sexta-feira, 21 de abril de 2017

Maior perigo da queda de asteroide não vem do impacto

 A melhor arma que temos contra um impacto desses ainda parece ser explodir o asteroide usando uma bomba nuclear  Choque cósmico  A maioria das vítimas do impacto de um asteroide que eventualmente atinja a Terra não virá do próprio impacto.  O vento, a pressão e o calor causados pelo acidente são muito mais perigosos, não importando onde o asteroide caia.  A equipe do professor Clemens Rumpf, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, colocou a mão na massa para calcular o risco de mortalidade caso um asteroide atingisse uma área urbana.  Eles consideraram asteroides que se queimam completamente na atmosfera, aqueles que atingem o chão e aqueles que atingem a água.  Surpreendentemente, os efeitos produzidos no ar são os que mais custariam vidas.  Pior que tsunami  Conforme um asteroide mergulha rumo ao solo, ele deposita uma enorme quantidade de energia na atmosfera, resultando em uma onda de choque muito forte, ventos com a força de tornados e uma pluma de fogo. Se ele chegar ao chão, formará uma cratera, sacudindo o solo em torno do impacto e lançando detritos para o ar.  Se o asteroide atingir a água - o que é duas vezes mais provável do que atingir a terra -, ele criaria um tsunami, com ondas que chegariam a dezenas de metros de altura. Quanto mais longe da costa for o impacto, mais profunda será a água e, portanto, mais altas as ondas.  Vários estudos anteriores concluíram que os tsunamis representavam os maiores riscos de um impacto de asteroide. Contudo, em comparação com o impacto em uma zona urbana, que é o foco da presente análise, o custo em vidas de um tsunami seria pequeno, de acordo com a equipe.  Por exemplo, um tsunami causado pelo impacto de um asteroide de 200 metros de largura a 130 quilômetros da costa do Rio de Janeiro poderia causar mais de 50 mil mortes, sendo 75% diretamente causadas pelo tsunami e o restante devido aos ventos fortes.  Mas um asteroide que caia sobre uma cidade mataria milhões de pessoas. E a maioria dessas mortes seriam causadas pelo vento, mesmo que o asteroide caia no chão, em vez de explodir no ar.   Mapa dos impactos de asteroides na Terra: eles são raros, mas bem distribuídos. Catástrofe improvável  No caso da explosão no ar - como a que ocorreu recentemente com um pequeno asteroide sobre a cidade russa de Chelyabinsk - cerca de 15% das vítimas seriam mortas pelo calor.  Em um impacto direto, os efeitos das rajadas de vento e do aumento da temperatura se juntariam com as ondas de pressão, que podem romper órgãos internos, fazendo 97% das vítimas. Apenas cerca de 3% das vítimas seriam atingidas pelo impacto direto ou pelos terremotos e detritos que resultariam do impacto, diz a equipe.  Felizmente, grandes asteroides não atingem a Terra com frequência: um impacto por um asteroide de 200 metros é esperado apenas uma vez a cada 40.000 anos. E um asteroide pode cair em qualquer lugar, e a maior parte da superfície do planeta está desabitada.  Assim, a chance da queda de um grande asteroide sobre uma cidade - para permitir verificar o nível de acerto das previsões da equipe - é muito pequena.  FONTE: New Scientist  Bibliografia:  Population Vulnerability Models for Asteroid Impact Risk Assessment Clemens M. Rumpf, Hugh G. Lewis, Peter M. Atkinson arXiv https://arxiv.org/abs/1702.05798
A melhor arma que temos contra um impacto desses ainda parece ser explodir o asteroide usando uma bomba nuclear

