segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Terremoto no Haiti


Localizado na porção oeste da ilha de Hispaniola, o Haiti ocupa uma área de 27.750 quilômetros quadrados, totalizando em seu território mais de 10 milhões de habitantes. Atualmente, é o país economicamente mais pobre da América, seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,404, onde aproximadamente 60% da população é subnutrida e mais da metade vive com menos de 1 dólar por dia.   Em 1697, através da assinatura do Tratado de Ryswick envolvendo Espanha e França, a parte ocidental da ilha, onde atualmente fica o Haiti, foi cedida à França, pela Espanha, recebendo o nome de Saint Domingue. Porém, os escravos africanos rebelaram-se em 1791, e travaram uma luta pela independência do país. No dia 1° de janeiro de 1804, eles conseguiram obter a independência do território, que passou a se chamar Haiti, sendo a primeira República Negra das Américas e o primeiro país latino-americano a se declarar independente.   Desde sua independência, o Haiti passou por vários problemas políticos envolvendo governos ditatoriais, além de uma série de golpes de estado. Esses fatos contribuíram para o surgimento de conflitos entre grupos políticos rivais.   Em meio a uma guerra civil, a população haitiana passou por outra grande tragédia, dessa vez, um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o país no dia 12 de janeiro de 2010, provocando uma série de feridos, desabrigados e mortes. Diversos edifícios desabaram, entre eles, o palácio presidencial da capital Porto Príncipe.   Os terremotos são desencadeados quando as placas tectônicas que formam a superfície da Terra, entram em processo de choque ou acomodação. De acordo com Yann Kinger, especialista do Instituto Físico do Globo (IPG), no caso do Haiti, o fator agravante foi pela proximidade da superfície em que ocorreu o fenômeno, apenas 10 quilômetros de profundidade. Aconteceu no limite norte da placa das Antilhas com a placa norte-americana.   Além desse terremoto de 7,0 graus na escala Richter, outros dois ocorreram logo em seguida, de magnitudes 5,9 e 5,5. Esse fato promoveu grande destruição em Porto Príncipe, capital do Haiti. Estima-se que metade das construções foram destruídas, 250 mil pessoas ficaram feridas, 1 milhão de habitantes desabrigados e, até o dia 26 de janeiro, o número de mortos ultrapassava a 100 mil.   Entre os feridos e mortos, estavam alguns brasileiros, pois o Brasil é responsável pelo processo de pacificação no Haiti, enviando 1.266 militares para o país em conflito. Foram confirmadas 21 mortes de brasileiros, sendo 18 militares e três civis. Entre eles estava a médica Zilda Arns Neumann, com 73 anos de idade. Era coordenadora internacional da Pastoral da Criança, médica pediatra e sanitarista.   Uma semana após esse acontecimento, outro terremoto atingiu o país, derrubando algumas construções que já estavam com as estruturas abaladas em virtude do tremor do dia 13 de janeiro. O número de desabrigados foi enorme (cerca de 1 milhão), e muitas pessoas estão com receio de outro terremoto e o consequente desabamento das residências, por esse motivo estão utilizando as ruas como moradia.   A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que foi destinado 1,2 bilhão para ajuda ao Haiti. No entanto, mesmo com o apoio internacional, a população haitiana passa por várias dificuldades. Estima-se que 2 milhões de pessoas precisam de alimentos; a água potável e remédios não são suficientes para suprir a demanda, e para agravar ainda mais o cenário de horror, uma onda de saques ocorreu no país, além de brigas pela obtenção de alimentos.
Destruição causada pelo terremoto no Haiti

Localizado na porção oeste da ilha de Hispaniola, o Haiti ocupa uma área de 27.750 quilômetros quadrados, totalizando em seu território mais de 10 milhões de habitantes. Atualmente, é o país economicamente mais pobre da América, seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,404, onde aproximadamente 60% da população é subnutrida e mais da metade vive com menos de 1 dólar por dia. 

Em 1697, através da assinatura do Tratado de Ryswick envolvendo Espanha e França, a parte ocidental da ilha, onde atualmente fica o Haiti, foi cedida à França, pela Espanha, recebendo o nome de Saint Domingue. Porém, os escravos africanos rebelaram-se em 1791, e travaram uma luta pela independência do país. No dia 1° de janeiro de 1804, eles conseguiram obter a independência do território, que passou a se chamar Haiti, sendo a primeira República Negra das Américas e o primeiro país latino-americano a se declarar independente. 

Desde sua independência, o Haiti passou por vários problemas políticos envolvendo governos ditatoriais, além de uma série de golpes de estado. Esses fatos contribuíram para o surgimento de conflitos entre grupos políticos rivais. 

Em meio a uma guerra civil, a população haitiana passou por outra grande tragédia, dessa vez, um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o país no dia 12 de janeiro de 2010, provocando uma série de feridos, desabrigados e mortes. Diversos edifícios desabaram, entre eles, o palácio presidencial da capital Porto Príncipe. 

Os terremotos são desencadeados quando as placas tectônicas que formam a superfície da Terra, entram em processo de choque ou acomodação. De acordo com Yann Kinger, especialista do Instituto Físico do Globo (IPG), no caso do Haiti, o fator agravante foi pela proximidade da superfície em que ocorreu o fenômeno, apenas 10 quilômetros de profundidade. Aconteceu no limite norte da placa das Antilhas com a placa norte-americana. 

Além desse terremoto de 7,0 graus na escala Richter, outros dois ocorreram logo em seguida, de magnitudes 5,9 e 5,5. Esse fato promoveu grande destruição em Porto Príncipe, capital do Haiti. Estima-se que metade das construções foram destruídas, 250 mil pessoas ficaram feridas, 1 milhão de habitantes desabrigados e, até o dia 26 de janeiro, o número de mortos ultrapassava a 100 mil. 

Entre os feridos e mortos, estavam alguns brasileiros, pois o Brasil é responsável pelo processo de pacificação no Haiti, enviando 1.266 militares para o país em conflito. Foram confirmadas 21 mortes de brasileiros, sendo 18 militares e três civis. Entre eles estava a médica Zilda Arns Neumann, com 73 anos de idade. Era coordenadora internacional da Pastoral da Criança, médica pediatra e sanitarista. 

Uma semana após esse acontecimento, outro terremoto atingiu o país, derrubando algumas construções que já estavam com as estruturas abaladas em virtude do tremor do dia 13 de janeiro. O número de desabrigados foi enorme (cerca de 1 milhão), e muitas pessoas estão com receio de outro terremoto e o consequente desabamento das residências, por esse motivo estão utilizando as ruas como moradia. 

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que foi destinado 1,2 bilhão para ajuda ao Haiti. No entanto, mesmo com o apoio internacional, a população haitiana passa por várias dificuldades. Estima-se que 2 milhões de pessoas precisam de alimentos; a água potável e remédios não são suficientes para suprir a demanda, e para agravar ainda mais o cenário de horror, uma onda de saques ocorreu no país, além de brigas pela obtenção de alimentos.

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