domingo, 17 de maio de 2020

Maior buraco na camada de ozônio já visto sobre o Ártico se fechou

Ele ficou aberto durante um mês e surgiu devido a um vórtice polar. Entenda.

Ele ficou aberto durante um mês e surgiu devido a um vórtice polar. Entenda.   (Copernicus data (2020), processed by DLR/BIRA/ESA/Superinteressante)    Há nove anos que um buraco na camada de ozônio de grandes proporções não surgia sobre o Ártico. Mas, no final de março, ele não só reapareceu como também estava no maior tamanho já visto, com quase um milhão de quilômetros quadrados. Por sorte, de acordo com pesquisadores do Serviço de Monitoramento de Atmosfera Copernicus (CAMS) da União Europeia, esse gigante do tamanho de três Groenlândias acabou de se fechar naturalmente.   A camada de ozônio serve como barreira para os raios ultravioletas, provenientes do Sol. Esses raios são associados a problemas graves de saúde, como o câncer de pele e problemas de visão, por isso a exposição direta a eles é tão perigosa. A destruição dessa camada protetora geralmente está relacionada com a poluição emitida por nós, seres humanos – mas nesse caso, o fenômeno que ocorreu no Ártico foi um pouco diferente.   A abertura foi causada por um grande redemoinho de ventos com temperaturas extremamente baixas chamado vórtice polar. Quando isso ocorre, várias nuvens de alta altitude são formadas na região. Elas acabam se misturando com poluentes artificiais, como os clorofluorcarbonetos (CFCs), e corroem o gás ozônio que nos protege.   Apesar de os CFCs terem sido proibidos no Protocolo de Montreal em 1987, os países desenvolvidos tinham o limite de bani-los totalmente até 1996, enquanto os países em desenvolvimento estavam com o prazo para 2010. No Brasil, isso só ocorreu em 2007. Além disso, nem todos respeitaram as regras. Em 2018, foi divulgado em relatório feito pela Environmental Investigation Agency que a China ainda usava CFCs em algumas de suas fábricas de forma ilegal. Os CFCs são compostos muito estáveis e que demoram anos para se decompor. Por esse motivo, ainda há resquícios dessa substância proibida na atmosfera.  Mas, como já era previsto pelos pesquisadores, o buraco se fechou sozinho após um mês. Isso porque o vórtice se dividiu, abrindo caminho para o ar rico em ozônio se restabelecer sobre o Polo Norte. No gif publicado pela CAMS em seu twitter, é possível entender melhor o movimento seguido pelo redemoinho.   Vídeo incorporado  A Agência Espacial Europeia (ESA) relatou que esse tipo de evento é raro no Polo Norte, porque a região não tem as condições de temperatura adequadas para isso, em torno de 80 ºC negativos. O Polo Norte é mais quente que o Polo Sul pois se encontra no nível do mar, e o oceano funciona como um reservatório de calor. Enquanto isso, o Polo Sul está 2.800 metros acima do nível do mar, e quanto maior a altitude, menor a temperatura.  O vórtice é um fenômeno anual no Polo Sul e ocorre durante o outono (de março a junho). Lá, o buraco na camada de ozônio pode atingir 25 milhões de quilômetros quadrados e durar os três meses que percorrem a estação. Mas, de acordo com uma avaliação feita pela Organização Meteorológica Mundial, esse buraco pode estar diminuindo. Eles registraram as mudanças ocorridas desde a década de 2000 e constataram uma diminuição de 1% a 3% para cada década passada. Fatores como a proibição dos CFCs podem justificar a hipótese.  FONTE: DLR/BIRA/ESA/Superinteressante
(Copernicus data (2020), processed by DLR/BIRA/ESA/Superinteressante)