Choque cósmico
A maioria das vítimas do impacto de um asteroide que eventualmente atinja a Terra não virá do próprio impacto.
O vento, a pressão e o calor causados pelo acidente são muito mais perigosos, não importando onde o asteroide caia.
A equipe do professor Clemens Rumpf, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, colocou a mão na massa para calcular o risco de mortalidade caso um asteroide atingisse uma área urbana.
Eles consideraram asteroides que se queimam completamente na atmosfera, aqueles que atingem o chão e aqueles que atingem a água.
Surpreendentemente, os efeitos produzidos no ar são os que mais custariam vidas.
Pior que tsunami
Conforme um asteroide mergulha rumo ao solo, ele deposita uma enorme quantidade de energia na atmosfera, resultando em uma onda de choque muito forte, ventos com a força de tornados e uma pluma de fogo. Se ele chegar ao chão, formará uma cratera, sacudindo o solo em torno do impacto e lançando detritos para o ar.
Se o asteroide atingir a água - o que é duas vezes mais provável do que atingir a terra -, ele criaria um tsunami, com ondas que chegariam a dezenas de metros de altura. Quanto mais longe da costa for o impacto, mais profunda será a água e, portanto, mais altas as ondas.
Vários estudos anteriores concluíram que os tsunamis representavam os maiores riscos de um impacto de asteroide. Contudo, em comparação com o impacto em uma zona urbana, que é o foco da presente análise, o custo em vidas de um tsunami seria pequeno, de acordo com a equipe.
Por exemplo, um tsunami causado pelo impacto de um asteroide de 200 metros de largura a 130 quilômetros da costa do Rio de Janeiro poderia causar mais de 50 mil mortes, sendo 75% diretamente causadas pelo tsunami e o restante devido aos ventos fortes.
Mas um asteroide que caia sobre uma cidade mataria milhões de pessoas. E a maioria dessas mortes seriam causadas pelo vento, mesmo que o asteroide caia no chão, em vez de explodir no ar.
 A melhor arma que temos contra um impacto desses ainda parece ser explodir o asteroide usando uma bomba nuclear  Choque cósmico  A maioria das vítimas do impacto de um asteroide que eventualmente atinja a Terra não virá do próprio impacto.  O vento, a pressão e o calor causados pelo acidente são muito mais perigosos, não importando onde o asteroide caia.  A equipe do professor Clemens Rumpf, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, colocou a mão na massa para calcular o risco de mortalidade caso um asteroide atingisse uma área urbana.  Eles consideraram asteroides que se queimam completamente na atmosfera, aqueles que atingem o chão e aqueles que atingem a água.  Surpreendentemente, os efeitos produzidos no ar são os que mais custariam vidas.  Pior que tsunami  Conforme um asteroide mergulha rumo ao solo, ele deposita uma enorme quantidade de energia na atmosfera, resultando em uma onda de choque muito forte, ventos com a força de tornados e uma pluma de fogo. Se ele chegar ao chão, formará uma cratera, sacudindo o solo em torno do impacto e lançando detritos para o ar.  Se o asteroide atingir a água - o que é duas vezes mais provável do que atingir a terra -, ele criaria um tsunami, com ondas que chegariam a dezenas de metros de altura. Quanto mais longe da costa for o impacto, mais profunda será a água e, portanto, mais altas as ondas.  Vários estudos anteriores concluíram que os tsunamis representavam os maiores riscos de um impacto de asteroide. Contudo, em comparação com o impacto em uma zona urbana, que é o foco da presente análise, o custo em vidas de um tsunami seria pequeno, de acordo com a equipe.  Por exemplo, um tsunami causado pelo impacto de um asteroide de 200 metros de largura a 130 quilômetros da costa do Rio de Janeiro poderia causar mais de 50 mil mortes, sendo 75% diretamente causadas pelo tsunami e o restante devido aos ventos fortes.  Mas um asteroide que caia sobre uma cidade mataria milhões de pessoas. E a maioria dessas mortes seriam causadas pelo vento, mesmo que o asteroide caia no chão, em vez de explodir no ar.   Mapa dos impactos de asteroides na Terra: eles são raros, mas bem distribuídos. Catástrofe improvável  No caso da explosão no ar - como a que ocorreu recentemente com um pequeno asteroide sobre a cidade russa de Chelyabinsk - cerca de 15% das vítimas seriam mortas pelo calor.  Em um impacto direto, os efeitos das rajadas de vento e do aumento da temperatura se juntariam com as ondas de pressão, que podem romper órgãos internos, fazendo 97% das vítimas. Apenas cerca de 3% das vítimas seriam atingidas pelo impacto direto ou pelos terremotos e detritos que resultariam do impacto, diz a equipe.  Felizmente, grandes asteroides não atingem a Terra com frequência: um impacto por um asteroide de 200 metros é esperado apenas uma vez a cada 40.000 anos. E um asteroide pode cair em qualquer lugar, e a maior parte da superfície do planeta está desabitada.  Assim, a chance da queda de um grande asteroide sobre uma cidade - para permitir verificar o nível de acerto das previsões da equipe - é muito pequena.  FONTE: New Scientist  Bibliografia:  Population Vulnerability Models for Asteroid Impact Risk Assessment Clemens M. Rumpf, Hugh G. Lewis, Peter M. Atkinson arXiv https://arxiv.org/abs/1702.05798
Mapa dos impactos de asteroides na Terra: eles são raros, mas bem distribuídos.
Catástrofe improvável
No caso da explosão no ar - como a que ocorreu recentemente com um pequeno asteroide sobre a cidade russa de Chelyabinsk - cerca de 15% das vítimas seriam mortas pelo calor.
Em um impacto direto, os efeitos das rajadas de vento e do aumento da temperatura se juntariam com as ondas de pressão, que podem romper órgãos internos, fazendo 97% das vítimas. Apenas cerca de 3% das vítimas seriam atingidas pelo impacto direto ou pelos terremotos e detritos que resultariam do impacto, diz a equipe.
Felizmente, grandes asteroides não atingem a Terra com frequência: um impacto por um asteroide de 200 metros é esperado apenas uma vez a cada 40.000 anos. E um asteroide pode cair em qualquer lugar, e a maior parte da superfície do planeta está desabitada.
Assim, a chance da queda de um grande asteroide sobre uma cidade - para permitir verificar o nível de acerto das previsões da equipe - é muito pequena.
FONTE: New Scientist
Bibliografia:

Population Vulnerability Models for Asteroid Impact Risk Assessment
Clemens M. Rumpf, Hugh G. Lewis, Peter M. Atkinson
arXiv
https://arxiv.org/abs/1702.05798

Mapa mostra campo magnético da Terra em 3D

 Nosso escudo protetor é bastante variável ao longo da superfície da Terra.  Mapa magnético da Terra  Observações da constelação de satélites Swarm, da Agência Espacial Europeia (ESA), estão permitindo construir o primeiro mapa detalhado de uma porção pouco conhecida do campo magnético da Terra - a exemplo do mapa gravitacional da Terra, feito pela sonda Goce.  E os dados mostram que nosso escudo protetor contra a radiação do espaço e as partículas do vento solar não é nada homogêneo.  Embora ainda haja muitas dúvidas sobre como o campo magnético da Terra se forma, os cientistas acreditam que a maior parte dele é gerada a profundidades superiores a 3.000 km pelo movimento de ferro fundido no núcleo externo.  Os 6% restantes são, em parte, devido às correntes elétricas no espaço que circunda a Terra e, por outro lado, devido às rochas magnetizadas na litosfera superior - a parte externa rígida da Terra, consistindo na crosta e no manto superior.  Campo magnético litosférico  Embora este campo magnético litosférico seja muito fraco e, portanto, difícil de detectar a partir do espaço, os instrumentos do trio de satélites Swarm mostraram-se capazes de mapear seus sinais magnéticos. Após três anos de coleta de dados, foi agora publicado o mapa de maior resolução feito até hoje desse campo.  "Ao combinar as medições do Swarm com os dados históricos do satélite alemão CHAMP e utilizando uma nova técnica de modelagem, foi possível extrair os minúsculos sinais magnéticos de magnetização da crosta," explicou Nils Olsen, da Universidade Técnica da Dinamarca.  O novo mapa mostra variações detalhadas no campo magnético litosférico, variações estas produzidas por estruturas geológicas na crosta terrestre.  Uma destas anomalias ocorre na República Centro-Africana, centrada em torno da cidade de Bangui, onde o campo magnético é significativamente mais nítido e mais forte. A causa dessa anomalia ainda é desconhecida, mas alguns cientistas especulam que ela pode ser o resultado do impacto de um meteorito, há mais de 540 milhões de anos.   Uma das anomalias no campo magnético litosférico foi detectada na região da República Centro-Africana.  Registro magnético na crosta  O campo magnético terrestre não é estável, ele encontra-se em um estado de fluxo permanente - sabe-se, por exemplo, que o campo magnético está em processo de enfraquecimento. O norte magnético também não é fixo, ele "vagueia", e a cada poucas centenas de milhares de anos a polaridade gira de modo que as bússolas passam a apontar para o sul em vez de apontar para o norte.  Quando uma nova crosta é gerada através da atividade vulcânica, principalmente ao longo do fundo do oceano, os minerais ricos em ferro no magma que se solidifica são orientados para o norte magnético, capturando assim uma "foto" do campo magnético no estado em que se encontrava quando as rochas esfriaram.  Como os polos magnéticos se invertem ao longo do tempo, os minerais solidificados formam "riscas" no fundo do mar, o que permite ler os registros da história magnética da Terra.   Os três satélites da missão Swarm voam em formação, mapeando todos os detalhes do magnetismo terrestre.  O mapa elaborado agora fornece uma visão global sem precedentes dessas faixas magnéticas associadas à tectônica de placas - intimamente ligada ao vulcanismo - refletidas nas cristas oceânicas.  "Estas riscas magnéticas são evidências das reversões dos polos e analisar as impressões magnéticas do fundo do oceano permite a reconstrução de mudanças antigas no núcleo. Também ajudam a investigar os movimentos da placa tectônica," reafirmou Dhananjay Ravat, da Universidade de Kentucky, nos EUA. "O novo mapa define as características do campo magnético até cerca de 250 km e ajudará a investigar a geologia e as temperaturas na litosfera da Terra."  FONTE: ESA
Nosso escudo protetor é bastante variável ao longo da superfície da Terra.

