sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Programa da São Paulo é primeiro passo para melhorar ensino, avalia Todos pela Educação


 Fonte: Agência Brasil  O movimento Todos pela Educação avalia que o Programa Mais Educação São Paulo, lançado hoje (15) pela prefeitura paulistana, é a primeira etapa de uma ação em busca de melhorias na qualidade da educação municipal.  “Tudo o que foi lançado hoje é uma primeira arrumação. Não se tem ainda uma ação que realmente vá fazer com que o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] de São Paulo melhore na medida em que ele precisa melhorar. O desafio de atingir a meta do Ideb da cidade de São Paulo é enorme. Entendo que esta é uma primeira etapa de reforma e que outras estão por vir”, disse a diretora executiva da organização não governamental (ONG), Priscila Cruz, em entrevista à Agência Brasil.  O programa prevê a reorganização curricular e administrativa no sistema educacional da cidade. Entre as mudanças propostas estão a divisão dos nove anos do ensino fundamental em três ciclos: de alfabetização (1º ao 3º), interdisciplinar (4º ao 6º) e autoral (7º ao 9º). Atualmente, a divisão é em dois ciclos – do 1º ao 5º ano e do 6º ao 9º ano. O programa permite ainda a reprovação do aluno caso não haja aproveitamento já nos primeiros anos do ciclo.  Para Priscila, a divisão do ensino fundamental em ciclos é um dos pontos positivos do programa. “O ensino fundamental, considerando-se os dois ciclos, é um período que acompanha uma mudança muito grande [da vida] do aluno. Ele entra criança, com 6 anos, e sai um jovem, com 14 anos. Tentar organizar a escola, de forma a acompanhar também essas mudanças de vida, é positiva. Ter um ciclo intermediário pode dar muito resultado para amenizar o efeito da transição abrupta entre o fundamental 1 [1º ao 5º ano] e o fundamental 2 [6º ao 9º ano]”, ressaltou.  Além de eliminar a aprovação automática, o modelo proposto pela prefeitura determina que sejam feitas avaliações bimestrais e promove a volta dos boletins com notas de 0 a 10, relatórios de acompanhamento e lição de casa regularmente. “O boletim é uma boa ferramenta, inclusive de comunicação e engajamento das famílias. Ainda existe muita resistência das famílias em participar do cotidiano escolar de seus filhos, tal como ir para a escola ou a reuniões. Então, qualquer ponte que se faça com a família é positivo”, destacou a diretora executiva.  Para Priscila, o programa da prefeitura ainda precisa avançar, propondo políticas diferenciadas para ambientes escolares distintos, principalmente em uma cidade como São Paulo, que é muito desigual. “Se realmente queremos que os alunos tenham seu direito à aprendizagem plenamente efetivado, é preciso haver políticas diferenciadas a partir do contexto. Medidas únicas, que servem da mesma forma para todas as escolas independentemente do contexto e dos alunos que a frequentam, em geral não têm tanto resultado”, disse.  Por meio de nota publicada em seu site, o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Simpeem) lamentou não ter sido consultado para a elaboração do documento. “O documento, elaborado por técnicos, foi apresentado sem considerar a opinião dos profissionais de educação, que estão envolvidos no processo de ensino/aprendizagem”, diz o comunicado. O sindicato informou que já está analisando o documento para iniciar os debates sobre o programa com a categoria.  Antes de serem aplicados nas escolas paulistanas, os conceitos da reformulação do programa estão disponíveis para consulta pública, até o dia 15 de setembro, por meio do sitehttp://www.maiseducacaosaopaulo.com.br.
Fonte: Agência Brasil

O movimento Todos pela Educação avalia que o Programa Mais Educação São Paulo, lançado hoje (15) pela prefeitura paulistana, é a primeira etapa de uma ação em busca de melhorias na qualidade da educação municipal.
“Tudo o que foi lançado hoje é uma primeira arrumação. Não se tem ainda uma ação que realmente vá fazer com que o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] de São Paulo melhore na medida em que ele precisa melhorar. O desafio de atingir a meta do Ideb da cidade de São Paulo é enorme. Entendo que esta é uma primeira etapa de reforma e que outras estão por vir”, disse a diretora executiva da organização não governamental (ONG), Priscila Cruz, em entrevista à Agência Brasil.
O programa prevê a reorganização curricular e administrativa no sistema educacional da cidade. Entre as mudanças propostas estão a divisão dos nove anos do ensino fundamental em três ciclos: de alfabetização (1º ao 3º), interdisciplinar (4º ao 6º) e autoral (7º ao 9º). Atualmente, a divisão é em dois ciclos – do 1º ao 5º ano e do 6º ao 9º ano. O programa permite ainda a reprovação do aluno caso não haja aproveitamento já nos primeiros anos do ciclo.
Para Priscila, a divisão do ensino fundamental em ciclos é um dos pontos positivos do programa. “O ensino fundamental, considerando-se os dois ciclos, é um período que acompanha uma mudança muito grande [da vida] do aluno. Ele entra criança, com 6 anos, e sai um jovem, com 14 anos. Tentar organizar a escola, de forma a acompanhar também essas mudanças de vida, é positiva. Ter um ciclo intermediário pode dar muito resultado para amenizar o efeito da transição abrupta entre o fundamental 1 [1º ao 5º ano] e o fundamental 2 [6º ao 9º ano]”, ressaltou.
Além de eliminar a aprovação automática, o modelo proposto pela prefeitura determina que sejam feitas avaliações bimestrais e promove a volta dos boletins com notas de 0 a 10, relatórios de acompanhamento e lição de casa regularmente. “O boletim é uma boa ferramenta, inclusive de comunicação e engajamento das famílias. Ainda existe muita resistência das famílias em participar do cotidiano escolar de seus filhos, tal como ir para a escola ou a reuniões. Então, qualquer ponte que se faça com a família é positivo”, destacou a diretora executiva.
Para Priscila, o programa da prefeitura ainda precisa avançar, propondo políticas diferenciadas para ambientes escolares distintos, principalmente em uma cidade como São Paulo, que é muito desigual. “Se realmente queremos que os alunos tenham seu direito à aprendizagem plenamente efetivado, é preciso haver políticas diferenciadas a partir do contexto. Medidas únicas, que servem da mesma forma para todas as escolas independentemente do contexto e dos alunos que a frequentam, em geral não têm tanto resultado”, disse.
Por meio de nota publicada em seu site, o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Simpeem) lamentou não ter sido consultado para a elaboração do documento. “O documento, elaborado por técnicos, foi apresentado sem considerar a opinião dos profissionais de educação, que estão envolvidos no processo de ensino/aprendizagem”, diz o comunicado. O sindicato informou que já está analisando o documento para iniciar os debates sobre o programa com a categoria.
Antes de serem aplicados nas escolas paulistanas, os conceitos da reformulação do programa estão disponíveis para consulta pública, até o dia 15 de setembro, por meio do sitehttp://www.maiseducacaosaopaulo.com.br.

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