domingo, 19 de fevereiro de 2017

Pecuária x Meio Ambiente.

Informações para refletir no Dia Mundial do Meio Ambiente.

Informações para refletir no Dia Mundial do Meio Ambiente.  — "Os climatologistas nos dizem que o nível seguro mais elevado de emissões rondaria as 350 partes por milhão de CO2 e gases de efeito estufa na atmosfera, mas já estamos em 400. Dizem que o mais seguro que poderíamos ter sem consequências perigosas como a seca, fome, conflitos humanos e extinção de espécies, seria um aumento de 2°C na temperatura. Chegaremos lá rapidamente, e com tanto CO2 já existente na atmosfera, vamos ultrapassar facilmente isso. Portanto, estamos assistindo a próxima grande extinção de espécies na Terra, algo que não ocorria desde o desaparecimento dos dinossauros. Quando houver países submersos com a subida do nível do mar, quando houver países sofrendo com a seca ao ponto de não poderem alimentar a população e esta precisar de migrar para outro país ou invadir outro país, teremos guerras climáticas." — "E quanto à agricultura animal e a pecuária?" — "Ahhn... bem, como assim?"  O diálogo acima ocorre logo no início do documentário Cowspiracy, um dos mais recentes e aclamados na área do ambientalismo. Bruce Hamilton, vice-diretor executivo do Sierra Club, uma das ONGs ambientalistas mais importantes do mundo, fala sobre um dos principais problemas ambientais (emissões de CO2), e suas possíveis consequências para o planeta. Mas, ao ser questionado por Kip Andersen, co-produtor do documentário, sobre a relação da pecuária com estes problemas, demonstra a típica mentalidade do ambientalismo de fachada, que ignora o papel da pecuária na devastação ambiental.  De fato, como apontou o famoso relatório "A grande sombra da pecuária", da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, a pecuária está entre as três atividades que mais devastam o meio ambiente, tanto local, quanto globalmente. Poluição do ar, água, e solo, mudanças climáticas, esgotamento da água e perda da biodiversidade são alguns dos graves problemas.[1]   Foto: pixabay.com Enquanto as orientações mais comuns que ouvimos sobre preservação ambiental incluem tomar banhos rápidos, desligar a torneira ao escovar os dentes, e plantar árvores, estamos lutando com um problema muito maior e, o pior, muitas pessoas, quando confrontadas com os fatos, acabam se recusando a reconhecê-los.  Na verdade, no que diz respeito às emissões de gases do efeito estufa, o CO2 é apenas um dos problemas. Outros gases, como o metano e óxido nitroso, são 23 e 296 vezes mais potentes que o CO2 como agentes do efeito estufa, respectivamente. A pecuária responde por cerca de 9% das emissões antropogênicas de CO2, 37% das de metano e 65% das de óxido nitroso.[1]  Outro cuidado importante que devemos ter ao analisarmos impactos ambientais das atividades humanas, é interpretar corretamente os números dos impactos causados pela agricultura, pois ela não está desvinculada da pecuária. Pelo contrário, pelo menos metade da produção mundial de grãos é destinada à alimentação animal.[2] No caso da soja, por exemplo, mais de 70% tem este destino.[3]   Você sabia que para se produzir 1kg de carne bovina, são necessários mais de 20.000 litros de água?[2] A equipe do documentário Cowspiracy mantém em seu site uma página dedicada exclusivamente a fatos como este — com as devidas referências científicas — que representam os impactos causados pelo hábito de se explorar e matar bois, porcos, aves, e peixes, para obter carnes, bem como escravizar vacas, galinhas e outras fêmeas para obter leite e ovos, sem falar nas demais atividades que exploram os outros animais de diferentes formas.  FONTE: ESTADÃO  Referências:  Livestock Long Shadow (FAO) Cowspiracy Facts U.S. soy farmers poised for growth in global animal-feed industry
— "Os climatologistas nos dizem que o nível seguro mais elevado de emissões rondaria as 350 partes por milhão de CO2 e gases de efeito estufa na atmosfera, mas já estamos em 400. Dizem que o mais seguro que poderíamos ter sem consequências perigosas como a seca, fome, conflitos humanos e extinção de espécies, seria um aumento de 2°C na temperatura. Chegaremos lá rapidamente, e com tanto CO2 já existente na atmosfera, vamos ultrapassar facilmente isso. Portanto, estamos assistindo a próxima grande extinção de espécies na Terra, algo que não ocorria desde o desaparecimento dos dinossauros. Quando houver países submersos com a subida do nível do mar, quando houver países sofrendo com a seca ao ponto de não poderem alimentar a população e esta precisar de migrar para outro país ou invadir outro país, teremos guerras climáticas." — "E quanto à agricultura animal e a pecuária?" — "Ahhn... bem, como assim?"
O diálogo acima ocorre logo no início do documentário Cowspiracy, um dos mais recentes e aclamados na área do ambientalismo. Bruce Hamilton, vice-diretor executivo do Sierra Club, uma das ONGs ambientalistas mais importantes do mundo, fala sobre um dos principais problemas ambientais (emissões de CO2), e suas possíveis consequências para o planeta. Mas, ao ser questionado por Kip Andersen, co-produtor do documentário, sobre a relação da pecuária com estes problemas, demonstra a típica mentalidade do ambientalismo de fachada, que ignora o papel da pecuária na devastação ambiental.
De fato, como apontou o famoso relatório "A grande sombra da pecuária", da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, a pecuária está entre as três atividades que mais devastam o meio ambiente, tanto local, quanto globalmente. Poluição do ar, água, e solo, mudanças climáticas, esgotamento da água e perda da biodiversidade são alguns dos graves problemas.[1]