Há nove anos que um buraco na camada de ozônio de grandes proporções não surgia sobre o Ártico. Mas, no final de março, ele não só reapareceu como também estava no maior tamanho já visto, com quase um milhão de quilômetros quadrados. Por sorte, de acordo com pesquisadores do Serviço de Monitoramento de Atmosfera Copernicus (CAMS) da União Europeia, esse gigante do tamanho de três Groenlândias acabou de se fechar naturalmente. 
A camada de ozônio serve como barreira para os raios ultravioletas, provenientes do Sol. Esses raios são associados a problemas graves de saúde, como o câncer de pele e problemas de visão, por isso a exposição direta a eles é tão perigosa. A destruição dessa camada protetora geralmente está relacionada com a poluição emitida por nós, seres humanos – mas nesse caso, o fenômeno que ocorreu no Ártico foi um pouco diferente. 
A abertura foi causada por um grande redemoinho de ventos com temperaturas extremamente baixas chamado vórtice polar. Quando isso ocorre, várias nuvens de alta altitude são formadas na região. Elas acabam se misturando com poluentes artificiais, como os clorofluorcarbonetos (CFCs), e corroem o gás ozônio que nos protege.
Apesar de os CFCs terem sido proibidos no Protocolo de Montreal em 1987, os países desenvolvidos tinham o limite de bani-los totalmente até 1996, enquanto os países em desenvolvimento estavam com o prazo para 2010. No Brasil, isso só ocorreu em 2007. Além disso, nem todos respeitaram as regras. Em 2018, foi divulgado em relatório feito pela Environmental Investigation Agency que a China ainda usava CFCs em algumas de suas fábricas de forma ilegal. Os CFCs são compostos muito estáveis e que demoram anos para se decompor. Por esse motivo, ainda há resquícios dessa substância proibida na atmosfera.
Mas, como já era previsto pelos pesquisadores, o buraco se fechou sozinho após um mês. Isso porque o vórtice se dividiu, abrindo caminho para o ar rico em ozônio se restabelecer sobre o Polo Norte. No gif publicado pela CAMS em seu twitter, é possível entender melhor o movimento seguido pelo redemoinho. 
Ele ficou aberto durante um mês e surgiu devido a um vórtice polar. Entenda.   (Copernicus data (2020), processed by DLR/BIRA/ESA/Superinteressante)    Há nove anos que um buraco na camada de ozônio de grandes proporções não surgia sobre o Ártico. Mas, no final de março, ele não só reapareceu como também estava no maior tamanho já visto, com quase um milhão de quilômetros quadrados. Por sorte, de acordo com pesquisadores do Serviço de Monitoramento de Atmosfera Copernicus (CAMS) da União Europeia, esse gigante do tamanho de três Groenlândias acabou de se fechar naturalmente.   A camada de ozônio serve como barreira para os raios ultravioletas, provenientes do Sol. Esses raios são associados a problemas graves de saúde, como o câncer de pele e problemas de visão, por isso a exposição direta a eles é tão perigosa. A destruição dessa camada protetora geralmente está relacionada com a poluição emitida por nós, seres humanos – mas nesse caso, o fenômeno que ocorreu no Ártico foi um pouco diferente.   A abertura foi causada por um grande redemoinho de ventos com temperaturas extremamente baixas chamado vórtice polar. Quando isso ocorre, várias nuvens de alta altitude são formadas na região. Elas acabam se misturando com poluentes artificiais, como os clorofluorcarbonetos (CFCs), e corroem o gás ozônio que nos protege.   Apesar de os CFCs terem sido proibidos no Protocolo de Montreal em 1987, os países desenvolvidos tinham o limite de bani-los totalmente até 1996, enquanto os países em desenvolvimento estavam com o prazo para 2010. No Brasil, isso só ocorreu em 2007. Além disso, nem todos respeitaram as regras. Em 2018, foi divulgado em relatório feito pela Environmental Investigation Agency que a China ainda usava CFCs em algumas de suas fábricas de forma ilegal. Os CFCs são compostos muito estáveis e que demoram anos para se decompor. Por esse motivo, ainda há resquícios dessa substância proibida na atmosfera.  Mas, como já era previsto pelos pesquisadores, o buraco se fechou sozinho após um mês. Isso porque o vórtice se dividiu, abrindo caminho para o ar rico em ozônio se restabelecer sobre o Polo Norte. No gif publicado pela CAMS em seu twitter, é possível entender melhor o movimento seguido pelo redemoinho.   Vídeo incorporado  A Agência Espacial Europeia (ESA) relatou que esse tipo de evento é raro no Polo Norte, porque a região não tem as condições de temperatura adequadas para isso, em torno de 80 ºC negativos. O Polo Norte é mais quente que o Polo Sul pois se encontra no nível do mar, e o oceano funciona como um reservatório de calor. Enquanto isso, o Polo Sul está 2.800 metros acima do nível do mar, e quanto maior a altitude, menor a temperatura.  O vórtice é um fenômeno anual no Polo Sul e ocorre durante o outono (de março a junho). Lá, o buraco na camada de ozônio pode atingir 25 milhões de quilômetros quadrados e durar os três meses que percorrem a estação. Mas, de acordo com uma avaliação feita pela Organização Meteorológica Mundial, esse buraco pode estar diminuindo. Eles registraram as mudanças ocorridas desde a década de 2000 e constataram uma diminuição de 1% a 3% para cada década passada. Fatores como a proibição dos CFCs podem justificar a hipótese.  FONTE: DLR/BIRA/ESA/Superinteressante
A Agência Espacial Europeia (ESA) relatou que esse tipo de evento é raro no Polo Norte, porque a região não tem as condições de temperatura adequadas para isso, em torno de 80 ºC negativos. O Polo Norte é mais quente que o Polo Sul pois se encontra no nível do mar, e o oceano funciona como um reservatório de calor. Enquanto isso, o Polo Sul está 2.800 metros acima do nível do mar, e quanto maior a altitude, menor a temperatura.
O vórtice é um fenômeno anual no Polo Sul e ocorre durante o outono (de março a junho). Lá, o buraco na camada de ozônio pode atingir 25 milhões de quilômetros quadrados e durar os três meses que percorrem a estação. Mas, de acordo com uma avaliação feita pela Organização Meteorológica Mundial, esse buraco pode estar diminuindo. Eles registraram as mudanças ocorridas desde a década de 2000 e constataram uma diminuição de 1% a 3% para cada década passada. Fatores como a proibição dos CFCs podem justificar a hipótese.
FONTE: DLR/BIRA/ESA/Superinteressante

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Descoberto buraco negro mais próximo da Terra