Mapa magnético da Terra
Observações da constelação de satélites Swarm, da Agência Espacial Europeia (ESA), estão permitindo construir o primeiro mapa detalhado de uma porção pouco conhecida do campo magnético da Terra - a exemplo do mapa gravitacional da Terra, feito pela sonda Goce.
E os dados mostram que nosso escudo protetor contra a radiação do espaço e as partículas do vento solar não é nada homogêneo.
Embora ainda haja muitas dúvidas sobre como o campo magnético da Terra se forma, os cientistas acreditam que a maior parte dele é gerada a profundidades superiores a 3.000 km pelo movimento de ferro fundido no núcleo externo.
Os 6% restantes são, em parte, devido às correntes elétricas no espaço que circunda a Terra e, por outro lado, devido às rochas magnetizadas na litosfera superior - a parte externa rígida da Terra, consistindo na crosta e no manto superior.
Campo magnético litosférico
Embora este campo magnético litosférico seja muito fraco e, portanto, difícil de detectar a partir do espaço, os instrumentos do trio de satélites Swarm mostraram-se capazes de mapear seus sinais magnéticos. Após três anos de coleta de dados, foi agora publicado o mapa de maior resolução feito até hoje desse campo.
"Ao combinar as medições do Swarm com os dados históricos do satélite alemão CHAMP e utilizando uma nova técnica de modelagem, foi possível extrair os minúsculos sinais magnéticos de magnetização da crosta," explicou Nils Olsen, da Universidade Técnica da Dinamarca.
O novo mapa mostra variações detalhadas no campo magnético litosférico, variações estas produzidas por estruturas geológicas na crosta terrestre.
Uma destas anomalias ocorre na República Centro-Africana, centrada em torno da cidade de Bangui, onde o campo magnético é significativamente mais nítido e mais forte. A causa dessa anomalia ainda é desconhecida, mas alguns cientistas especulam que ela pode ser o resultado do impacto de um meteorito, há mais de 540 milhões de anos.
 Nosso escudo protetor é bastante variável ao longo da superfície da Terra.  Mapa magnético da Terra  Observações da constelação de satélites Swarm, da Agência Espacial Europeia (ESA), estão permitindo construir o primeiro mapa detalhado de uma porção pouco conhecida do campo magnético da Terra - a exemplo do mapa gravitacional da Terra, feito pela sonda Goce.  E os dados mostram que nosso escudo protetor contra a radiação do espaço e as partículas do vento solar não é nada homogêneo.  Embora ainda haja muitas dúvidas sobre como o campo magnético da Terra se forma, os cientistas acreditam que a maior parte dele é gerada a profundidades superiores a 3.000 km pelo movimento de ferro fundido no núcleo externo.  Os 6% restantes são, em parte, devido às correntes elétricas no espaço que circunda a Terra e, por outro lado, devido às rochas magnetizadas na litosfera superior - a parte externa rígida da Terra, consistindo na crosta e no manto superior.  Campo magnético litosférico  Embora este campo magnético litosférico seja muito fraco e, portanto, difícil de detectar a partir do espaço, os instrumentos do trio de satélites Swarm mostraram-se capazes de mapear seus sinais magnéticos. Após três anos de coleta de dados, foi agora publicado o mapa de maior resolução feito até hoje desse campo.  "Ao combinar as medições do Swarm com os dados históricos do satélite alemão CHAMP e utilizando uma nova técnica de modelagem, foi possível extrair os minúsculos sinais magnéticos de magnetização da crosta," explicou Nils Olsen, da Universidade Técnica da Dinamarca.  O novo mapa mostra variações detalhadas no campo magnético litosférico, variações estas produzidas por estruturas geológicas na crosta terrestre.  Uma destas anomalias ocorre na República Centro-Africana, centrada em torno da cidade de Bangui, onde o campo magnético é significativamente mais nítido e mais forte. A causa dessa anomalia ainda é desconhecida, mas alguns cientistas especulam que ela pode ser o resultado do impacto de um meteorito, há mais de 540 milhões de anos.   Uma das anomalias no campo magnético litosférico foi detectada na região da República Centro-Africana.  Registro magnético na crosta  O campo magnético terrestre não é estável, ele encontra-se em um estado de fluxo permanente - sabe-se, por exemplo, que o campo magnético está em processo de enfraquecimento. O norte magnético também não é fixo, ele "vagueia", e a cada poucas centenas de milhares de anos a polaridade gira de modo que as bússolas passam a apontar para o sul em vez de apontar para o norte.  Quando uma nova crosta é gerada através da atividade vulcânica, principalmente ao longo do fundo do oceano, os minerais ricos em ferro no magma que se solidifica são orientados para o norte magnético, capturando assim uma "foto" do campo magnético no estado em que se encontrava quando as rochas esfriaram.  Como os polos magnéticos se invertem ao longo do tempo, os minerais solidificados formam "riscas" no fundo do mar, o que permite ler os registros da história magnética da Terra.   Os três satélites da missão Swarm voam em formação, mapeando todos os detalhes do magnetismo terrestre.  O mapa elaborado agora fornece uma visão global sem precedentes dessas faixas magnéticas associadas à tectônica de placas - intimamente ligada ao vulcanismo - refletidas nas cristas oceânicas.  "Estas riscas magnéticas são evidências das reversões dos polos e analisar as impressões magnéticas do fundo do oceano permite a reconstrução de mudanças antigas no núcleo. Também ajudam a investigar os movimentos da placa tectônica," reafirmou Dhananjay Ravat, da Universidade de Kentucky, nos EUA. "O novo mapa define as características do campo magnético até cerca de 250 km e ajudará a investigar a geologia e as temperaturas na litosfera da Terra."  FONTE: ESA
