sexta-feira, 31 de maio de 2013

Milton Santos


Milton Santos foi um dos maiores geógrafos da história do pensamento geográfico


O geógrafo Milton Santos   O geógrafo Milton Santos¹  Milton Santos foi um geógrafo brasileiro, considerado por muitos como o maior pensador da história da Geografia no Brasil e um dos maiores do mundo. Destacou-se por escrever e abordar sobre inúmeros temas, como a epistemologia da Geografia, a globalização, o espaço urbano, entre outros.  Conquistou, em 1994, o Prêmio Vautrin Lud, o Nobel de Geografia, sendo o único brasileiro a conquistar esse prêmio e o único geógrafo fora do mundo Anglo-Saxão a realizar tal feito. Além dessa premiação, destaca-se também o prêmio Jabuti de 1997 para o melhor livro de ciências humanas, com “A Natureza do Espaço”. Foi professor da Universidade de São Paulo, mas lecionou também em inúmeros países, com destaque para a França.  A obra de Milton Santos caracterizou-se por apresentar um posicionamento crítico ao sistema capitalista e aos pressupostos teóricos predominantes na ciência geográfica de seu tempo. Em seu livro “Por uma Geografia Nova”, em linhas gerais, o autor criticou a corrente de pensamento Nova Geografia, marcada pela predominância do pensamento neopositivista e da utilização de técnicas estatísticas.  Diante desse pensamento, propôs – fazendo eco a outros pensadores de seu tempo – a concretização de uma “Geografia Nova”, marcada pela crítica ao poder e pela predominância do pensamento marxista. Nessa obra, defendia também o caráter social do espaço, que deveria ser o principal enfoque do geógrafo.  Um dos conceitos mais difundidos e explorados por esse geógrafo foi a noção de “meio técnico-científico informacional”, que seria a transformação do espaço natural realizada pelo homem através do uso das técnicas, que difundiram graças ao processo de globalização e a propagação de novas tecnologias.  Sobre a globalização, Milton Santos era um de seus críticos mais ferrenhos. Em uma de suas mais célebres frases, ele afirmava que “Essa globalização não vai durar. Primeiro, ela não é a única possível. Segundo, não vai durar como está porque como está é monstruosa, perversa. Não vai durar porque não tem finalidade”.  Em uma das suas obras mais difundidas pelo mundo – Por uma outra globalização –, muito lida por “não geógrafos”, Milton Santos dividiu o mundo em “globalização como fábula” (como ela nos é contada), “globalização como perversidade” (como ela realmente acontece) e “globalização como possibilidade”, explorando a ideia de uma outra globalização.  Além disso, o geógrafo proporcionou uma fecunda análise a respeito do território brasileiro, abordando as suas principais características e inserindo a produção do espaço no Brasil sob a lógica da Globalização. Nessa obra, de mais de 500 páginas, propôs, inclusive, uma nova regionalização do Brasil, dividido em quatro grandes regiões.  Milton Santos faleceu em 24 de junho de 2001, vítima de complicações proporcionadas por um câncer, aos 75 anos. Deixou uma vasta obra, com dezenas de livros e uma infinidade de textos, artigos e capítulos. Seu pensamento ainda é considerado atual e muitas das críticas dos movimentos antiglobalização fundamentam-se em suas ideias.
O geógrafo Milton Santos¹
Milton Santos foi um geógrafo brasileiro, considerado por muitos como o maior pensador da história da Geografia no Brasil e um dos maiores do mundo. Destacou-se por escrever e abordar sobre inúmeros temas, como a epistemologia da Geografia, a globalização, o espaço urbano, entre outros.
Conquistou, em 1994, o Prêmio Vautrin Lud, o Nobel de Geografia, sendo o único brasileiro a conquistar esse prêmio e o único geógrafo fora do mundo Anglo-Saxão a realizar tal feito. Além dessa premiação, destaca-se também o prêmio Jabuti de 1997 para o melhor livro de ciências humanas, com “A Natureza do Espaço”. Foi professor da Universidade de São Paulo, mas lecionou também em inúmeros países, com destaque para a França.
A obra de Milton Santos caracterizou-se por apresentar um posicionamento crítico ao sistema capitalista e aos pressupostos teóricos predominantes na ciência geográfica de seu tempo. Em seu livro “Por uma Geografia Nova”, em linhas gerais, o autor criticou a corrente de pensamento Nova Geografia, marcada pela predominância do pensamento neopositivista e da utilização de técnicas estatísticas.
Diante desse pensamento, propôs – fazendo eco a outros pensadores de seu tempo – a concretização de uma “Geografia Nova”, marcada pela crítica ao poder e pela predominância do pensamento marxista. Nessa obra, defendia também o caráter social do espaço, que deveria ser o principal enfoque do geógrafo.
Um dos conceitos mais difundidos e explorados por esse geógrafo foi a noção de “meio técnico-científico informacional”, que seria a transformação do espaço natural realizada pelo homem através do uso das técnicas, que difundiram graças ao processo de globalização e a propagação de novas tecnologias.
Sobre a globalização, Milton Santos era um de seus críticos mais ferrenhos. Em uma de suas mais célebres frases, ele afirmava que “Essa globalização não vai durar. Primeiro, ela não é a única possível. Segundo, não vai durar como está porque como está é monstruosa, perversa. Não vai durar porque não tem finalidade”.
Em uma das suas obras mais difundidas pelo mundo – Por uma outra globalização –, muito lida por “não geógrafos”, Milton Santos dividiu o mundo em “globalização como fábula” (como ela nos é contada), “globalização como perversidade” (como ela realmente acontece) e “globalização como possibilidade”, explorando a ideia de uma outra globalização.
Além disso, o geógrafo proporcionou uma fecunda análise a respeito do território brasileiro, abordando as suas principais características e inserindo a produção do espaço no Brasil sob a lógica da Globalização. Nessa obra, de mais de 500 páginas, propôs, inclusive, uma nova regionalização do Brasil, dividido em quatro grandes regiões.
Milton Santos faleceu em 24 de junho de 2001, vítima de complicações proporcionadas por um câncer, aos 75 anos. Deixou uma vasta obra, com dezenas de livros e uma infinidade de textos, artigos e capítulos. Seu pensamento ainda é considerado atual e muitas das críticas dos movimentos antiglobalização fundamentam-se em suas ideias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

# Compartilhe .