Descoberto buraco negro mais próximo da Terra Esta concepção artística mostra as órbitas dos objetos no sistema estelar triplo HR 6819. Este sistema é composto por um binário interior com uma estrela (órbita azul) e um buraco negro recentemente descoberto (órbita vermelha), assim como por uma terceira estrela numa órbita mais afastada (também azul). [Imagem: ESO/L. Calçada]    Buraco negro mais próximo da Terra    Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) descobriu um buraco negro situado a apenas 1.000 anos-luz de distância da Terra.  O corpo celeste encontra-se mais próximo do nosso Sistema Solar do que qualquer outro buraco negro encontrado até agora e faz parte de um sistema triplo que pode ser visto a olho nu. A equipe afirma que este sistema pode ser apenas a ponta do iceberg, já que muitos outros buracos negros semelhantes poderão ser descobertos.  "Ficamos bastante surpresos quando percebemos que este é o primeiro sistema estelar com um buraco negro que podemos observar a olho nu," disse Petr Hadrava, da Academia de Ciências da República Tcheca.  Localizado na constelação do Telescópio, o sistema se encontra tão próximo de nós que suas estrelas podem ser vistas do Hemisfério Sul em uma noite escura e clara sem binóculos ou telescópio.  Como se descobre um buraco negro  A equipe observou originalmente o sistema, chamado HR 6819, como parte de um estudo de sistemas de estrelas duplas.  No entanto as observações revelaram que uma das duas estrelas visíveis orbitava um objeto invisível com um período de 40 dias, enquanto a segunda estrela se encontrava a maior distância desse par interno. Como nenhum outro corpo celeste foi encontrado lá, durante meses de observação, a conclusão é que se trata de um buraco negro.  Se a conclusão estiver correta, o buraco negro escondido no binário HR 6819 seria um dos primeiros buracos negros estelares descoberto que não interage violentamente com o meio que o circunda e, portanto, parece ser verdadeiramente negro, não emitindo outro tipo de radiação, como acontece quando os buracos negros engolem massa ao seu redor.  Apesar disso, a equipe conseguiu detectar a sua presença e calcular a sua massa ao estudar a órbita da estrela do par interno. "Um objeto invisível com uma massa de pelo menos 4 vezes a massa do Sol, só pode ser um buraco negro," concluiu Thomas Rivinius, que liderou as observações.  Descoberto buraco negro mais próximo da Terra  Este mapa mostra a localização do sistema triplo HR 6819 na constelação do Telescópio, onde se encontra o buraco negro mais próximo da Terra descoberto até agora. [Imagem: ESO/IAU/Sky & Telescope]    Buracos negros na Via Láctea  Até agora, os astrônomos descobriram apenas cerca de duas dúzias de buracos negros na nossa galáxia, quase todos em interação violenta com o seu meio envolvente e dando provas da sua presença pela forte emissão de raios X.  No entanto, os cientistas estimam que, durante todo o tempo que a Via Láctea já existiu, muitas estrelas devem ter colapsado sob a forma de buracos negros no final das suas vidas.  A descoberta de um buraco negro "silencioso e invisível" no sistema HR 6819 fornece pistas sobre onde podem estar esses muitos buracos negros ocultos na Via Láctea. "Deve haver centenas de milhões de buracos negros, mas nós apenas conhecemos alguns. Saber o que procurar nos dá agora uma melhor oportunidade de os encontrar," disse Rivinius.  Os astrônomos acreditam também que sua descoberta poderia lançar alguma luz sobre um segundo sistema que eles vêm observando há algum tempo.  "Acreditamos que outro sistema, chamado LB-1, também possa ser um sistema triplo deste tipo, apesar de necessitarmos de mais observações para ter certeza," disse Marianne Heida, membro da equipe. "O LB-1 se encontra um pouco mais afastado da Terra, mas ainda está bastante próximo em termos astronômicos, o que significa que provavelmente existem muitos destes sistemas. Encontrá-los e estudá-los nos dá a oportunidade de aprender bastante sobre a formação e evolução das estrelas raras que começam as suas vidas com mais de cerca de 8 vezes a massa do Sol e terminam as suas vidas numa explosão de supernova, deixando como resto um buraco negro."  FONTE: ESO  Bibliografia:  Artigo: A naked-eye triple system with a nonaccreting black hole in the inner binary Autores: Thomas Rivinius, Dietrich Baade, Petr Hadrava, Marianne Heida, R. Klement Revista: Astronomy & Astrophysics Vol.: 637, L3 DOI: 10.1051/0004-6361/202038020
Esta concepção artística mostra as órbitas dos objetos no sistema estelar triplo HR 6819. Este sistema é composto por um binário interior com uma estrela (órbita azul) e um buraco negro recentemente descoberto (órbita vermelha), assim como por uma terceira estrela numa órbita mais afastada (também azul).
[Imagem: ESO/L. Calçada]