Uma das anomalias no campo magnético litosférico foi detectada na região da República Centro-Africana. 
Registro magnético na crosta
O campo magnético terrestre não é estável, ele encontra-se em um estado de fluxo permanente - sabe-se, por exemplo, que o campo magnético está em processo de enfraquecimento. O norte magnético também não é fixo, ele "vagueia", e a cada poucas centenas de milhares de anos a polaridade gira de modo que as bússolas passam a apontar para o sul em vez de apontar para o norte.
Quando uma nova crosta é gerada através da atividade vulcânica, principalmente ao longo do fundo do oceano, os minerais ricos em ferro no magma que se solidifica são orientados para o norte magnético, capturando assim uma "foto" do campo magnético no estado em que se encontrava quando as rochas esfriaram.
Como os polos magnéticos se invertem ao longo do tempo, os minerais solidificados formam "riscas" no fundo do mar, o que permite ler os registros da história magnética da Terra.
 Nosso escudo protetor é bastante variável ao longo da superfície da Terra.  Mapa magnético da Terra  Observações da constelação de satélites Swarm, da Agência Espacial Europeia (ESA), estão permitindo construir o primeiro mapa detalhado de uma porção pouco conhecida do campo magnético da Terra - a exemplo do mapa gravitacional da Terra, feito pela sonda Goce.  E os dados mostram que nosso escudo protetor contra a radiação do espaço e as partículas do vento solar não é nada homogêneo.  Embora ainda haja muitas dúvidas sobre como o campo magnético da Terra se forma, os cientistas acreditam que a maior parte dele é gerada a profundidades superiores a 3.000 km pelo movimento de ferro fundido no núcleo externo.  Os 6% restantes são, em parte, devido às correntes elétricas no espaço que circunda a Terra e, por outro lado, devido às rochas magnetizadas na litosfera superior - a parte externa rígida da Terra, consistindo na crosta e no manto superior.  Campo magnético litosférico  Embora este campo magnético litosférico seja muito fraco e, portanto, difícil de detectar a partir do espaço, os instrumentos do trio de satélites Swarm mostraram-se capazes de mapear seus sinais magnéticos. Após três anos de coleta de dados, foi agora publicado o mapa de maior resolução feito até hoje desse campo.  "Ao combinar as medições do Swarm com os dados históricos do satélite alemão CHAMP e utilizando uma nova técnica de modelagem, foi possível extrair os minúsculos sinais magnéticos de magnetização da crosta," explicou Nils Olsen, da Universidade Técnica da Dinamarca.  O novo mapa mostra variações detalhadas no campo magnético litosférico, variações estas produzidas por estruturas geológicas na crosta terrestre.  Uma destas anomalias ocorre na República Centro-Africana, centrada em torno da cidade de Bangui, onde o campo magnético é significativamente mais nítido e mais forte. A causa dessa anomalia ainda é desconhecida, mas alguns cientistas especulam que ela pode ser o resultado do impacto de um meteorito, há mais de 540 milhões de anos.   Uma das anomalias no campo magnético litosférico foi detectada na região da República Centro-Africana.  Registro magnético na crosta  O campo magnético terrestre não é estável, ele encontra-se em um estado de fluxo permanente - sabe-se, por exemplo, que o campo magnético está em processo de enfraquecimento. O norte magnético também não é fixo, ele "vagueia", e a cada poucas centenas de milhares de anos a polaridade gira de modo que as bússolas passam a apontar para o sul em vez de apontar para o norte.  Quando uma nova crosta é gerada através da atividade vulcânica, principalmente ao longo do fundo do oceano, os minerais ricos em ferro no magma que se solidifica são orientados para o norte magnético, capturando assim uma "foto" do campo magnético no estado em que se encontrava quando as rochas esfriaram.  Como os polos magnéticos se invertem ao longo do tempo, os minerais solidificados formam "riscas" no fundo do mar, o que permite ler os registros da história magnética da Terra.   Os três satélites da missão Swarm voam em formação, mapeando todos os detalhes do magnetismo terrestre.  O mapa elaborado agora fornece uma visão global sem precedentes dessas faixas magnéticas associadas à tectônica de placas - intimamente ligada ao vulcanismo - refletidas nas cristas oceânicas.  "Estas riscas magnéticas são evidências das reversões dos polos e analisar as impressões magnéticas do fundo do oceano permite a reconstrução de mudanças antigas no núcleo. Também ajudam a investigar os movimentos da placa tectônica," reafirmou Dhananjay Ravat, da Universidade de Kentucky, nos EUA. "O novo mapa define as características do campo magnético até cerca de 250 km e ajudará a investigar a geologia e as temperaturas na litosfera da Terra."  FONTE: ESA
Os três satélites da missão Swarm voam em formação, mapeando todos os detalhes do magnetismo terrestre. 
O mapa elaborado agora fornece uma visão global sem precedentes dessas faixas magnéticas associadas à tectônica de placas - intimamente ligada ao vulcanismo - refletidas nas cristas oceânicas.
"Estas riscas magnéticas são evidências das reversões dos polos e analisar as impressões magnéticas do fundo do oceano permite a reconstrução de mudanças antigas no núcleo. Também ajudam a investigar os movimentos da placa tectônica," reafirmou Dhananjay Ravat, da Universidade de Kentucky, nos EUA. "O novo mapa define as características do campo magnético até cerca de 250 km e ajudará a investigar a geologia e as temperaturas na litosfera da Terra."
FONTE: ESA

