domingo, 30 de julho de 2017

Universidade de Oxford alerta para danos irreversíveis causados pela pecuária ao planeta.

Relatório da Instituição foi destinado à reunião do G20 deste fim de semana.

Relatório da Instituição foi destinado à reunião do G20 deste fim de semana.  Foto: pixabay.com  Um novo relatório do EMS - Emerging Markets Symposium (Simpósio de Mercados Emergentes), grupo formado por especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou os desafios que o desenvolvimento econômico desenfreado tem trazido para o nosso meio ambiente.  O Documento, nomeado de "Saúde ambiental em mercados emergentes", foi destinado especialmente ao G20, que se reúne nesta sexta e sábado em Hamburgo, na Alemanha. Como o próprio nome diz, o foco são países em desenvolvimento, particularmente aqueles que compõem o BRICS, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No entanto, sabemos que a pecuária é uma das maiores causas de problemas ambientais a nível global.  Os especialistas citaram os vários problemas que a atividade pecuária causa ao planeta, como uso de enormes áreas de terra – para criar os animais e plantar grãos para alimentá-los –, degradação e poluição do solo, da água e do ar, emissões de gases do efeito-estufa, enorme consumo de água, bem como seus impactos na saúde humana.  O assunto foi destaque na Rádio CBN nesta quinta-feira (06/07) (confira aqui). Em trecho de uma entrevista publicada pela Rádio sobre o tema, Ian Scott, diretor executivo do EMS, fez o seguinte questionamento: "O que você prefere: o fim do mundo como conhecemos, ou o fim do mundo?"Uma clara mensagem sobre os rumos que estamos tomando, e a necessidade de mudanças imediatas.  Ainda segundo o Relatório, produzir carne responde por 40 vezes mais emissões de gases tóxicos (incluindo óxido nitroso e metano) do que produzir vegetais, e por cerca de 80% do desmatamento na América do Sul. Também foram citados os problemas da perda de biodiversidade, uso de antibióticos, pesticidas, e enorme quantidade de lixo gerado, tudo isso relacionado à pecuária.  Os especialistas afirmam que as consequências destes problemas ainda não são totalmente compreendidas, e admitem a possibilidade de danos irreversíveis ao meio ambiente. No entanto, para o OECD, grupo formado pelos países desenvolvidos, estas consequências foram consideradas como "mudanças irreversíveis que colocariam em perigo dois séculos de padrões de vida crescentes".  Entre as possíveis soluções, o Relatório apontou a redução no consumo de carne, para frear os impactos ambientais, que incluem crescimento no uso de áreas férteis e energia elétrica, degradação do solo, desmatamento, extinção de peixes, principalmente nos países emergentes. Foi sugerida também a redução nos subsídios para atividades que trabalham contra a melhoria da saúde, a fim de favorecer a produção de frutas e vegetais em vez de produtos de origem animal.  FONTE: Universidade de Oxford  Veja também o Relatório completo do EMS (em inglês): https://goo.gl/fUuYVe
Foto: pixabay.com

Um novo relatório do EMS - Emerging Markets Symposium (Simpósio de Mercados Emergentes), grupo formado por especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou os desafios que o desenvolvimento econômico desenfreado tem trazido para o nosso meio ambiente.
O Documento, nomeado de "Saúde ambiental em mercados emergentes", foi destinado especialmente ao G20, que se reúne nesta sexta e sábado em Hamburgo, na Alemanha. Como o próprio nome diz, o foco são países em desenvolvimento, particularmente aqueles que compõem o BRICS, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No entanto, sabemos que a pecuária é uma das maiores causas de problemas ambientais a nível global.
Os especialistas citaram os vários problemas que a atividade pecuária causa ao planeta, como uso de enormes áreas de terra – para criar os animais e plantar grãos para alimentá-los –, degradação e poluição do solo, da água e do ar, emissões de gases do efeito-estufa, enorme consumo de água, bem como seus impactos na saúde humana.
O assunto foi destaque na Rádio CBN nesta quinta-feira (06/07) (confira aqui). Em trecho de uma entrevista publicada pela Rádio sobre o tema, Ian Scott, diretor executivo do EMS, fez o seguinte questionamento: "O que você prefere: o fim do mundo como conhecemos, ou o fim do mundo?"Uma clara mensagem sobre os rumos que estamos tomando, e a necessidade de mudanças imediatas.
Ainda segundo o Relatório, produzir carne responde por 40 vezes mais emissões de gases tóxicos (incluindo óxido nitroso e metano) do que produzir vegetais, e por cerca de 80% do desmatamento na América do Sul. Também foram citados os problemas da perda de biodiversidade, uso de antibióticos, pesticidas, e enorme quantidade de lixo gerado, tudo isso relacionado à pecuária.
Os especialistas afirmam que as consequências destes problemas ainda não são totalmente compreendidas, e admitem a possibilidade de danos irreversíveis ao meio ambiente. No entanto, para o OECD, grupo formado pelos países desenvolvidos, estas consequências foram consideradas como "mudanças irreversíveis que colocariam em perigo dois séculos de padrões de vida crescentes".
Entre as possíveis soluções, o Relatório apontou a redução no consumo de carne, para frear os impactos ambientais, que incluem crescimento no uso de áreas férteis e energia elétrica, degradação do solo, desmatamento, extinção de peixes, principalmente nos países emergentes. Foi sugerida também a redução nos subsídios para atividades que trabalham contra a melhoria da saúde, a fim de favorecer a produção de frutas e vegetais em vez de produtos de origem animal.
FONTE: Universidade de Oxford
Veja também o Relatório completo do EMS (em inglês): https://goo.gl/AQkR6o

Nenhum comentário:

Postar um comentário

# Compartilhe .