domingo, 13 de abril de 2014

A mais rápida geleira da Groenlândia alcança velocidade recorde

Jakobshavn Isbræ (Geleira Jakobshavn) está liberando icebergs da camada de gelo da Groelândia para o oceano em uma velocidade que parece ser a mais rápida já registrada. Pesquisadores da Universidade de Washington e da Agência Espacial Alemã (DLR) mediram a dramática velocidade de escoamento da geleira em 2012 e 2013. Os resultados foram publicados hoje no The Cryosphere, uma revista de livre acesso da União Europeia de Geociências (EGU). “Agora nós estamos vendo, no verão, velocidades mais do que 4 vezes mais rápidas do que eram em meados de 1990 em uma geleira que, naquele tempo, acreditava-se ser uma das mais rápidas, senão a mais rápida da Groelândia” disse Ian Joughin, pesquisador do Centro de Ciência Polar da Universidade de Washington e autor do estudo.
Jakobshavn Isbræ (Geleira Jakobshavn) está liberando icebergs da camada de gelo da Groelândia para o oceano em uma velocidade que parece ser a mais rápida já registrada. Pesquisadores da Universidade de Washington e da Agência Espacial Alemã (DLR) mediram a dramática velocidade de escoamento da geleira em 2012 e 2013. Os resultados foram publicados hoje no The Cryosphere, uma revista de livre acesso da União Europeia de Geociências (EGU). “Agora nós estamos vendo, no verão, velocidades mais do que 4 vezes mais rápidas do que eram em meados de 1990 em uma geleira que, naquele tempo, acreditava-se ser uma das mais rápidas, senão a mais rápida da Groelândia” disse Ian Joughin, pesquisador do Centro de Ciência Polar da Universidade de Washington e autor do estudo.  No verão de 2012 a geleira alcançou a velocidade média de mais de 17 quilômetros por ano, ou seja, mais de 46 metros por dia. Essas taxas de escoamento não têm precedentes: elas aparentam ser a mais rápida já registrada para qualquer geleira ou corrente de gelo na Groelândia ou Antártica, dizem os pesquisadores. Eles alertam para o fato das velocidades no verão serem temporárias, com as geleiras escoando mais lentamente nos meses de inverno. Os pesquisadores, porém, acrescentam que mesmo a uma média anual, a aceleração dos últimos dois anos é aproximadamente 3 vezes maior que as registradas em 1990.  A aceleração da  Jakobshavn Isbræ nos diz que esta geleira está acrescentando cada vez mais gelo no oceano, contribuindo assim para o aumento do nível do mar. “ Nós sabemos que de 2000 a 2010 esta geleira, sozinha, aumentou o nível do mar em 1 mm. E com essa velocidade adicional ela provavelmente contribuirá um pouco mais que isso nas próximas décadas,” explica Joughin.  Acredita-se que Jakobshavn Isbræ foi a geleira que produziu o grande iceberg que afundou o Titanic em 1912, drenando a camada de gelo da Groelândia para um fiorde profundo na costa da ilha. Na sua frente de desprendimento, onde a geleira termina conforme se quebra em icebergs, parte do gelo derrete enquanto o restante é empurrado e flutua no oceano. Ambos os processos contribuem na mesma medida para o aumento do nível do mar na Groelândia.  Conforme a região do Ártico se aquece, as geleiras da Groelândia, assim como Jakobshavn Isbræ, vêm se derretendo e desprendendo icebergs cada vez mais em direção ao interior. Isso significa que, embora a geleira esteja flutuando em direção à costa e carregando mais gelo para o oceano, sua frente de desprendimento está, de fato, recuando. Em 2012 e 2013, a frente de  Jakobshavn Isbræ recuou mais que um quilômetro em direção ao interior, quando comparado a verões anteriores, escrevem os cientistas em estudo da The Cryosphere.   E no caso da Geleira de Jakobshavn, o derretimento e o recuo coincidem com um aumento na velocidade. A frente de desprendimento da geleira está agora localizada em uma profunda área do fiorde, onde o leito de rocha subjacente está a quase 1300 metros abaixo do nível do mar, o que os cientistas dizem ser a explicação da velocidade recorde alcançada por ela. “Conforme a frente de desprendimento da geleira recua para regiões mais profundas, ela perde gelo – o gelo da frente que está retendo o escoamento – causando sua aceleração,” esclarece Joughin. O grupo de cientistas usaram dados de satélites para medir a velocidade da geleira como parte da Fundação Nacional da Ciência dos EUA (NSF) e estudos da NASA. “Nós usamos computadores para comparar pares de imagens obtidas pelos satélites TerraSAR-X da Agência Espacial Alemã. Enquanto a geleira se move nós podemos localizar as mudanças entre as imagens para gerar mapas da velocidade de escoamento do gelo,” diz Joughin. Os pesquisadores acreditam que Jakobshavn Isbræ encontra-se em um estado instável, o que significa que ela continuará a recuar para o interior no futuro. Até o final deste século, sua frente de desprendimento poderá recuar até onde se encontra a parte principal do fiorde, por onde escoa a geleira, cerca de 50 quilômetros acima de onde é atualmente.
No verão de 2012 a geleira alcançou a velocidade média de mais de 17 quilômetros por ano, ou seja, mais de 46 metros por dia. Essas taxas de escoamento não têm precedentes: elas aparentam ser a mais rápida já registrada para qualquer geleira ou corrente de gelo na Groelândia ou Antártica, dizem os pesquisadores. Eles alertam para o fato das velocidades no verão serem temporárias, com as geleiras escoando mais lentamente nos meses de inverno. Os pesquisadores, porém, acrescentam que mesmo a uma média anual, a aceleração dos últimos dois anos é aproximadamente 3 vezes maior que as registradas em 1990.