Buraco negro mais próximo da Terra

Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) descobriu um buraco negro situado a apenas 1.000 anos-luz de distância da Terra.
O corpo celeste encontra-se mais próximo do nosso Sistema Solar do que qualquer outro buraco negro encontrado até agora e faz parte de um sistema triplo que pode ser visto a olho nu. A equipe afirma que este sistema pode ser apenas a ponta do iceberg, já que muitos outros buracos negros semelhantes poderão ser descobertos.
"Ficamos bastante surpresos quando percebemos que este é o primeiro sistema estelar com um buraco negro que podemos observar a olho nu," disse Petr Hadrava, da Academia de Ciências da República Tcheca.
Localizado na constelação do Telescópio, o sistema se encontra tão próximo de nós que suas estrelas podem ser vistas do Hemisfério Sul em uma noite escura e clara sem binóculos ou telescópio.
Como se descobre um buraco negro
A equipe observou originalmente o sistema, chamado HR 6819, como parte de um estudo de sistemas de estrelas duplas.
No entanto as observações revelaram que uma das duas estrelas visíveis orbitava um objeto invisível com um período de 40 dias, enquanto a segunda estrela se encontrava a maior distância desse par interno. Como nenhum outro corpo celeste foi encontrado lá, durante meses de observação, a conclusão é que se trata de um buraco negro.
Se a conclusão estiver correta, o buraco negro escondido no binário HR 6819 seria um dos primeiros buracos negros estelares descoberto que não interage violentamente com o meio que o circunda e, portanto, parece ser verdadeiramente negro, não emitindo outro tipo de radiação, como acontece quando os buracos negros engolem massa ao seu redor.
Apesar disso, a equipe conseguiu detectar a sua presença e calcular a sua massa ao estudar a órbita da estrela do par interno. "Um objeto invisível com uma massa de pelo menos 4 vezes a massa do Sol, só pode ser um buraco negro," concluiu Thomas Rivinius, que liderou as observações.
Descoberto buraco negro mais próximo da Terra Esta concepção artística mostra as órbitas dos objetos no sistema estelar triplo HR 6819. Este sistema é composto por um binário interior com uma estrela (órbita azul) e um buraco negro recentemente descoberto (órbita vermelha), assim como por uma terceira estrela numa órbita mais afastada (também azul). [Imagem: ESO/L. Calçada]    Buraco negro mais próximo da Terra    Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) descobriu um buraco negro situado a apenas 1.000 anos-luz de distância da Terra.  O corpo celeste encontra-se mais próximo do nosso Sistema Solar do que qualquer outro buraco negro encontrado até agora e faz parte de um sistema triplo que pode ser visto a olho nu. A equipe afirma que este sistema pode ser apenas a ponta do iceberg, já que muitos outros buracos negros semelhantes poderão ser descobertos.  "Ficamos bastante surpresos quando percebemos que este é o primeiro sistema estelar com um buraco negro que podemos observar a olho nu," disse Petr Hadrava, da Academia de Ciências da República Tcheca.  Localizado na constelação do Telescópio, o sistema se encontra tão próximo de nós que suas estrelas podem ser vistas do Hemisfério Sul em uma noite escura e clara sem binóculos ou telescópio.  Como se descobre um buraco negro  A equipe observou originalmente o sistema, chamado HR 6819, como parte de um estudo de sistemas de estrelas duplas.  No entanto as observações revelaram que uma das duas estrelas visíveis orbitava um objeto invisível com um período de 40 dias, enquanto a segunda estrela se encontrava a maior distância desse par interno. Como nenhum outro corpo celeste foi encontrado lá, durante meses de observação, a conclusão é que se trata de um buraco negro.  Se a conclusão estiver correta, o buraco negro escondido no binário HR 6819 seria um dos primeiros buracos negros estelares descoberto que não interage violentamente com o meio que o circunda e, portanto, parece ser verdadeiramente negro, não emitindo outro tipo de radiação, como acontece quando os buracos negros engolem massa ao seu redor.  Apesar disso, a equipe conseguiu detectar a sua presença e calcular a sua massa ao estudar a órbita da estrela do par interno. "Um objeto invisível com uma massa de pelo menos 4 vezes a massa do Sol, só pode ser um buraco negro," concluiu Thomas Rivinius, que liderou as observações.  Descoberto buraco negro mais próximo da Terra  Este mapa mostra a localização do sistema triplo HR 6819 na constelação do Telescópio, onde se encontra o buraco negro mais próximo da Terra descoberto até agora. [Imagem: ESO/IAU/Sky & Telescope]    Buracos negros na Via Láctea  Até agora, os astrônomos descobriram apenas cerca de duas dúzias de buracos negros na nossa galáxia, quase todos em interação violenta com o seu meio envolvente e dando provas da sua presença pela forte emissão de raios X.  No entanto, os cientistas estimam que, durante todo o tempo que a Via Láctea já existiu, muitas estrelas devem ter colapsado sob a forma de buracos negros no final das suas vidas.  A descoberta de um buraco negro "silencioso e invisível" no sistema HR 6819 fornece pistas sobre onde podem estar esses muitos buracos negros ocultos na Via Láctea. "Deve haver centenas de milhões de buracos negros, mas nós apenas conhecemos alguns. Saber o que procurar nos dá agora uma melhor oportunidade de os encontrar," disse Rivinius.  Os astrônomos acreditam também que sua descoberta poderia lançar alguma luz sobre um segundo sistema que eles vêm observando há algum tempo.  "Acreditamos que outro sistema, chamado LB-1, também possa ser um sistema triplo deste tipo, apesar de necessitarmos de mais observações para ter certeza," disse Marianne Heida, membro da equipe. "O LB-1 se encontra um pouco mais afastado da Terra, mas ainda está bastante próximo em termos astronômicos, o que significa que provavelmente existem muitos destes sistemas. Encontrá-los e estudá-los nos dá a oportunidade de aprender bastante sobre a formação e evolução das estrelas raras que começam as suas vidas com mais de cerca de 8 vezes a massa do Sol e terminam as suas vidas numa explosão de supernova, deixando como resto um buraco negro."  FONTE: ESO  Bibliografia:  Artigo: A naked-eye triple system with a nonaccreting black hole in the inner binary Autores: Thomas Rivinius, Dietrich Baade, Petr Hadrava, Marianne Heida, R. Klement Revista: Astronomy & Astrophysics Vol.: 637, L3 DOI: 10.1051/0004-6361/202038020
Este mapa mostra a localização do sistema triplo HR 6819 na constelação do Telescópio, onde se encontra o buraco negro mais próximo da Terra descoberto até agora.
[Imagem: ESO/IAU/Sky & Telescope]

Buracos negros na Via Láctea
Até agora, os astrônomos descobriram apenas cerca de duas dúzias de buracos negros na nossa galáxia, quase todos em interação violenta com o seu meio envolvente e dando provas da sua presença pela forte emissão de raios X.
No entanto, os cientistas estimam que, durante todo o tempo que a Via Láctea já existiu, muitas estrelas devem ter colapsado sob a forma de buracos negros no final das suas vidas.
A descoberta de um buraco negro "silencioso e invisível" no sistema HR 6819 fornece pistas sobre onde podem estar esses muitos buracos negros ocultos na Via Láctea. "Deve haver centenas de milhões de buracos negros, mas nós apenas conhecemos alguns. Saber o que procurar nos dá agora uma melhor oportunidade de os encontrar," disse Rivinius.
Os astrônomos acreditam também que sua descoberta poderia lançar alguma luz sobre um segundo sistema que eles vêm observando há algum tempo.
"Acreditamos que outro sistema, chamado LB-1, também possa ser um sistema triplo deste tipo, apesar de necessitarmos de mais observações para ter certeza," disse Marianne Heida, membro da equipe. "O LB-1 se encontra um pouco mais afastado da Terra, mas ainda está bastante próximo em termos astronômicos, o que significa que provavelmente existem muitos destes sistemas. Encontrá-los e estudá-los nos dá a oportunidade de aprender bastante sobre a formação e evolução das estrelas raras que começam as suas vidas com mais de cerca de 8 vezes a massa do Sol e terminam as suas vidas numa explosão de supernova, deixando como resto um buraco negro."
FONTE: ESO
Bibliografia:

Artigo: A naked-eye triple system with a nonaccreting black hole in the inner binary
Autores: Thomas Rivinius, Dietrich Baade, Petr Hadrava, Marianne Heida, R. Klement
Revista: Astronomy & Astrophysics
Vol.: 637, L3
DOI: 10.1051/0004-6361/202038020

sábado, 25 de abril de 2020

Pesquisa mostra que luz do sol mata coronavírus rapidamente em superfícies e no ar

