sexta-feira, 1 de julho de 2016

Buraco na camada de ozônio sobre a Antártida está diminuindo, diz estudo

Recuperação foi do mesmo tamanho do território da Índia.
Notícia chega quase 30 anos após acordo de emissão de poluentes.

Recuperação foi do mesmo tamanho do território da Índia. Notícia chega quase 30 anos após acordo de emissão de poluentes.  Descoberta é de cientistas da Universidade de Leeds, liderados pelo professor Susan Solomon, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Foto: Nasa) O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida está diminuindo, disseram pesquisadores nesta quinta-feira (30). Um estudo revelou que o tamanho foi reduzido em cerca de quatro milhões de quilômetros quadrados - uma área do tamanho da Índia - desde 2000.  Essa é uma boa notícia para o meio ambiente, quase 30 anos após o Protocolo de Montreal ser assinado para eliminar progressivamente a emissão de certos poluentes (CFCs), como retificaram os mesmos cientistas. "É uma grande surpresa", disse a autora principal, Susan Solomon, uma química atmosférica no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em uma entrevista à revista científica americana "Science". "Eu não achei que isso iria acontecer tão cedo", acrescentou. O estudo atribuiu a recuperação da camada de ozônio ao "declínio contínuo do cloro atmosférico proveniente de clorofluorcarbonetos (CFCs)", ou componentes químicos que eram emitidos por limpeza a seco, geladeiras, spray de cabelos e outros aerossóis. "Agora, podemos estar confiantes de que as coisas que fizemos colocaram o planeta no caminho para a recuperação", disse Solomon. A coautora Anja Schmidt, pesquisadora em impactos vulcânicos na Universidade de Leeds, concordou e descreveu o Protocolo de Montreal como "uma verdadeira história de sucesso que proporcionou uma solução para um problema ambiental global". Atividade vulcânica O buraco na camada de ozônio foi descoberto na década de 1950, e alcançou um tamanho recorde em outubro de 2015. Solomon e seus colegas afirmam que o episódio aconteceu devido à erupção do vulcão chileno Calbuco naquele mesmo ano. O vulcão atrasou ligeiramente a recuperação do ozônio, que é sensível ao cloro, à temperatura e à luz do sol. "Injeções vulcânicas de partículas causam uma destruição maior que o normal no ozônio", disse Schmidt. "Essas erupções são uma fonte esporádica de minúsculas partículas no ar que fornecem as condições químicas necessárias para que o cloro dos CFCs introduzido na atmosfera reaja eficientemente com o ozônio na atmosfera sobre a Antártida", completou. O ozônio passa por um ciclo regular a cada ano, com sua redução começando em agosto, no final do inverno escuro da Antártida. O buraco normalmente atinge seu tamanho máximo em outubro. A tendência geral em direção à recuperação se tornou evidente quando os cientistas estudaram as medições feitas por satélites, instrumentos terrestres e balões meteorológicos no mês de setembro, em vez de outubro. "Eu acho que as pessoas, eu inclusive, estiveram focadas demais em outubro, porque é quando o buraco de ozônio é enorme", disse Solomon, ressaltando que o mês está, porém, sujeito a outras variáveis, como pequenas alterações meteorológicas. O coautor Ryan Neely, professor de ciência atmosférica em Leeds, disse que o escopo do estudo permitiu à equipe "quantificar os impactos separados de poluentes emitidos pelo homem, de mudanças na temperatura e nos ventos, e de vulcões no tamanho e na magnitude do buraco de ozônio da Antártida". "Observações e modelos de computador concordam. A cura do ozônio da Antártida começou", completou.
Descoberta é de cientistas da Universidade de Leeds, liderados pelo professor Susan Solomon, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Foto: Nasa)
O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida está diminuindo, disseram pesquisadores nesta quinta-feira (30). Um estudo revelou que o tamanho foi reduzido em cerca de quatro milhões de quilômetros quadrados - uma área do tamanho da Índia - desde 2000.

Essa é uma boa notícia para o meio ambiente, quase 30 anos após o Protocolo de Montreal ser assinado para eliminar progressivamente a emissão de certos poluentes (CFCs), como retificaram os mesmos cientistas.
"É uma grande surpresa", disse a autora principal, Susan Solomon, uma química atmosférica no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em uma entrevista à revista científica americana "Science". "Eu não achei que isso iria acontecer tão cedo", acrescentou.
O estudo atribuiu a recuperação da camada de ozônio ao "declínio contínuo do cloro atmosférico proveniente de clorofluorcarbonetos (CFCs)", ou componentes químicos que eram emitidos por limpeza a seco, geladeiras, spray de cabelos e outros aerossóis.
"Agora, podemos estar confiantes de que as coisas que fizemos colocaram o planeta no caminho para a recuperação", disse Solomon.
A coautora Anja Schmidt, pesquisadora em impactos vulcânicos na Universidade de Leeds, concordou e descreveu o Protocolo de Montreal como "uma verdadeira história de sucesso que proporcionou uma solução para um problema ambiental global".
Atividade vulcânica
O buraco na camada de ozônio foi descoberto na década de 1950, e alcançou um tamanho recorde em outubro de 2015. Solomon e seus colegas afirmam que o episódio aconteceu devido à erupção do vulcão chileno Calbuco naquele mesmo ano.
O vulcão atrasou ligeiramente a recuperação do ozônio, que é sensível ao cloro, à temperatura e à luz do sol. "Injeções vulcânicas de partículas causam uma destruição maior que o normal no ozônio", disse Schmidt.
"Essas erupções são uma fonte esporádica de minúsculas partículas no ar que fornecem as condições químicas necessárias para que o cloro dos CFCs introduzido na atmosfera reaja eficientemente com o ozônio na atmosfera sobre a Antártida", completou.
O ozônio passa por um ciclo regular a cada ano, com sua redução começando em agosto, no final do inverno escuro da Antártida. O buraco normalmente atinge seu tamanho máximo em outubro.
A tendência geral em direção à recuperação se tornou evidente quando os cientistas estudaram as medições feitas por satélites, instrumentos terrestres e balões meteorológicos no mês de setembro, em vez de outubro.
"Eu acho que as pessoas, eu inclusive, estiveram focadas demais em outubro, porque é quando o buraco de ozônio é enorme", disse Solomon, ressaltando que o mês está, porém, sujeito a outras variáveis, como pequenas alterações meteorológicas.
O coautor Ryan Neely, professor de ciência atmosférica em Leeds, disse que o escopo do estudo permitiu à equipe "quantificar os impactos separados de poluentes emitidos pelo homem, de mudanças na temperatura e nos ventos, e de vulcões no tamanho e na magnitude do buraco de ozônio da Antártida".
"Observações e modelos de computador concordam. A cura do ozônio da Antártida começou", completou.
Fonte: G1

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