Os três principais tipos de industrialização são: clássica, tardia e planificada.
As diferenças históricas e geográficas promoveram diferentes tipos de industrialização pelo mundo
A industrialização das sociedades proporciona profundas alterações no espaço geográfico. Graças a ela, novos elementos passam a fazer parte da vida das pessoas, das cidades e do campo, eleva-se a demanda por energia e o consumo médio da população, além de intensificar ou acelerar o processo de urbanização. Desse modo, é notória a inferência de que as indústrias constituem um dos mais importantes atores de produção e transformação do espaço.
Ao longo do tempo, a humanidade conheceu três processos distintos de modelos industriais pelos quais os diferentes países e localidade vivenciaram. Essas tipificações estão relacionadas a fatores econômicos e políticos relacionados ao desenvolvimento das nações pelo mundo. Os principais tipos, no que se refere ao modelo, são: industrialização clássica, planificada e tardia.
A industrialização clássica é característica dos países desenvolvidos, ocorrendo ao longo da I Revolução Industrial naqueles que eram considerados os principais centros econômicos e políticos do planeta. Seu início se deu na Inglaterra e se disseminou por outras partes do mundo, como a França, os Estados Unidos e o Japão.
De início, essa industrialização provocou uma série de problemas urbanos, principalmente aqueles relacionados à marginalidade da classe trabalhadora que, até então, não dispunha de muitos direitos trabalhistas. Atualmente, os países que passaram por esse tipo de industrialização são os principais precursores de novas tecnologias e inovações no campo produtivo.
A industrialização planificada ocorreu nos países do antigo “segundo mundo” socialista durante o século XX. Corresponde às economias de estado, como nas repúblicas que integraram a União Soviética, além de China, Cuba e outras nações.
Nesses países – que em algumas perspectivas não são consideradas socialistas, mas “capitalistas de Estado” - as instituições financeiras e industriais, bem como os meios e instrumentos nelas utilizados são de propriedade estatal, não havendo propriedade privada. Nesses países, a industrialização também se deu de forma acentuada, interligando as diferentes regiões em uma elevada interdependência de serviços e infraestrutura, além de apresentar um êxodo rural um pouco mais controlado em função das reformas sociais aplicadas no meio agrário.
Já a industrialização tardia ou periférica encontra-se em curso em muitos países e é predominante em economias subdesenvolvidas ou emergentes. Esses países começaram a dinamizar as suas práticas industriais apenas na segunda metade do século XX em diante (alguns deles ainda nem iniciaram esse processo de forma mais intensificada), o que justifica, em partes, o atraso tecnológico por eles vivenciados.
Esse tipo de industrialização, diferentemente dos outros dois, não ocorre pela ação das indústrias nacionais e sim pela iniciativa privada estrangeira, geralmente representada por grandes corporações multinacionais. Por esse motivo, não há avanços em uma produção tecnológica, cujo conhecimento e desenvolvimento se faz pelo capital estrangeiro oriundo dos países desenvolvidos.
Os efeitos desse processo foi uma urbanização extremamente acelerada e um êxodo rural descontrolado em função do processo de mecanização do campo, que substituiu, em grande parte, os trabalhadores rurais por máquinas. A consequência é o inchamento das cidades e a manifestação de inúmeras contradições sociais, como as favelas e outras moradias precárias, além de inúmeros problemas de caráter socioambientais urbanos.
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