A aceleração da  Jakobshavn Isbræ nos diz que esta geleira está acrescentando cada vez mais gelo no oceano, contribuindo assim para o aumento do nível do mar. “ Nós sabemos que de 2000 a 2010 esta geleira, sozinha, aumentou o nível do mar em 1 mm. E com essa velocidade adicional ela provavelmente contribuirá um pouco mais que isso nas próximas décadas,” explica Joughin.

Acredita-se que Jakobshavn Isbræ foi a geleira que produziu o grande iceberg que afundou o Titanic em 1912, drenando a camada de gelo da Groelândia para um fiorde profundo na costa da ilha. Na sua frente de desprendimento, onde a geleira termina conforme se quebra em icebergs, parte do gelo derrete enquanto o restante é empurrado e flutua no oceano. Ambos os processos contribuem na mesma medida para o aumento do nível do mar na Groelândia.

Conforme a região do Ártico se aquece, as geleiras da Groelândia, assim como Jakobshavn Isbræ, vêm se derretendo e desprendendo icebergs cada vez mais em direção ao interior. Isso significa que, embora a geleira esteja flutuando em direção à costa e carregando mais gelo para o oceano, sua frente de desprendimento está, de fato, recuando. Em 2012 e 2013, a frente de  Jakobshavn Isbræ recuou mais que um quilômetro em direção ao interior, quando comparado a verões anteriores, escrevem os cientistas em estudo da The Cryosphere.


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E no caso da Geleira de Jakobshavn, o derretimento e o recuo coincidem com um aumento na velocidade. A frente de desprendimento da geleira está agora localizada em uma profunda área do fiorde, onde o leito de rocha subjacente está a quase 1300 metros abaixo do nível do mar, o que os cientistas dizem ser a explicação da velocidade recorde alcançada por ela. “Conforme a frente de desprendimento da geleira recua para regiões mais profundas, ela perde gelo – o gelo da frente que está retendo o escoamento – causando sua aceleração,” esclarece Joughin. O grupo de cientistas usaram dados de satélites para medir a velocidade da geleira como parte da Fundação Nacional da Ciência dos EUA (NSF) e estudos da NASA. “Nós usamos computadores para comparar pares de imagens obtidas pelos satélites TerraSAR-X da Agência Espacial Alemã. Enquanto a geleira se move nós podemos localizar as mudanças entre as imagens para gerar mapas da velocidade de escoamento do gelo,” diz Joughin. Os pesquisadores acreditam que Jakobshavn Isbræ encontra-se em um estado instável, o que significa que ela continuará a recuar para o interior no futuro. Até o final deste século, sua frente de desprendimento poderá recuar até onde se encontra a parte principal do fiorde, por onde escoa a geleira, cerca de 50 quilômetros acima de onde é atualmente.

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