 Pesquisa norte-americana vai testar reação do coronavírus diante de diversas superfícies    Uma pesquisa do setor de ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Nacional (DHS) dos Estados Unidos apontou que altas temperaturas, umidade e luz do sol matam o coronavírus presente em gotículas de saliva em superfícies não-porosas e no ar.    “Nossa observação mais impactante é sobre o efeito poderoso da luz solar parece ter para matar o vírus em superfícies e no ar”, afirmou Bill Bryan, do DHS. “Vimos efeito similar também ao aumentarmos temperaturas e umidade, o que acaba criando um ambiente menos favorável para o vírus.”  As descobertas foram reveladas em coletiva de imprensa na quinta-feira (23), em ação conjunta do DHS e a força-tarefa da Casa Branca.  O estudo descobriu que o novo coronavírus morre mais rapidamente quando na presença da luz direta do sol, e sobrevive melhor em condições de confinamento.  A pesquisa ainda apontou que água sanitária e outros desinfetantes também matam o vírus rapidamente.  O DHS continuará a analisar as gotículas contaminadas e como elas reagem em diferentes ambientes e substâncias.  FONTE: JOVEM PAN
Pesquisa norte-americana vai testar reação do coronavírus diante de diversas superfícies
VIA: JOVEM PAN

Uma pesquisa do setor de ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Nacional (DHS) dos Estados Unidos apontou que altas temperaturas, umidade e luz do sol matam o coronavírus presente em gotículas de saliva em superfícies não-porosas e no ar.

“Nossa observação mais impactante é sobre o efeito poderoso da luz solar parece ter para matar o vírus em superfícies e no ar”, afirmou Bill Bryan, do DHS. “Vimos efeito similar também ao aumentarmos temperaturas e umidade, o que acaba criando um ambiente menos favorável para o vírus.”
As descobertas foram reveladas em coletiva de imprensa na quinta-feira (23), em ação conjunta do DHS e a força-tarefa da Casa Branca.
O estudo descobriu que o novo coronavírus morre mais rapidamente quando na presença da luz direta do sol, e sobrevive melhor em condições de confinamento.
A pesquisa ainda apontou que água sanitária e outros desinfetantes também matam o vírus rapidamente.
O DHS continuará a analisar as gotículas contaminadas e como elas reagem em diferentes ambientes e substâncias.
FONTE: JOVEM PAN 

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Instituto do Butantan vai desenvolver anticorpos para tratamento do coronavírus

 Plataforma utilizada para produzir anticorpos monoclonais contra tétano e zika será empregada para desenvolvimento de um fármaco capaz de tratar a doença causada pelo novo coronavírus    Um grupo de pesquisadores do Instituto Butantan trabalha no desenvolvimento de um produto composto por anticorpos para combater o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Os anticorpos monoclonais neutralizantes, como são chamados, serão selecionados de células de defesa (células B) do sangue de pessoas que se curaram da COVID-19. A ideia é encontrar uma ou mais dessas proteínas com a capacidade de se ligar ao vírus com eficiência e neutralizá-lo. As moléculas mais promissoras poderão, então, ser produzidas em larga escala e usadas no tratamento da doença.  Coordenado pela pesquisadora Ana Maria Moro e apoiado pela FAPESP, o projeto utiliza uma plataforma criada para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais (mAbs) humanos para diferentes doenças, que está em fase avançada para obtenção de anticorpos monoclonais para o tratamento de zika e tétano.  “Começamos a desenvolver essa plataforma em 2012 com os mAbs humanos antitetânicos, com apoio da FAPESP, e identificamos uma composição de três anticorpos que neutralizam a toxina do tétano. Depois, estabelecemos um acordo com a Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, sob coordenação de Michel Nussenzweig, para gerar linhagens celulares para mAbs antizika, que foram identificados no seu laboratório durante a epidemia da doença, em 2015. São dois mAbs neutralizantes que poderão ser usados na proteção de gestantes em caso de retorno da circulação desse vírus. É um processo longo, mas já estamos começando o trabalho com o novo coronavírus”, disse Moro à Agência FAPESP.  O trabalho segue um princípio parecido com o da transferência passiva de imunidade – técnica que consiste na transfusão de plasma sanguíneo de pessoas curadas da COVID-19, que também está sendo desenvolvida no Brasil.  O plasma – parte líquida do sangue – de pessoas que se curaram da COVID-19 é naturalmente rico em anticorpos contra a doença. Ao entrar na corrente sanguínea de uma pessoa doente, essas proteínas começam imediatamente a combater o novo coronavírus.  No entanto, ainda não se sabe exatamente quais anticorpos estão combatendo o microrganismo. Além disso, diferentes doadores podem ter quantidades maiores ou menores dos chamados anticorpos neutralizantes, que não só reconhecem como eliminam o vírus. A técnica de transferência passiva de imunidade depende ainda de constantes doações de plasma para manter os estoques.  “No caso dos anticorpos monoclonais, um líquido composto por um ou mais anticorpos selecionados entre os mais eficientes é produzido em larga escala, de forma recombinante, por cultivos celulares no que chamamos de biorreatores”, explica a pesquisadora.  Atualmente, existem mais de 70 biofármacos à base de anticorpos monoclonais aprovados para uso clínico no mundo. A maioria é voltada ao tratamento do câncer e doenças autoimunes e vários, mais novos, para outras condições, como o combate ao vírus ebola. Há ainda centenas de produtos em diferentes estágios de ensaio clínico.  Recrutamento de convalescentes  Plataforma utilizada para produzir anticorpos monoclonais contra tétano e zika será empregada para desenvolvimento de um fármaco capaz de tratar a doença causada pelo novo coronavírus  A primeira parte do trabalho é o recrutamento de voluntários convalescentes da COVID-19, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), onde Moro também atua como professora, e com a Rede Vírus (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações). Com o sangue coletado dos voluntários, os pesquisadores realizarão uma série de processos de biologia molecular a fim de identificar, nos linfócitos B, as sequências de genes que expressam os anticorpos neutralizantes.  Cada anticorpo será então caracterizado quanto à sua ação perante o vírus, como capacidade de ligação, especificidade e afinidade, reatividade cruzada com outros anticorpos e capacidade de neutralização.  Entre um e três anticorpos que tiverem maior eficiência nesses critérios serão então testados em animais. No caso do vírus zika, um anticorpo apenas havia sido selecionado devido à sua capacidade neutralizante. Quando testado em animais, porém, ele sozinho não deu conta de suprimir o vírus pelo mecanismo de escape viral. Foi então agregado um segundo anticorpo, que, em conjunto com o anterior, mostrou-se efetivo. No caso do tétano, foram três anticorpos selecionados para a terapia contra a toxina causadora da doença.  Identificados os genes, a etapa seguinte consiste na transfecção dos que produzem os anticorpos mais promissores em células para gerar as linhagens recombinantes permanentes. No desenvolvimento da linhagem celular, são produzidos muitos clones, que são isolados, caracterizados quanto às propriedades celulares (crescimento, viabilidade, produtividade) e do anticorpo expresso pela ação esperada (ligação, afinidade, capacidade de neutralização)  Os resultados são levados em consideração para selecionar os melhores clones, que podem ser produzidos em larga escala num biorreator para, então, serem levados aos ensaios pré-clínicos e clínicos. Agência FAPESP
Plataforma utilizada para produzir anticorpos monoclonais contra tétano e zika será empregada para desenvolvimento de um fármaco capaz de tratar a doença causada pelo novo coronavírus