Experimento desafia compreensão do que é a luz

 "Tudo tem uma certa 'nebulosidade' quântica associada, e os fótons não são os projéteis duros de luz que popularmente se imagina."  Identidades distantes  Físicos descobriram um novo mecanismo de criação de pares de partículas de luz - fótons - que tem um impacto significativo sobre a teoria e a prática da física quântica.  Eles demonstraram que, quando os fótons são criados em pares, eles podem emergir de pontos diferentes no espaço, em vez de surgir do mesmo local.  Pares de fótons - ou fótons idênticos - são largamente utilizados em processos de computação, criptografia e teletransporte quânticos porque eles nascem entrelaçados. O entrelaçamento quântico - ou emaranhamento - é o fenômeno pelo qual duas partículas são tão intimamente ligadas que qualquer coisa que afetar uma afetará imediatamente a outra.  A criação de fótons é um procedimento muito sutil e muito rápido, de forma que até agora os físicos assumiam que esses pares de fótons necessariamente se originariam do mesmo ponto no espaço. Mas o aumento na precisão dos experimentos mostrou que não é bem assim.  Nova incerteza  O entrelaçamento dos estados quânticos em cada par de partículas tem aplicações importantes na computação quântica, assim como em outras áreas da física, o que inclui o próprio entendimento da teoria quântica, até hoje motivo de grandes controvérsias entre os físicos.  "Até agora, assumia-se que esses pares de fótons vinham da mesma localização. A identificação de um novo mecanismo deslocalizado mostra que cada par de fótons pode ser emitido a partir de pontos espacialmente separados, introduzindo uma nova incerteza posicional de origem fundamentalmente quântica," explicou o professor David Andrews,da Universidade East Anglia, no Reino Unido.  A descoberta também é significativa porque coloca limites na resolução espacial e no próprio conceito de espaço - sem contar, é claro, em toda a teoria da luz e na definição de o que é a luz.  "Tudo tem uma certa 'nebulosidade' quântica associada, e os fótons não são os projéteis duros de luz que popularmente se imagina," disse o professor Andrews.  Bibliografia:  Nonlocalized generation of correlated photon pairs in degenerate down-conversion Kayn A. Forbes, Jack S. Ford, David L. Andrews Physical Review Letters Vol.: Accepted Paper DOI: http://journals.aps.org/prl/
"Tudo tem uma certa 'nebulosidade' quântica associada, e os fótons não são os projéteis duros de luz que popularmente se imagina."

