Efeitos devastadores
Há cerca de 20 supervulcões na Terra, entre os quais o Lake Toba, na Indonésia e Lake Taupo, na Nova Zelândia. Supererupções ocorrem raramente, geralmente uma vez a cada cem mil anos. Mas quando ocorrem, o efeito é devastador para o clima e ecologia do planeta. Quando um supervulcão entrou em erupção há 600 mil anos no Estado de Wyoming, onde fica hoje o Parque Nacional de Yellowstone, expeliu mais de mil quilômetros cúbicos de cinzas e lava na atsmofera – o suficiente para enterrar uma cidade grande a alguns quilômetros de profundidade. ”É possível comparar a erupção ao impacto de um asteróide. O risco de que possa acontecer a qualquer momento é pequeno, mas quando acontece as consequências são catastróficas”, afirma Malfait. Entender o que desencadeia uma megaerupção continua sendo uma questão difícil de responder.
Um mecanismo possível pode ser o aumento da pressão sobre a câmara magmática gerada pelas diferenças entre a densidade do magma e das rochas que a rodeiam. ”O efeito é similar ao segurar uma bola de futebol embaixo d’água. Quando você solta, a bola sobe, impulsionada pela densidade da água”, explica o cientista. Mas ainda não se sabe se só este efeito é suficiente. É possível que um gatilho adicional, como uma injeção repentina de magma, uma infusão de vapor de água ou um terremoto também seja necessário.
A boa notícia é que se um vulcão como o Yellowstone estiver à beira da erupção, emitirá um alerta, tranquilizou Malfait. ”O solo provavelmente seria elevado em centenas de metros”, afirmou, acrescentando que os cientistas acreditam que o vulcão atualmente tem entre 10 e 30% de magma parcialmente derretido. ”Para que a pressão seja suficiente para causar uma erupção, seria necessário que esse índice seja de 50%.”
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