Um grupo de pesquisadores do Instituto Butantan trabalha no desenvolvimento de um produto composto por anticorpos para combater o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Os anticorpos monoclonais neutralizantes, como são chamados, serão selecionados de células de defesa (células B) do sangue de pessoas que se curaram da COVID-19. A ideia é encontrar uma ou mais dessas proteínas com a capacidade de se ligar ao vírus com eficiência e neutralizá-lo. As moléculas mais promissoras poderão, então, ser produzidas em larga escala e usadas no tratamento da doença.
Coordenado pela pesquisadora Ana Maria Moro e apoiado pela FAPESP, o projeto utiliza uma plataforma criada para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais (mAbs) humanos para diferentes doenças, que está em fase avançada para obtenção de anticorpos monoclonais para o tratamento de zika e tétano.
“Começamos a desenvolver essa plataforma em 2012 com os mAbs humanos antitetânicos, com apoio da FAPESP, e identificamos uma composição de três anticorpos que neutralizam a toxina do tétano. Depois, estabelecemos um acordo com a Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, sob coordenação de Michel Nussenzweig, para gerar linhagens celulares para mAbs antizika, que foram identificados no seu laboratório durante a epidemia da doença, em 2015. São dois mAbs neutralizantes que poderão ser usados na proteção de gestantes em caso de retorno da circulação desse vírus. É um processo longo, mas já estamos começando o trabalho com o novo coronavírus”, disse Moro à Agência FAPESP.
O trabalho segue um princípio parecido com o da transferência passiva de imunidade – técnica que consiste na transfusão de plasma sanguíneo de pessoas curadas da COVID-19, que também está sendo desenvolvida no Brasil.
O plasma – parte líquida do sangue – de pessoas que se curaram da COVID-19 é naturalmente rico em anticorpos contra a doença. Ao entrar na corrente sanguínea de uma pessoa doente, essas proteínas começam imediatamente a combater o novo coronavírus.
No entanto, ainda não se sabe exatamente quais anticorpos estão combatendo o microrganismo. Além disso, diferentes doadores podem ter quantidades maiores ou menores dos chamados anticorpos neutralizantes, que não só reconhecem como eliminam o vírus. A técnica de transferência passiva de imunidade depende ainda de constantes doações de plasma para manter os estoques.
“No caso dos anticorpos monoclonais, um líquido composto por um ou mais anticorpos selecionados entre os mais eficientes é produzido em larga escala, de forma recombinante, por cultivos celulares no que chamamos de biorreatores”, explica a pesquisadora.
Atualmente, existem mais de 70 biofármacos à base de anticorpos monoclonais aprovados para uso clínico no mundo. A maioria é voltada ao tratamento do câncer e doenças autoimunes e vários, mais novos, para outras condições, como o combate ao vírus ebola. Há ainda centenas de produtos em diferentes estágios de ensaio clínico.
Recrutamento de convalescentes
Plataforma utilizada para produzir anticorpos monoclonais contra tétano e zika será empregada para desenvolvimento de um fármaco capaz de tratar a doença causada pelo novo coronavírus
A primeira parte do trabalho é o recrutamento de voluntários convalescentes da COVID-19, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), onde Moro também atua como professora, e com a Rede Vírus (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações). Com o sangue coletado dos voluntários, os pesquisadores realizarão uma série de processos de biologia molecular a fim de identificar, nos linfócitos B, as sequências de genes que expressam os anticorpos neutralizantes.
Cada anticorpo será então caracterizado quanto à sua ação perante o vírus, como capacidade de ligação, especificidade e afinidade, reatividade cruzada com outros anticorpos e capacidade de neutralização.
Entre um e três anticorpos que tiverem maior eficiência nesses critérios serão então testados em animais. No caso do vírus zika, um anticorpo apenas havia sido selecionado devido à sua capacidade neutralizante. Quando testado em animais, porém, ele sozinho não deu conta de suprimir o vírus pelo mecanismo de escape viral. Foi então agregado um segundo anticorpo, que, em conjunto com o anterior, mostrou-se efetivo. No caso do tétano, foram três anticorpos selecionados para a terapia contra a toxina causadora da doença.
Identificados os genes, a etapa seguinte consiste na transfecção dos que produzem os anticorpos mais promissores em células para gerar as linhagens recombinantes permanentes. No desenvolvimento da linhagem celular, são produzidos muitos clones, que são isolados, caracterizados quanto às propriedades celulares (crescimento, viabilidade, produtividade) e do anticorpo expresso pela ação esperada (ligação, afinidade, capacidade de neutralização)
Os resultados são levados em consideração para selecionar os melhores clones, que podem ser produzidos em larga escala num biorreator para, então, serem levados aos ensaios pré-clínicos e clínicos.

