas curadas da COVID-19, que também está sendo desenvolvida no Brasil.  O plasma – parte líquida do sangue – de pessoas que se curaram da COVID-19 é naturalmente rico em anticorpos contra a doença. Ao entrar na corrente sanguínea de uma pessoa doente, essas proteínas começam imediatamente a combater o novo coronavírus.  No entanto, ainda não se sabe exatamente quais anticorpos estão combatendo o microrganismo. Além disso, diferentes doadores podem ter quantidades maiores ou menores dos chamados anticorpos neutralizantes, que não só reconhecem como eliminam o vírus. A técnica de transferência passiva de imunidade depende ainda de constantes doações de plasma para manter os estoques.  “No caso dos anticorpos monoclonais, um líquido composto por um ou mais anticorpos selecionados entre os mais eficientes é produzido em larga escala, de forma recombinante, por cultivos celulares no que chamamos de biorreatores”, explica a pesquisadora.  Atualmente, existem mais de 70 biofármacos à base de anticorpos monoclonais aprovados para uso clínico no mundo. A maioria é voltada ao tratamento do câncer e doenças autoimunes e vários, mais novos, para outras condições, como o combate ao vírus ebola. Há ainda centenas de produtos em diferentes estágios de ensaio clínico.  Recrutamento de convalescentes  Plataforma utilizada para produzir anticorpos monoclonais contra tétano e zika será empregada para desenvolvimento de um fármaco capaz de tratar a doença causada pelo novo coronavírus  A primeira parte do trabalho é o recrutamento de voluntários convalescentes da COVID-19, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), onde Moro também atua como professora, e com a Rede Vírus (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações). Com o sangue coletado dos voluntários, os pesquisadores realizarão uma série de processos de biologia molecular a fim de identificar, nos linfócitos B, as sequências de genes que expressam os anticorpos neutralizantes.  Cada anticorpo será então caracterizado quanto à sua ação perante o vírus, como capacidade de ligação, especificidade e afinidade, reatividade cruzada com outros anticorpos e capacidade de neutralização.  Entre um e três anticorpos que tiverem maior eficiência nesses critérios serão então testados em animais. No caso do vírus zika, um anticorpo apenas havia sido selecionado devido à sua capacidade neutralizante. Quando testado em animais, porém, ele sozinho não deu conta de suprimir o vírus pelo mecanismo de escape viral. Foi então agregado um segundo anticorpo, que, em conjunto com o anterior, mostrou-se efetivo. No caso do tétano, foram três anticorpos selecionados para a terapia contra a toxina causadora da doença.  Identificados os genes, a etapa seguinte consiste na transfecção dos que produzem os anticorpos mais promissores em células para gerar as linhagens recombinantes permanentes. No desenvolvimento da linhagem celular, são produzidos muitos clones, que são isolados, caracterizados quanto às propriedades celulares (crescimento, viabilidade, produtividade) e do anticorpo expresso pela ação esperada (ligação, afinidade, capacidade de neutralização)  Os resultados são levados em consideração para selecionar os melhores clones, que podem ser produzidos em larga escala num biorreator para, então, serem levados aos ensaios pré-clínicos e clínicos. Agência FAPESP
Plataforma utilizada para produzir anticorpos monoclonais contra tétano e zika será empregada para desenvolvimento de um fármaco capaz de tratar a doença causada pelo novo coronavírus