Informações para refletir no Dia Mundial do Meio Ambiente.  — "Os climatologistas nos dizem que o nível seguro mais elevado de emissões rondaria as 350 partes por milhão de CO2 e gases de efeito estufa na atmosfera, mas já estamos em 400. Dizem que o mais seguro que poderíamos ter sem consequências perigosas como a seca, fome, conflitos humanos e extinção de espécies, seria um aumento de 2°C na temperatura. Chegaremos lá rapidamente, e com tanto CO2 já existente na atmosfera, vamos ultrapassar facilmente isso. Portanto, estamos assistindo a próxima grande extinção de espécies na Terra, algo que não ocorria desde o desaparecimento dos dinossauros. Quando houver países submersos com a subida do nível do mar, quando houver países sofrendo com a seca ao ponto de não poderem alimentar a população e esta precisar de migrar para outro país ou invadir outro país, teremos guerras climáticas." — "E quanto à agricultura animal e a pecuária?" — "Ahhn... bem, como assim?"  O diálogo acima ocorre logo no início do documentário Cowspiracy, um dos mais recentes e aclamados na área do ambientalismo. Bruce Hamilton, vice-diretor executivo do Sierra Club, uma das ONGs ambientalistas mais importantes do mundo, fala sobre um dos principais problemas ambientais (emissões de CO2), e suas possíveis consequências para o planeta. Mas, ao ser questionado por Kip Andersen, co-produtor do documentário, sobre a relação da pecuária com estes problemas, demonstra a típica mentalidade do ambientalismo de fachada, que ignora o papel da pecuária na devastação ambiental.  De fato, como apontou o famoso relatório "A grande sombra da pecuária", da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, a pecuária está entre as três atividades que mais devastam o meio ambiente, tanto local, quanto globalmente. Poluição do ar, água, e solo, mudanças climáticas, esgotamento da água e perda da biodiversidade são alguns dos graves problemas.[1]   Foto: pixabay.com Enquanto as orientações mais comuns que ouvimos sobre preservação ambiental incluem tomar banhos rápidos, desligar a torneira ao escovar os dentes, e plantar árvores, estamos lutando com um problema muito maior e, o pior, muitas pessoas, quando confrontadas com os fatos, acabam se recusando a reconhecê-los.  Na verdade, no que diz respeito às emissões de gases do efeito estufa, o CO2 é apenas um dos problemas. Outros gases, como o metano e óxido nitroso, são 23 e 296 vezes mais potentes que o CO2 como agentes do efeito estufa, respectivamente. A pecuária responde por cerca de 9% das emissões antropogênicas de CO2, 37% das de metano e 65% das de óxido nitroso.[1]  Outro cuidado importante que devemos ter ao analisarmos impactos ambientais das atividades humanas, é interpretar corretamente os números dos impactos causados pela agricultura, pois ela não está desvinculada da pecuária. Pelo contrário, pelo menos metade da produção mundial de grãos é destinada à alimentação animal.[2] No caso da soja, por exemplo, mais de 70% tem este destino.[3]   Você sabia que para se produzir 1kg de carne bovina, são necessários mais de 20.000 litros de água?[2] A equipe do documentário Cowspiracy mantém em seu site uma página dedicada exclusivamente a fatos como este — com as devidas referências científicas — que representam os impactos causados pelo hábito de se explorar e matar bois, porcos, aves, e peixes, para obter carnes, bem como escravizar vacas, galinhas e outras fêmeas para obter leite e ovos, sem falar nas demais atividades que exploram os outros animais de diferentes formas.  FONTE: ESTADÃO  Referências:  Livestock Long Shadow (FAO) Cowspiracy Facts U.S. soy farmers poised for growth in global animal-feed industry
Foto: pixabay.com
Enquanto as orientações mais comuns que ouvimos sobre preservação ambiental incluem tomar banhos rápidos, desligar a torneira ao escovar os dentes, e plantar árvores, estamos lutando com um problema muito maior e, o pior, muitas pessoas, quando confrontadas com os fatos, acabam se recusando a reconhecê-los.
Na verdade, no que diz respeito às emissões de gases do efeito estufa, o CO2 é apenas um dos problemas. Outros gases, como o metano e óxido nitroso, são 23 e 296 vezes mais potentes que o CO2 como agentes do efeito estufa, respectivamente. A pecuária responde por cerca de 9% das emissões antropogênicas de CO2, 37% das de metano e 65% das de óxido nitroso.[1]
Outro cuidado importante que devemos ter ao analisarmos impactos ambientais das atividades humanas, é interpretar corretamente os números dos impactos causados pela agricultura, pois ela não está desvinculada da pecuária. Pelo contrário, pelo menos metade da produção mundial de grãos é destinada à alimentação animal.[2] No caso da soja, por exemplo, mais de 70% tem este destino.[3]
Você sabia que para se produzir 1kg de carne bovina, são necessários mais de 20.000 litros de água?[2] A equipe do documentário Cowspiracy mantém em seu site uma página dedicada exclusivamente a fatos como este — com as devidas referências científicas — que representam os impactos causados pelo hábito de se explorar e matar bois, porcos, aves, e peixes, para obter carnes, bem como escravizar vacas, galinhas e outras fêmeas para obter leite e ovos, sem falar nas demais atividades que exploram os outros animais de diferentes formas.
FONTE: ESTADÃO
Referências:
  1. Livestock Long Shadow (FAO)
  2. Cowspiracy Facts
  3. U.S. soy farmers poised for growth in global animal-feed industry

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