Texto por André Julião | Agência FAPESP

NASA descobre exoplaneta em zona habitável

Uma equipe de cientistas, usando dados reanalisados do telescópio espacial Kepler da NASA, descobriu um exoplaneta do tamanho da Terra orbitando na zona habitável de sua estrela, ao redor de uma estrela onde um planeta rochoso poderia suportar água líquida.  Os cientistas descobriram este planeta, chamado Kepler-1649c, ao examinar observações antigas do Kepler, que a agência retirou em 2018. Enquanto pesquisas anteriores com um algoritmo de computador o identificaram erroneamente, os pesquisadores que revisavam os dados do Kepler deram uma segunda olhada nos dados e o reconheceram como um planeta. De todos os exoplanetas encontrados por Kepler, este mundo distante - localizado a 300 anos-luz da Terra - é mais semelhante ao tamanho e temperatura estimada da Terra. Este mundo recém-revelado é apenas 1,06 vezes maior que o nosso próprio planeta. Além disso, a quantidade de luz estelar que recebe de sua estrela hospedeira é de 75% da quantidade de luz que a Terra recebe de nosso Sol - o que significa que a temperatura do exoplaneta também pode ser semelhante à do nosso planeta. Mas, diferentemente da Terra, ela orbita uma anã vermelha. Embora nada tenha sido observado neste sistema, esse tipo de estrela é conhecido por explosões estelares que podem tornar o ambiente de um planeta desafiador para qualquer vida em potencial. "Este mundo distante e intrigante nos dá uma esperança ainda maior de que uma segunda Terra esteja entre as estrelas, esperando para ser encontrada", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da NASA em Washington. "Os dados coletados por missões como Kepler e o satélite de pesquisa em trânsito do Exoplanet (TESS) continuará a produzir descobertas surpreendentes, à medida que a comunidade científica aprimora suas habilidades de procurar planetas promissores ano após ano."

Uma equipe de cientistas, usando dados reanalisados do telescópio espacial Kepler da NASA, descobriu um exoplaneta do tamanho da Terra orbitando na zona habitável de sua estrela, ao redor de uma estrela onde um planeta rochoso poderia suportar água líquida.

Os cientistas descobriram este planeta, chamado Kepler-1649c, ao examinar observações antigas do Kepler, que a agência retirou em 2018. Enquanto pesquisas anteriores com um algoritmo de computador o identificaram erroneamente, os pesquisadores que revisavam os dados do Kepler deram uma segunda olhada nos dados e o reconheceram como um planeta. De todos os exoplanetas encontrados por Kepler, este mundo distante - localizado a 300 anos-luz da Terra - é mais semelhante ao tamanho e temperatura estimada da Terra.

Este mundo recém-revelado é apenas 1,06 vezes maior que o nosso próprio planeta. Além disso, a quantidade de luz estelar que recebe de sua estrela hospedeira é de 75% da quantidade de luz que a Terra recebe de nosso Sol - o que significa que a temperatura do exoplaneta também pode ser semelhante à do nosso planeta. Mas, diferentemente da Terra, ela orbita uma anã vermelha. Embora nada tenha sido observado neste sistema, esse tipo de estrela é conhecido por explosões estelares que podem tornar o ambiente de um planeta desafiador para qualquer vida em potencial. "Este mundo distante e intrigante nos dá uma esperança ainda maior de que uma segunda Terra esteja entre as estrelas, esperando para ser encontrada", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da NASA em Washington. "Os dados coletados por missões como Kepler e o satélite de pesquisa em trânsito do Exoplanet (TESS) continuará a produzir descobertas surpreendentes, à medida que a comunidade científica aprimora suas habilidades de procurar planetas promissores ano após ano."


FONTE: NASA

sexta-feira, 27 de março de 2020

Asteroide gigantesco se aproxima da Terra em abril e não haverá impacto

No dia 29 de abril o asteroide (52768) 1998 OR2 vai se aproximar da Terra, mas não representa ameaça para o nosso planeta. Estima-se que o asteroide tem entre 1,8 e 4,1 quilômetros de diâmetro. Será o maior asteroide a passar próximo a orbita da Terra nos próximos meses. O asteroide 3122 Florence (1981 ET3) foi ao maior a passar próximo a Terra até hoje. Isso ocorreu em setembro de 2017 e deve se repetir em 2057.  Será possível ver o asteroide 1998 OR2 se movendo lentamente em frente às estrelas, mesmo com alguns telescópios amadores. O Virtual Telescope Project mostrará essa passagem on-line.  A Terra está segura Surgiram alguns relatos alarmistas em relação ao dia 29 de abril, porque se um asteroide desse tamanho colidisse com a Terra poderia causar efeitos globais. Por passar periodicamente próximo a orbita da Terra, o asteroide 1998 OR2 foi incluído pela NASA na classificação de “objetos potencialmente perigosos”.  Portanto, a classificação não indica que ele representa ameaça de colisão, mas sim, que se enquadra em critérios no esquema de classificação da agência. São inclusos nessa categoria asteroides que passam a menos de 7,5 milhões de quilômetros da Terra.  Na sua maior aproximação em 2020, o asteroide 1998 OR2 passará a 6,3 milhões de quilômetros da Terra, distância 16 vezes maior do que a existente entre a Terra e a Lua. Ele deve passar novamente por aqui em 2031, mais distante ainda, a cerca de 19 milhões de quilômetros do nosso planeta.  Os próximos sobrevoos planetários previstos para 2048 e 2062 devem ser ainda mais distantes. A maior aproximação previsível deve ocorrer em 16 de abril de 2079, quando o asteroide 1998 OR2 passará a distância de 1,8 milhões de quilômetros.  A NASA e parceiros internacionais sondam o céu ativamente em busca de asteroides potencialmente perigosos. Também estudam formas de desviar asteroides antes que atinjam a Terra. Até agora foi descoberto um terço dos 25 mil asteroides grandes que imaginam passar próximos ao nosso planeta. [Space, CNN, The Virtual Telescope Project, EarthSky, NASA]

No dia 29 de abril o asteroide (52768) 1998 OR2 vai se aproximar da Terra, mas não representa ameaça para o nosso planeta. Estima-se que o asteroide tem entre 1,8 e 4,1 quilômetros de diâmetro. Será o maior asteroide a passar próximo a orbita da Terra nos próximos meses.
O asteroide 3122 Florence (1981 ET3) foi ao maior a passar próximo a Terra até hoje. Isso ocorreu em setembro de 2017 e deve se repetir em 2057.
Será possível ver o asteroide 1998 OR2 se movendo lentamente em frente às estrelas, mesmo com alguns telescópios amadores. O Virtual Telescope Project mostrará essa passagem on-line.