Um grupo de pesquisadores do Instituto Butantan trabalha no desenvolvimento de um produto composto por anticorpos para combater o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Os anticorpos monoclonais neutralizantes, como são chamados, serão selecionados de células de defesa (células B) do sangue de pessoas que se curaram da COVID-19. A ideia é encontrar uma ou mais dessas proteínas com a capacidade de se ligar ao vírus com eficiência e neutralizá-lo. As moléculas mais promissoras poderão, então, ser produzidas em larga escala e usadas no tratamento da doença.
Coordenado pela pesquisadora Ana Maria Moro e apoiado pela FAPESP, o projeto utiliza uma plataforma criada para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais (mAbs) humanos para diferentes doenças, que está em fase avançada para obtenção de anticorpos monoclonais para o tratamento de zika e tétano.
“Começamos a desenvolver essa plataforma em 2012 com os mAbs humanos antitetânicos, com apoio da FAPESP, e identificamos uma composição de três anticorpos que neutralizam a toxina do tétano. Depois, estabelecemos um acordo com a Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, sob coordenação de Michel Nussenzweig, para gerar linhagens celulares para mAbs antizika, que foram identificados no seu laboratório durante a epidemia da doença, em 2015. São dois mAbs neutralizantes que poderão ser usados na proteção de gestantes em caso de retorno da circulação desse vírus. É um processo longo, mas já estamos começando o trabalho com o novo coronavírus”, disse Moro à Agência FAPESP.
O trabalho segue um princípio parecido com o da transferência passiva de imunidade – técnica que consiste na transfusão de plasma sanguíneo de pessoas curadas da COVID-19, que também está sendo desenvolvida no Brasil.
O plasma – parte líquida do sangue – de pessoas que se curaram da COVID-19 é naturalmente rico em anticorpos contra a doença. Ao entrar na corrente sanguínea de uma pessoa doente, essas proteínas começam imediatamente a combater o novo coronavírus.
No entanto, ainda não se sabe exatamente quais anticorpos estão combatendo o microrganismo. Além disso, diferentes doadores podem ter quantidades maiores ou menores dos chamados anticorpos neutralizantes, que não só reconhecem como eliminam o vírus. A técnica de transferência passiva de imunidade depende ainda de constantes doações de plasma para manter os estoques.
“No caso dos anticorpos monoclonais, um líquido composto por um ou mais anticorpos selecionados entre os mais eficientes é produzido em larga escala, de forma recombinante, por cultivos celulares no que chamamos de biorreatores”, explica a pesquisadora.
Atualmente, existem mais de 70 biofármacos à base de anticorpos monoclonais aprovados para uso clínico no mundo. A maioria é voltada ao tratamento do câncer e doenças autoimunes e vários, mais novos, para outras condições, como o combate ao vírus ebola. Há ainda centenas de produtos em diferentes estágios de ensaio clínico.
Recrutamento de convalescentes
Plataforma utilizada para produzir anticorpos monoclonais contra tétano e zika será empregada para desenvolvimento de um fármaco capaz de tratar a doença causada pelo novo coronavírus
A primeira parte do trabalho é o recrutamento de voluntários convalescentes da COVID-19, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), onde Moro também atua como professora, e com a Rede Vírus (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações). Com o sangue coletado dos voluntários, os pesquisadores realizarão uma série de processos de biologia molecular a fim de identificar, nos linfócitos B, as sequências de genes que expressam os anticorpos neutralizantes.
Cada anticorpo será então caracterizado quanto à sua ação perante o vírus, como capacidade de ligação, especificidade e afinidade, reatividade cruzada com outros anticorpos e capacidade de neutralização.
Entre um e três anticorpos que tiverem maior eficiência nesses critérios serão então testados em animais. No caso do vírus zika, um anticorpo apenas havia sido selecionado devido à sua capacidade neutralizante. Quando testado em animais, porém, ele sozinho não deu conta de suprimir o vírus pelo mecanismo de escape viral. Foi então agregado um segundo anticorpo, que, em conjunto com o anterior, mostrou-se efetivo. No caso do tétano, foram três anticorpos selecionados para a terapia contra a toxina causadora da doença.
Identificados os genes, a etapa seguinte consiste na transfecção dos que produzem os anticorpos mais promissores em células para gerar as linhagens recombinantes permanentes. No desenvolvimento da linhagem celular, são produzidos muitos clones, que são isolados, caracterizados quanto às propriedades celulares (crescimento, viabilidade, produtividade) e do anticorpo expresso pela ação esperada (ligação, afinidade, capacidade de neutralização)
Os resultados são levados em consideração para selecionar os melhores clones, que podem ser produzidos em larga escala num biorreator para, então, serem levados aos ensaios pré-clínicos e clínicos.