Identidades distantes
Físicos descobriram um novo mecanismo de criação de pares de partículas de luz - fótons - que tem um impacto significativo sobre a teoria e a prática da física quântica.
Eles demonstraram que, quando os fótons são criados em pares, eles podem emergir de pontos diferentes no espaço, em vez de surgir do mesmo local.
Pares de fótons - ou fótons idênticos - são largamente utilizados em processos de computação, criptografia e teletransporte quânticos porque eles nascem entrelaçados. O entrelaçamento quântico - ou emaranhamento - é o fenômeno pelo qual duas partículas são tão intimamente ligadas que qualquer coisa que afetar uma afetará imediatamente a outra.
A criação de fótons é um procedimento muito sutil e muito rápido, de forma que até agora os físicos assumiam que esses pares de fótons necessariamente se originariam do mesmo ponto no espaço. Mas o aumento na precisão dos experimentos mostrou que não é bem assim.
Nova incerteza
O entrelaçamento dos estados quânticos em cada par de partículas tem aplicações importantes na computação quântica, assim como em outras áreas da física, o que inclui o próprio entendimento da teoria quântica, até hoje motivo de grandes controvérsias entre os físicos.
"Até agora, assumia-se que esses pares de fótons vinham da mesma localização. A identificação de um novo mecanismo deslocalizado mostra que cada par de fótons pode ser emitido a partir de pontos espacialmente separados, introduzindo uma nova incerteza posicional de origem fundamentalmente quântica," explicou o professor David Andrews,da Universidade East Anglia, no Reino Unido.
A descoberta também é significativa porque coloca limites na resolução espacial e no próprio conceito de espaço - sem contar, é claro, em toda a teoria da luz e na definição de o que é a luz.
"Tudo tem uma certa 'nebulosidade' quântica associada, e os fótons não são os projéteis duros de luz que popularmente se imagina," disse o professor Andrews.
Bibliografia:

Nonlocalized generation of correlated photon pairs in degenerate down-conversion
Kayn A. Forbes, Jack S. Ford, David L. Andrews
Physical Review Letters
Vol.: Accepted Paper
DOI: http://journals.aps.org/prl/

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Caças americanos interceptam bombardeios russos próximo à costa do Alasca.


Dois aviões da Força Aérea americana interceptaram dois bombardeiros russos de longo alcance no espaço aéreo internacional na costa do Alasca.
A informação é do Pentágono que emitiu o comunicado nesta terça-feira, um dia depois do ocorrido. Não houve indicação de que os aviões russos tenham entrado no território dos EUA.
“Em 17 de abril, dois bombardeiros russos TU-95 Bear foram interceptados no espaço aéreo internacional ao largo da costa do Alasca por dois aviões de caça norte-americanos F-22 Raptor”, disse a tenente-coronel Michelle Baldanza, porta-voz do Pentágono, que chamou a intercepção de “segura e profissional”.
“O Comando de Defesa Aeroespacial norte-americano monitora as aproximações aéreas na América do Norte e está pronto para garantir a soberania aérea e defender o espaço aéreo”, disse a tenente.
FONTE: Dow Jones Newswires. / Agência Estado

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Armazenamento na "névoa" elimina os riscos do armazenamento na "nuvem"