A Terra está segura

Surgiram alguns relatos alarmistas em relação ao dia 29 de abril, porque se um asteroide desse tamanho colidisse com a Terra poderia causar efeitos globais. Por passar periodicamente próximo a orbita da Terra, o asteroide 1998 OR2 foi incluído pela NASA na classificação de “objetos potencialmente perigosos”.
Portanto, a classificação não indica que ele representa ameaça de colisão, mas sim, que se enquadra em critérios no esquema de classificação da agência. São inclusos nessa categoria asteroides que passam a menos de 7,5 milhões de quilômetros da Terra.
Na sua maior aproximação em 2020, o asteroide 1998 OR2 passará a 6,3 milhões de quilômetros da Terra, distância 16 vezes maior do que a existente entre a Terra e a Lua. Ele deve passar novamente por aqui em 2031, mais distante ainda, a cerca de 19 milhões de quilômetros do nosso planeta.
Os próximos sobrevoos planetários previstos para 2048 e 2062 devem ser ainda mais distantes. A maior aproximação previsível deve ocorrer em 16 de abril de 2079, quando o asteroide 1998 OR2 passará a distância de 1,8 milhões de quilômetros.
A NASA e parceiros internacionais sondam o céu ativamente em busca de asteroides potencialmente perigosos. Também estudam formas de desviar asteroides antes que atinjam a Terra. Até agora foi descoberto um terço dos 25 mil asteroides grandes que imaginam passar próximos ao nosso planeta.

A camada de ozônio está se recuperando e redireciona ventos a todo o mundo

  A camada de ozônio está se recuperando  O aquecimento e a poluição tornaram as mudanças climáticas uma realidade em apenas alguns anos. A súbita diminuição de todos os poluentes na Terra parece ter entrado em vigor.  O grupo científico envolvido no estudo descobriu sinais de que a camada de ozônio está se recuperando e poderão constatar no clima, ainda resta intensificar as investigações para verificar o comportamento do ambiente para estabelecer melhorias.  Usando observações de satélite e simulações meteorológicas, pesquisadores da Universidade do Colorado Boulder fizeram padrões das mudanças nos ventos relacionados à recuperação do ozônio.  Os registros começaram a ocorrer a partir de 1987 e começaram com medidas para reduzir o desgaste da camada de ozônio e agora eles parecem finalmente render resultados.     Os efeitos dessa recuperação serão vistos nas chuvas e mudanças na temperatura atmosférica, bem como mudanças na temperatura do oceano e na concentração de sal.  Apesar dessas boas notícias, não se espera uma recuperação completa da camada devido à vida útil dos poluentes que estão danificando a camada.  Os pesquisadores esperam que, nesse ritmo e com as medidas tomadas para combater as mudanças climáticas, a camada volte a níveis nunca vistos desde 1980.  É certamente uma ótima notícia para a terra.

A camada de ozônio está se recuperando

O aquecimento e a poluição tornaram as mudanças climáticas uma realidade em apenas alguns anos. A súbita diminuição de todos os poluentes na Terra parece ter entrado em vigor.

O grupo científico envolvido no estudo descobriu sinais de que a camada de ozônio está se recuperando e poderão constatar no clima, ainda resta intensificar as investigações para verificar o comportamento do ambiente para estabelecer melhorias.

Usando observações de satélite e simulações meteorológicas, pesquisadores da Universidade do Colorado Boulder fizeram padrões das mudanças nos ventos relacionados à recuperação do ozônio.

Os registros começaram a ocorrer a partir de 1987 e começaram com medidas para reduzir o desgaste da camada de ozônio e agora eles parecem finalmente render resultados.

  A camada de ozônio está se recuperando  O aquecimento e a poluição tornaram as mudanças climáticas uma realidade em apenas alguns anos. A súbita diminuição de todos os poluentes na Terra parece ter entrado em vigor.  O grupo científico envolvido no estudo descobriu sinais de que a camada de ozônio está se recuperando e poderão constatar no clima, ainda resta intensificar as investigações para verificar o comportamento do ambiente para estabelecer melhorias.  Usando observações de satélite e simulações meteorológicas, pesquisadores da Universidade do Colorado Boulder fizeram padrões das mudanças nos ventos relacionados à recuperação do ozônio.  Os registros começaram a ocorrer a partir de 1987 e começaram com medidas para reduzir o desgaste da camada de ozônio e agora eles parecem finalmente render resultados.     Os efeitos dessa recuperação serão vistos nas chuvas e mudanças na temperatura atmosférica, bem como mudanças na temperatura do oceano e na concentração de sal.  Apesar dessas boas notícias, não se espera uma recuperação completa da camada devido à vida útil dos poluentes que estão danificando a camada.  Os pesquisadores esperam que, nesse ritmo e com as medidas tomadas para combater as mudanças climáticas, a camada volte a níveis nunca vistos desde 1980.  É certamente uma ótima notícia para a terra.

Os efeitos dessa recuperação serão vistos nas chuvas e mudanças na temperatura atmosférica, bem como mudanças na temperatura do oceano e na concentração de sal.

Apesar dessas boas notícias, não se espera uma recuperação completa da camada devido à vida útil dos poluentes que estão danificando a camada.

Os pesquisadores esperam que, nesse ritmo e com as medidas tomadas para combater as mudanças climáticas, a camada volte a níveis nunca vistos desde 1980.

É certamente uma ótima notícia para a terra.

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