Texto por André Julião | Agência FAPESP

NASA descobre exoplaneta em zona habitável

Uma equipe de cientistas, usando dados reanalisados do telescópio espacial Kepler da NASA, descobriu um exoplaneta do tamanho da Terra orbitando na zona habitável de sua estrela, ao redor de uma estrela onde um planeta rochoso poderia suportar água líquida.  Os cientistas descobriram este planeta, chamado Kepler-1649c, ao examinar observações antigas do Kepler, que a agência retirou em 2018. Enquanto pesquisas anteriores com um algoritmo de computador o identificaram erroneamente, os pesquisadores que revisavam os dados do Kepler deram uma segunda olhada nos dados e o reconheceram como um planeta. De todos os exoplanetas encontrados por Kepler, este mundo distante - localizado a 300 anos-luz da Terra - é mais semelhante ao tamanho e temperatura estimada da Terra. Este mundo recém-revelado é apenas 1,06 vezes maior que o nosso próprio planeta. Além disso, a quantidade de luz estelar que recebe de sua estrela hospedeira é de 75% da quantidade de luz que a Terra recebe de nosso Sol - o que significa que a temperatura do exoplaneta também pode ser semelhante à do nosso planeta. Mas, diferentemente da Terra, ela orbita uma anã vermelha. Embora nada tenha sido observado neste sistema, esse tipo de estrela é conhecido por explosões estelares que podem tornar o ambiente de um planeta desafiador para qualquer vida em potencial. "Este mundo distante e intrigante nos dá uma esperança ainda maior de que uma segunda Terra esteja entre as estrelas, esperando para ser encontrada", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da NASA em Washington. "Os dados coletados por missões como Kepler e o satélite de pesquisa em trânsito do Exoplanet (TESS) continuará a produzir descobertas surpreendentes, à medida que a comunidade científica aprimora suas habilidades de procurar planetas promissores ano após ano."

Uma equipe de cientistas, usando dados reanalisados do telescópio espacial Kepler da NASA, descobriu um exoplaneta do tamanho da Terra orbitando na zona habitável de sua estrela, ao redor de uma estrela onde um planeta rochoso poderia suportar água líquida.

Os cientistas descobriram este planeta, chamado Kepler-1649c, ao examinar observações antigas do Kepler, que a agência retirou em 2018. Enquanto pesquisas anteriores com um algoritmo de computador o identificaram erroneamente, os pesquisadores que revisavam os dados do Kepler deram uma segunda olhada nos dados e o reconheceram como um planeta. De todos os exoplanetas encontrados por Kepler, este mundo distante - localizado a 300 anos-luz da Terra - é mais semelhante ao tamanho e temperatura estimada da Terra.

Este mundo recém-revelado é apenas 1,06 vezes maior que o nosso próprio planeta. Além disso, a quantidade de luz estelar que recebe de sua estrela hospedeira é de 75% da quantidade de luz que a Terra recebe de nosso Sol - o que significa que a temperatura do exoplaneta também pode ser semelhante à do nosso planeta. Mas, diferentemente da Terra, ela orbita uma anã vermelha. Embora nada tenha sido observado neste sistema, esse tipo de estrela é conhecido por explosões estelares que podem tornar o ambiente de um planeta desafiador para qualquer vida em potencial. "Este mundo distante e intrigante nos dá uma esperança ainda maior de que uma segunda Terra esteja entre as estrelas, esperando para ser encontrada", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da NASA em Washington. "Os dados coletados por missões como Kepler e o satélite de pesquisa em trânsito do Exoplanet (TESS) continuará a produzir descobertas surpreendentes, à medida que a comunidade científica aprimora suas habilidades de procurar planetas promissores ano após ano."


FONTE: NASA

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