Enquanto procuram ardentemente por exoplanetas na zona habitável, os humanos também se dedicam cada vez mais a preparativos para viver fora da zona habitável da Terra.
Bioimpressão
Em 2011, em uma das primeiras demonstrações da bioimpressão, cientistas afirmaram que a tecnologia de imprimir tecidos vivos poderia estar disponível dentro de 20 anos.
Não foi preciso esperar tanto.
Nieves Cubo e seus colegas da Universidade Carlos III de Madrid, na Espanha, apresentaram o primeiro protótipo de uma bioimpressora funcional, uma versão de uma impressora 3D capaz de imprimir tecidos biológicos vivos e funcionais.
Segundo a equipe, a bioimpressora permite criar "pele humana viva", adequada para transplantes ou para a realização de testes laboratoriais em cosméticos, produtos químicos e farmacêuticos - em substituição aos testes em animais.
A pele artificial replica a estrutura natural da pele humana, com uma primeira camada externa, a epiderme, com seu estrato córneo, que atua como proteção contra o ambiente externo, e uma segunda camada mais espessa e mais profunda, a derme. Esta última camada consiste em fibroblastos que produzem colágeno, a proteína que dá elasticidade e resistência mecânica à pele.
Bioimpressora e biotintas
O elemento principal da tecnologia de bioimpressão são as "biotintas": em vez de cartuchos com tintas coloridas, como nas impressoras tradicionais, ou polímeros e metais, como nas impressoras 3D, a bioimpressora usa cartuchos com componentes biológicos mantidos em cultura.
"É fundamental para o [funcionamento do] sistema saber misturar os componentes biológicos, em que condições trabalhar com eles para que as células não se deteriorem, e como depositar corretamente o produto," disse o professor Juan Francisco del Cañizo.
Segundo a equipe, a bioimpressora pode ser usada de dois modos: para produzir pele alogênica, a partir de um estoque de células, o que pode ser feito em grande escala, para processos industriais; e para criar pele autóloga, que é feita caso a caso a partir de células do próprio paciente, para uso terapêutico, como no tratamento de queimaduras graves.
"Nós usamos apenas células e componentes humanos para produzir a pele, que é bioativa e pode gerar seu próprio colágeno humano, evitando assim o uso do colágeno animal, como se faz em outros métodos," acrescentou Cañizo.
O equipamento está agora sob avaliação das autoridades de saúde europeias em busca de certificação que garanta que a pele produzida é adequada para transplantes e para testes laboratoriais.
FONTE: Universidad Carlos III de Madrid/OIC
Bibliografia:
3D bioprinting of functional human skin: production and in vivo analysis
Nieves Cubo, Marta Garcia, Juan F del Cañizo, Diego Velasco, Jose L. Jorcano
Biofabrication
Vol.: 9 (1): 015006
DOI: 10.1088/1758-5090/9/1/015006
3D bioprinting of functional human skin: production and in vivo analysis
Nieves Cubo, Marta Garcia, Juan F del Cañizo, Diego Velasco, Jose L. Jorcano
Biofabrication
Vol.: 9 (1): 015006
DOI: 10.1088/1758-5090/9/1/015006
![Enquanto procuram ardentemente por exoplanetas na zona habitável, os humanos também se dedicam cada vez mais a preparativos para viver fora da zona habitável da Terra. Bioimpressão Em 2011, em uma das primeiras demonstrações da bioimpressão, cientistas afirmaram que a tecnologia de imprimir tecidos vivos poderia estar disponível dentro de 20 anos. Não foi preciso esperar tanto. Nieves Cubo e seus colegas da Universidade Carlos III de Madrid, na Espanha, apresentaram o primeiro protótipo de uma bioimpressora funcional, uma versão de uma impressora 3D capaz de imprimir tecidos biológicos vivos e funcionais. Segundo a equipe, a bioimpressora permite criar "pele humana viva", adequada para transplantes ou para a realização de testes laboratoriais em cosméticos, produtos químicos e farmacêuticos - em substituição aos testes em animais. A pele artificial replica a estrutura natural da pele humana, com uma primeira camada externa, a epiderme, com seu estrato córneo, que atua como proteção contra o ambiente externo, e uma segunda camada mais espessa e mais profunda, a derme. Esta última camada consiste em fibroblastos que produzem colágeno, a proteína que dá elasticidade e resistência mecânica à pele. Bioimpressora e biotintas O elemento principal da tecnologia de bioimpressão são as "biotintas": em vez de cartuchos com tintas coloridas, como nas impressoras tradicionais, ou polímeros e metais, como nas impressoras 3D, a bioimpressora usa cartuchos com componentes biológicos mantidos em cultura. "É fundamental para o [funcionamento do] sistema saber misturar os componentes biológicos, em que condições trabalhar com eles para que as células não se deteriorem, e como depositar corretamente o produto," disse o professor Juan Francisco del Cañizo. Segundo a equipe, a bioimpressora pode ser usada de dois modos: para produzir pele alogênica, a partir de um estoque de células, o que pode ser feito em grande escala, para processos industriais; e para criar pele autóloga, que é feita caso a caso a partir de células do próprio paciente, para uso terapêutico, como no tratamento de queimaduras graves. "Nós usamos apenas células e componentes humanos para produzir a pele, que é bioativa e pode gerar seu próprio colágeno humano, evitando assim o uso do colágeno animal, como se faz em outros métodos," acrescentou Cañizo. O equipamento está agora sob avaliação das autoridades de saúde europeias em busca de certificação que garanta que a pele produzida é adequada para transplantes e para testes laboratoriais. FONTE: Universidad Carlos III de Madrid/OIC Bibliografia: 3D bioprinting of functional human skin: production and in vivo analysis Nieves Cubo, Marta Garcia, Juan F del Cañizo, Diego Velasco, Jose L. Jorcano Biofabrication Vol.: 9 (1): 015006 DOI: 10.1088/1758-5090/9/1/015006](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpyiFWp3iIkpZxNwB53sC9hULI0wMjm_qkNZt-dH-vOCVduME4RQXdrR2l7yNv0gwJGBmnUEF02c086X7IvfdOgFMCXxER7NNh6SUxE6UIH830aC74_5lBrf2seEnlHgUUmb815h1z0tg/s400/2.jpg)
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