Dados imateriais  Duas especialistas em ciência da informação italianas estão propondo um novo conceito para o armazenamento remoto e distribuído de documentos que pode manter todos os benefícios da computação em nuvem, mas sem os problemas de segurança envolvidos em colocar seus documentos sensíveis em um único servidor remoto.  Em lugar do armazenamento na "nuvem", é melhor armazenar os arquivos na "névoa", propõem Rosario Culmone e Maria Concetta De Vivo, da Universidade de Camerino.  Elas lembram que os aspectos tecnológicos e regulatórios - a legislação de cada país - da computação em nuvem oferecem oportunidades e riscos. Ter seus arquivos hospedados em servidores remotos dispensa o investimento em hardware e torna os arquivos acessíveis aos usuários remotos de forma mais eficiente. No entanto, há lacunas na segurança e na acessibilidade dos arquivos na nuvem.  Foi por isso que elas se voltaram para outra metáfora meteorológica - a névoa, ou neblina - para propor um conceito que torna qualquer arquivo inteiramente imaterial, em vez de localizá-lo em um único servidor. É essa "diluição" dos dados que diminui a densidade da nuvem, tornando-a uma mera neblina.  Armazenamento em névoa  No armazenamento em névoa, os arquivos são distribuídos em uma rede pública ou privada e, portanto, não têm um endereço único. Desta forma, não há um único servidor que possa ser alvo para os hackers e, portanto, apenas os usuários legítimos podem acessá-los. A computação em névoa poderia contornar os problemas de segurança e questões legais, colocando os arquivos fora do alcance dos bisbilhoteiros - e também das autoridades.  "Nossa proposta é baseada nesta ideia de um serviço que torna a informação completamente imaterial, no sentido de que, por um determinado período de tempo, não há um lugar na Terra que contenha as informações completas em sua totalidade," escreve a dupla.  Elas explicam que a solução é baseada em um serviço distribuído - a névoa - que usa protocolos de rede padrão de uma maneira não convencional, explorando "buffers virtuais" em roteadores da internet para deslocar pacotes de dados continuamente, sem que um arquivo chegue a ser gravado em sua totalidade em um único servidor.  É como se você estivesse enviando uma carta com um mecanismo de rastreamento de correspondência, mas com um endereço incompleto que simplesmente a envia de uma agência dos correios para outra, seguidamente, nunca sendo entregue.
Para guardar seus arquivos com segurança, tire-os da visibilidade da nuvem e esconda-os nos recônditos da neblina.

Dados imateriais
Duas especialistas em ciência da informação italianas estão propondo um novo conceito para o armazenamento remoto e distribuído de documentos que pode manter todos os benefícios da computação em nuvem, mas sem os problemas de segurança envolvidos em colocar seus documentos sensíveis em um único servidor remoto.
Em lugar do armazenamento na "nuvem", é melhor armazenar os arquivos na "névoa", propõem Rosario Culmone e Maria Concetta De Vivo, da Universidade de Camerino.
Elas lembram que os aspectos tecnológicos e regulatórios - a legislação de cada país - da computação em nuvem oferecem oportunidades e riscos. Ter seus arquivos hospedados em servidores remotos dispensa o investimento em hardware e torna os arquivos acessíveis aos usuários remotos de forma mais eficiente. No entanto, há lacunas na segurança e na acessibilidade dos arquivos na nuvem.
Foi por isso que elas se voltaram para outra metáfora meteorológica - a névoa, ou neblina - para propor um conceito que torna qualquer arquivo inteiramente imaterial, em vez de localizá-lo em um único servidor. É essa "diluição" dos dados que diminui a densidade da nuvem, tornando-a uma mera neblina.
Armazenamento em névoa
No armazenamento em névoa, os arquivos são distribuídos em uma rede pública ou privada e, portanto, não têm um endereço único. Desta forma, não há um único servidor que possa ser alvo para os hackers e, portanto, apenas os usuários legítimos podem acessá-los. A computação em névoa poderia contornar os problemas de segurança e questões legais, colocando os arquivos fora do alcance dos bisbilhoteiros - e também das autoridades.
"Nossa proposta é baseada nesta ideia de um serviço que torna a informação completamente imaterial, no sentido de que, por um determinado período de tempo, não há um lugar na Terra que contenha as informações completas em sua totalidade," escreve a dupla.
Elas explicam que a solução é baseada em um serviço distribuído - a névoa - que usa protocolos de rede padrão de uma maneira não convencional, explorando "buffers virtuais" em roteadores da internet para deslocar pacotes de dados continuamente, sem que um arquivo chegue a ser gravado em sua totalidade em um único servidor.
É como se você estivesse enviando uma carta com um mecanismo de rastreamento de correspondência, mas com um endereço incompleto que simplesmente a envia de uma agência dos correios para outra, seguidamente, nunca sendo entregue.

Bibliografia:

Vanishing files: protocols and regulations for immaterial documents
Rosario Culmone, Maria Concetta De Vivo
International Journal of Electronic Security and Digital Forensics
Vol.: 9, No. 1, 2017 45-61

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